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/ / Webshoppers 2024: Dados sobre as Estatísticas do E-commerce Brasileiro

Você já ouviu falar da Revista Webshoppers? Ela é a principal publicação brasileira sobre estatísticas do e-commerce, com edições semestrais e versão gratuita. 

Precisamos ser honestos aqui: estamos abordando alguns temas na Leadster que os leitores mais antigos vão estranhar um pouco — falar sobre e-commerce, principalmente, nunca foi nossa maior preocupação. 

Estamos nos inserindo nessa área e produzindo conteúdo sobre o tema muito por conta da Leadster.AI, nosso chatbot com IA generativa que tem usos muito interessantes para o e-commerce. 

Para desenvolver a Leadster.AI, fomos atrás de especialistas em e-commerce e todos recomendam a Webshoppers como a principal publicação sobre as melhores estatísticas do e-commerce. 

Feita com o apoio da NielsenIQ e da E-bit, grandes agências e pesquisa de marketing (A Nielsen inclusive uma das maiores do mundo), os dados que a publicação traz são muito completos. 

E mais do que isso: a metodologia de pesquisa garante não só dados confiáveis, mas que sejam também muito representativos do cenário geral do e-commerce. 

Hoje trouxe X estatísticas para a gente analisar juntos aqui no texto. Se você quiser acessar o estudo original, é só clicar aqui no link. 

Essa intro ficou um pouco longa demais, mas é só pra gente ter mais espaço para se aprofundar nas estatísticas. Vamos começando logo? 

O Cenário Brasileiro em 2024 — Contextualizando 

Mulher olhando para o tablet com expressão pensativa

Antes da gente passar para as estatísticas diretas do e-commerce, precisamos também entender o cenário econômico brasileiro como um todo. 

Isso porque é bem complicado dizer se o e-commerce está indo bem ou mal sem saber como está o poder de compra dos próprios brasileiros, certo? 

O cenário econômico brasileiro vem trazendo algumas surpresas, mas também alguns cenários negativos que já esperávamos. 

O impacto que isso trouxe ao e-commerce não é um impacto simples de forma alguma. Vemos crescimentos e reduções em alguns setores que são diretamente explicados pelas estatísticas que vamos ver agora, nos próximos itens. 

Vamos entendê-las melhor agora: 

Desocupação está no seu Menor Patamar desde 2015

A taxa de desocupação está relacionada com a quantidade de pessoas que não estão trabalhando no momento. 

É o que entendemos como taxa de desemprego. As pessoas que estão nessas estatísticas são pessoas que estão na força de trabalho, mas que estão desempregadas no momento. 

Ou seja: não contam crianças, aposentados etc. 

E essa taxa vem caindo bastante desde 2021, ano em que ela atingiu o maior patamar da década 2015 – 2024. 

Esse ano temos a menor taxa de desocupação desde o início da análise. Veja no gráfico logo abaixo:

🔎 Leia também: Chatbot para E-commerce — os Melhores do Mercado

Isso significa mais pessoas empregadas, e consequentemente, indica também um crescimento no e-commerce no geral — mais emprego significa mais consumo. 

Mas vamos ver se essa relação realmente existe ao longo do texto. Por enquanto, precisamos analisar um outro data point: a inflação. 

A Inflação está Alta no Setor Alimentos e Bebidas 

A inflação ocorre quando há uma variação maior do que o esperado nos preços de produtos. Ela pode ser calculada de forma geral, mas para a nossa análise, é melhor entender qual é a categoria que está impulsionando essa alta. 

Em 2024, o principal fator que está carregando o aumento da inflação é o setor de alimentos e bebidas. 

Isso significa que as maiores variações de preço do mercado estão acontecendo nesse setor, algo bastante complicado porque ele é um dos principais movimentadores da economia brasileira. 

Isso começa a pintar um quadro mais nítido: apesar do desemprego estar no seu menor patamar desde 2015, a maioria das pessoas está tendo dificuldades na compra dos produtos mais essenciais do mercado. 

