Sumário
- 1 O Cenário Brasileiro em 2024 — Contextualizando
- 2 Desocupação está no seu Menor Patamar desde 2015
- 3 A Inflação está Alta no Setor Alimentos e Bebidas
- 4 Superamos de vez a Baixa do PIB na Pandemia
- 5 O Brasil está Otimista em Relação à sua Situação Financeira
- 6 O Crescimento do E-commerce em 2024
- 7 O E-commerce é o Segundo Maior Canal de Vendas do Brasil
- 8 Quais Foram os Produtos mais Vendidos no E-commerce em 2024?
Você já ouviu falar da Revista Webshoppers? Ela é a principal publicação brasileira sobre estatísticas do e-commerce, com edições semestrais e versão gratuita.
Precisamos ser honestos aqui: estamos abordando alguns temas na Leadster que os leitores mais antigos vão estranhar um pouco — falar sobre e-commerce, principalmente, nunca foi nossa maior preocupação.
Estamos nos inserindo nessa área e produzindo conteúdo sobre o tema muito por conta da Leadster.AI, nosso chatbot com IA generativa que tem usos muito interessantes para o e-commerce.
Para desenvolver a Leadster.AI, fomos atrás de especialistas em e-commerce e todos recomendam a Webshoppers como a principal publicação sobre as melhores estatísticas do e-commerce.
Feita com o apoio da NielsenIQ e da E-bit, grandes agências e pesquisa de marketing (A Nielsen inclusive uma das maiores do mundo), os dados que a publicação traz são muito completos.
E mais do que isso: a metodologia de pesquisa garante não só dados confiáveis, mas que sejam também muito representativos do cenário geral do e-commerce.
Hoje trouxe X estatísticas para a gente analisar juntos aqui no texto. Se você quiser acessar o estudo original, é só clicar aqui no link.
Essa intro ficou um pouco longa demais, mas é só pra gente ter mais espaço para se aprofundar nas estatísticas. Vamos começando logo?
O Cenário Brasileiro em 2024 — Contextualizando
Antes da gente passar para as estatísticas diretas do e-commerce, precisamos também entender o cenário econômico brasileiro como um todo.
Isso porque é bem complicado dizer se o e-commerce está indo bem ou mal sem saber como está o poder de compra dos próprios brasileiros, certo?
O cenário econômico brasileiro vem trazendo algumas surpresas, mas também alguns cenários negativos que já esperávamos.
O impacto que isso trouxe ao e-commerce não é um impacto simples de forma alguma. Vemos crescimentos e reduções em alguns setores que são diretamente explicados pelas estatísticas que vamos ver agora, nos próximos itens.
Vamos entendê-las melhor agora:
Desocupação está no seu Menor Patamar desde 2015
A taxa de desocupação está relacionada com a quantidade de pessoas que não estão trabalhando no momento.
É o que entendemos como taxa de desemprego. As pessoas que estão nessas estatísticas são pessoas que estão na força de trabalho, mas que estão desempregadas no momento.
Ou seja: não contam crianças, aposentados etc.
E essa taxa vem caindo bastante desde 2021, ano em que ela atingiu o maior patamar da década 2015 – 2024.
Esse ano temos a menor taxa de desocupação desde o início da análise. Veja no gráfico logo abaixo:
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Isso significa mais pessoas empregadas, e consequentemente, indica também um crescimento no e-commerce no geral — mais emprego significa mais consumo.
Mas vamos ver se essa relação realmente existe ao longo do texto. Por enquanto, precisamos analisar um outro data point: a inflação.
A Inflação está Alta no Setor Alimentos e Bebidas
A inflação ocorre quando há uma variação maior do que o esperado nos preços de produtos. Ela pode ser calculada de forma geral, mas para a nossa análise, é melhor entender qual é a categoria que está impulsionando essa alta.
Em 2024, o principal fator que está carregando o aumento da inflação é o setor de alimentos e bebidas.
Isso significa que as maiores variações de preço do mercado estão acontecendo nesse setor, algo bastante complicado porque ele é um dos principais movimentadores da economia brasileira.
Isso começa a pintar um quadro mais nítido: apesar do desemprego estar no seu menor patamar desde 2015, a maioria das pessoas está tendo dificuldades na compra dos produtos mais essenciais do mercado.
Veja o gráfico logo abaixo para complementar o entendimento:
Superamos de vez a Baixa do PIB na Pandemia
A pandemia foi um evento bem complicado para o PIB brasileiro, que já vinha caindo bastante por conta das oscilações políticas de 2016.
Depois de um período de estabilidade entre 2017 e 2020, entramos em uma queda livre bem difícil de lidar.
E o interessante é que, mesmo com a baixa do PIB em 2021 e 2022, o e-commerce na época até cresceu — mas esse crescimento foi de certa forma artificial, já que várias lojas fecharam e só era possível comprar alguns produtos pela internet.
A boa notícia é que estamos em um período de estabilidade novamente. Veja no gráfico logo abaixo:
O nosso quadro já está quase na metade: entendemos que, apesar da inflação, o brasileiro está com mais emprego e o PIB está crescendo — sinal favorável para o e-commerce.
Mas ainda há uma última estatística da Webshoppers que eu gostaria de trazer:
O Brasil está Otimista em Relação à sua Situação Financeira
A última informação para o nosso quadro ficar pronto diz respeito ao que o brasileiro entende da sua própria situação financeira — ou seja, se ele está otimista ou não.
E esse é um resultado bastante positivo. Dá vontade até de colocar o tema da vitória do Ayrton Senna pra tocar junto. Aliás, clique aqui, coloque pra tocar e continue a leitura. Você vai me agradecer depois.
A verdade é que o brasileiro está bastante otimista em relação à sua situação financeira. Mais otimista que a América Latina no geral. Aliás, mais otimista que o resto do mundo inteiro.
Primeiro, o brasileiro é o que menos vê piora financeira em relação ao ano anterior:
Os respondentes que observaram piora na sua situação financeira determinam que a alimentação foi o principal fator que contribuiu para esse problema:
Isso é bastante interessante porque, pelo que vimos até agora, a inflação está atacando justamente esse segmento da economia.
Tudo bem: hora de pausar o tema da vitória porque o dado a seguir não é tão bom assim para o e-commerce.
A maioria dos brasileiros entende que a melhor forma de lidar com a alta dos preços e a ameaça da piora na situação financeira é reduzir gastos discricionários:
Isso não é tão interessante para o e-commerce, já que ele pode se encaixar na categoria de gastos discricionários.
Mas nem sempre. Como vamos ver ao longo do texto, o e-commerce não visto como luxo — em muitos casos, ele vende produtos essenciais, eletrodomésticos etc.
Então o nosso quadro sobre a situação da economia brasileira está pronto:
- O desemprego está no seu menor patamar desde 2015;
- A inflação está aumentando, mas o brasileiro está otimista;
- Alimentação é o setor com os maiores preços;
- Quem está pessimista com o cenário econômico busca economizar em gastos discricionários principalmente.
Até agora, essa análise está favorável para o e-commerce. Mas agora precisamos entender na prática, olhando dados sobre o cenário do e-commerce em 2024.
O Crescimento do E-commerce em 2024
A principal estatística, a grande, a gigante: será que o e-commerce cresceu ou retraiu em 2024?
Vale ressaltar que a essa análise corresponde ao primeiro semestre e 2024. Os dados sobre o segundo semestre são entregues em 2025. Quando eles saírem vamos atualizar o texto, ok?
🔎 Leia também: Vender em Marketplaces ou E-commerce Próprio?
De qualquer forma, o e-commerce não só cresceu nesse primeiro semestre como cresceu com duplos dígitos. Veja o gráfico abaixo para entender melhor:
Comparado com o primeiro semestre de 2023, o e-commerce cresceu 18,7% em 2024.
Esse crescimento nesse valor é ótimo, especialmente se considerarmos que estávamos em um período complicado nos últimos anos, com crescimento abaixo do esperado.