Veja o gráfico logo abaixo para complementar o entendimento: 

Superamos de vez a Baixa do PIB na Pandemia  

A pandemia foi um evento bem complicado para o PIB brasileiro, que já vinha caindo bastante por conta das oscilações políticas de 2016. 

Depois de um período de estabilidade entre 2017 e 2020, entramos em uma queda livre bem difícil de lidar. 

E o interessante é que, mesmo com a baixa do PIB em 2021 e 2022, o e-commerce na época até cresceu — mas esse crescimento foi de certa forma artificial, já que várias lojas fecharam e só era possível comprar alguns produtos pela internet. 

A boa notícia é que estamos em um período de estabilidade novamente. Veja no gráfico logo abaixo: 

O nosso quadro já está quase na metade: entendemos que, apesar da inflação, o brasileiro está com mais emprego e o PIB está crescendo — sinal favorável para o e-commerce. 

Mas ainda há uma última estatística da Webshoppers que eu gostaria de trazer: 

O Brasil está Otimista em Relação à sua Situação Financeira

A última informação para o nosso quadro ficar pronto diz respeito ao que o brasileiro entende da sua própria situação financeira — ou seja, se ele está otimista ou não. 

E esse é um resultado bastante positivo. Dá vontade até de colocar o tema da vitória do Ayrton Senna pra tocar junto. Aliás, clique aqui, coloque pra tocar e continue a leitura. Você vai me agradecer depois. 

A verdade é que o brasileiro está bastante otimista em relação à sua situação financeira. Mais otimista que a América Latina no geral. Aliás, mais otimista que o resto do mundo inteiro. 

Primeiro, o brasileiro é o que menos vê piora financeira em relação ao ano anterior: 

Os respondentes que observaram piora na sua situação financeira determinam que a alimentação foi o principal fator que contribuiu para esse problema: 

Isso é bastante interessante porque, pelo que vimos até agora, a inflação está atacando justamente esse segmento da economia. 

Tudo bem: hora de pausar o tema da vitória porque o dado a seguir não é tão bom assim para o e-commerce. 

A maioria dos brasileiros entende que a melhor forma de lidar com a alta dos preços e a ameaça da piora na situação financeira é reduzir gastos discricionários: 

Isso não é tão interessante para o e-commerce, já que ele pode se encaixar na categoria de gastos discricionários. 

Mas nem sempre. Como vamos ver ao longo do texto, o e-commerce não visto como luxo — em muitos casos, ele vende produtos essenciais, eletrodomésticos etc. 

Então o nosso quadro sobre a situação da economia brasileira está pronto: 

  • O desemprego está no seu menor patamar desde 2015; 
  • A inflação está aumentando, mas o brasileiro está otimista;
  • Alimentação é o setor com os maiores preços; 
  • Quem está pessimista com o cenário econômico busca economizar em gastos discricionários principalmente. 

Até agora, essa análise está favorável para o e-commerce. Mas agora precisamos entender na prática, olhando dados sobre o cenário do e-commerce em 2024. 

O Crescimento do E-commerce em 2024

A principal estatística, a grande, a gigante: será que o e-commerce cresceu ou retraiu em 2024? 

Vale ressaltar que a essa análise corresponde ao primeiro semestre e 2024. Os dados sobre o segundo semestre são entregues em 2025. Quando eles saírem vamos atualizar o texto, ok? 

🔎 Leia também: Vender em Marketplaces ou E-commerce Próprio?

De qualquer forma, o e-commerce não só cresceu nesse primeiro semestre como cresceu com duplos dígitos. Veja o gráfico abaixo para entender melhor: 

Comparado com o primeiro semestre de 2023, o e-commerce cresceu 18,7% em 2024. 

Esse crescimento nesse valor é ótimo, especialmente se considerarmos que estávamos em um período complicado nos últimos anos, com crescimento abaixo do esperado. 

O número de compradores também evoluiu bastante, com aumento de 25% em relação ao mesmo período no ano anterior. 

Com um crescimento maior no número de shoppers do que na evolução das vendas, podemos entender que o que está aumentando, na verdade, não é o ticket médio, mas o número total das vendas, o que é um ótimo sinal.