O número de compradores também evoluiu bastante, com aumento de 25% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Com um crescimento maior no número de shoppers do que na evolução das vendas, podemos entender que o que está aumentando, na verdade, não é o ticket médio, mas o número total das vendas, o que é um ótimo sinal.
Um ticket médio aumentando pode ser explicado pela inflação, carestia, falta de matéria prima etc. Foi o que aconteceu no pós pandemia e até na Black Friday 2023 — ticket médio mais alto, mas menos vendas.
Essa evolução no número de shoppers também trouxe um outro dado muito interessante. Acompanhe no tópico logo abaixo:
O E-commerce é o Segundo Maior Canal de Vendas do Brasil
Alô, Roupa Nova? Solte o tema da vitória novamente, por favor?
Obrigado!
Segundo a Webshoppers 2024, o e-commerce é o segundo maior canal de vendas do Brasil, perdendo apenas para, bem, os supermercados.
Veja os dados logo abaixo:
Somando tudo, o canal online gerou R$ 286,5 bilhões de reais no primeiro semestre de 2024.
Perder para o autosserviço é absolutamente normal, ninguém nunca vai ganhar dele. Essa é a principal forma com que as compras são feitas no mundo inteiro.
🔎 Leia também: Descrição de Produtos com IA — como Fazer no E-commerce
Com a popularização dos e-commerces de supermercados, é bem provável que consigamos roubar um pouco desses clientes, mas derrotar essa hegemonia é impossível.
O importante é entender que a partir desse resultado, conseguimos ver a enorme popularidade do e-commerce.
Ele já é parte da rotina dos brasileiros, e isso não vai mudar tão cedo.
Mas quais são os produtos mais vendidos no e-commerce? Como conseguimos saber disso? A Webshoppers 2024 nos traz esses índices. Acompanhe:
Quais Foram os Produtos mais Vendidos no E-commerce em 2024?
Aqui precisamos fazer uma distinção rápida para entender o gráfico. Precisamos entender a diferença entre GMV e o número de pedidos.
O gráfico abaixo apresenta duas colunas:
- GMV: o valor total arrecadado pelo segmento;
- Pedidos: a quantidade de pedidos feitos no período analisado.
Simples, não é? Agora vamos para o gráfico:
O maior número de pedidos aqui está em Alimentos e Bebidas. Isso pode ser explicado pelo aumento da inflação no setor, o que faz com que mais pessoas busquem a internet para fazer pedidos.
Ao mesmo tempo, o faturamento desse segmento é baixo, indicando que o ticket médio tem um valor muito pequeno. Isso é normal, considerando que estamos tratando de alimentos e bebidas.
Perfumaria e cosméticos também teve destaque, com números muito próximos ao segmento de saúde — entre 24% e 28% de crescimento em comparação com o período anterior.
Eletrodomésticos foi um dos setores que mais cresceu, já que nas últimas análises ele estava em queda livre.
Muito disso foi impulsionado pelo calor, que fez a venda de ar condicionado atingir patamares incríveis:
Aliás, no período analisado, o ar-condicionado foi o produto com maior crescimento de todos em 2024:
O crescimento de eletrodomésticos, que ficou em 38%, foi impulsionado por eles, pelos ventiladores e pelas geladeiras.
Umas hipótese que a Webshoppers 2024 levantou é que, além das ondas de calor que estamos vendo ano após ano, 2024 marcou o início do período de trocas de eletrodomésticos comprados há alguns anos atrás.
E olhando de forma mais geral para o gráfico completo, vemos como a categoria de giro rápido foi a que mais cresceu entre todas:
Então é bem complicado responder qual é o produto mais vendido no e-commerce, mas esses dados mostram bem quais foram as principais categorias.
E aí, o que você achou das estatísticas do e-commerce da Webshoppers 2024?
Salve esse texto porque ele vai ser atualizado assim que os dados do segundo semestre de 2024 estiverem disponíveis, ok?
E agora uma última recomendação: você já conhece a Leadster.AI?
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Obrigado pela leitura e nos vemos no próximo texto!
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