Um ticket médio aumentando pode ser explicado pela inflação, carestia, falta de matéria prima etc. Foi o que aconteceu no pós pandemia e até na Black Friday 2023 — ticket médio mais alto, mas menos vendas. 

Essa evolução no número de shoppers também trouxe um outro dado muito interessante. Acompanhe no tópico logo abaixo: 

O E-commerce é o Segundo Maior Canal de Vendas do Brasil 

Alô, Roupa Nova? Solte o tema da vitória novamente, por favor?

Obrigado! 

Segundo a Webshoppers 2024, o e-commerce é o segundo maior canal de vendas do Brasil, perdendo apenas para, bem, os supermercados.

Veja os dados logo abaixo: 

Somando tudo, o canal online gerou R$ 286,5 bilhões de reais no primeiro semestre de 2024. 

Perder para o autosserviço é absolutamente normal, ninguém nunca vai ganhar dele. Essa é a principal forma com que as compras são feitas no mundo inteiro. 

🔎 Leia também: Descrição de Produtos com IA — como Fazer no E-commerce

Com a popularização dos e-commerces de supermercados, é bem provável que consigamos roubar um pouco desses clientes, mas derrotar essa hegemonia é impossível. 

O importante é entender que a partir desse resultado, conseguimos ver a enorme popularidade do e-commerce. 

Ele já é parte da rotina dos brasileiros, e isso não vai mudar tão cedo. 

Mas quais são os produtos mais vendidos no e-commerce? Como conseguimos saber disso? A Webshoppers 2024 nos traz esses índices. Acompanhe: 

Quais Foram os Produtos mais Vendidos no E-commerce em 2024? 

Aqui precisamos fazer uma distinção rápida para entender o gráfico. Precisamos entender a diferença entre GMV e o número de pedidos. 

O gráfico abaixo apresenta duas colunas: 

  • GMV: o valor total arrecadado pelo segmento; 
  • Pedidos: a quantidade de pedidos feitos no período analisado. 

Simples, não é? Agora vamos para o gráfico: 

O maior número de pedidos aqui está em Alimentos e Bebidas. Isso pode ser explicado pelo aumento da inflação no setor, o que faz com que mais pessoas busquem a internet para fazer pedidos. 

Ao mesmo tempo, o faturamento desse segmento é baixo, indicando que o ticket médio tem um valor muito pequeno. Isso é normal, considerando que estamos tratando de alimentos e bebidas. 

Perfumaria e cosméticos também teve destaque, com números muito próximos ao segmento de saúde — entre 24% e 28% de crescimento em comparação com o período anterior. 

Eletrodomésticos foi um dos setores que mais cresceu, já que nas últimas análises ele estava em queda livre. 

Muito disso foi impulsionado pelo calor, que fez a venda de ar condicionado atingir patamares incríveis: 

Aliás, no período analisado, o ar-condicionado foi o produto com maior crescimento de todos em 2024: 

O crescimento de eletrodomésticos, que ficou em 38%, foi impulsionado por eles, pelos ventiladores e pelas geladeiras. 

Umas hipótese que a Webshoppers 2024 levantou é que, além das ondas de calor que estamos vendo ano após ano, 2024 marcou o início do período de trocas de eletrodomésticos comprados há alguns anos atrás. 

E olhando de forma mais geral para o gráfico completo, vemos como a categoria de giro rápido foi a que mais cresceu entre todas: 

Então é bem complicado responder qual é o produto mais vendido no e-commerce, mas esses dados mostram bem quais foram as principais categorias. 


E aí, o que você achou das estatísticas do e-commerce da Webshoppers 2024? 

Salve esse texto porque ele vai ser atualizado assim que os dados do segundo semestre de 2024 estiverem disponíveis, ok? 

E agora uma última recomendação: você já conhece a Leadster.AI? 

A plataforma te oferece um chatbot com IA generativa capaz de responder todas as dúvidas dos seus clientes no e-commerce, além de criar também descrições de produtos com base no seu banco de dados. 

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Obrigado pela leitura e nos vemos no próximo texto! 


Fernanda Andreazzi

Especialista de Marketing na Leadster

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