Sumário
Um estoque de segurança é fundamental para qualquer loja inserida no varejo. É através dele que a loja consegue ter a certeza de que, mesmo se as vendas forem mais altas em um mês, não vai faltar produto nenhum.
“Tem, mas acabou” é uma frase muito comum em qualquer loja. E também não é incomum encontrar lojistas que até se orgulham de zerar o estoque em um mês.
A questão é que estoque zerado não gera clientes novos. E clientes novos ficam frustrados com a falta de estoque, a ponto de decidirem não comprar nunca mais na loja.
Uma loja física precisa de um estoque de segurança. Um e-commerce também. Mas quando uma loja física abre um e-commerce, essa necessidade fica ainda mais urgente.
Hoje esse artigo é para e-commerces que não vendem em lojas físicas e também para os que vendem nessa operação híbrida. Como manter o estoque sempre abastecido?
Começando com o básico primeiro:
O que é um Estoque de Segurança?
O estoque de segurança é uma quantidade determinada de produtos que você mantém no seu estoque sempre de cada um dos seus produtos, evitando vendê-lo e fazendo o abastecimento de uma forma diferente.
Ao invés de contar com o estoque de segurança para fazer o abastecimento, os produtos para a venda do mês são comprados sem contar com ele, que permanece o mesmo.
Por exemplo: você compra 50 unidades do produto X todo mês, mas mantém um estoque de segurança de 5 unidades.
Em janeiro, você vendeu todos os seus produtos X. Na hora de comprar novamente para abastecer o estoque, você não vai comprar 45 produtos X, mas sim 50.
Isso é básico: o estoque de segurança é um conceito tão antigo quanto o próprio comércio.
O estoque de segurança é aquele que não deve ser mexido de jeito nenhum. Mas para entender melhor como funciona exatamente o dimensionamento de estoque, precisamos conversar sobre estoque mínimo, médio, máximo e ponto de pedido.
Esses cinco conceitos são fundamentais para tratar de estoque. Muitas lojas entendem essa primeira parte, do estoque de segurança, e ignoram o resto.
Agora você vai descobrir tudo o que está relacionado com a logística do estoque. E depois, vamos conversar sobre situações práticas.
Vamos juntos:
Conceitos Organizacionais e Logística de Estoque Geral
O estoque é uma parte muito sensível de qualquer negócio que opera dentro do varejo.
Muita gente pensa que o sucesso de um negócio está relacionado somente com as vendas — empresas que vendem muito estão sempre na frente.
Mas não é bem por aí. O lado operacional e administrativo é o que determina se uma empresa vai crescer e se manter no mercado ou não.
Afinal, uma empresa com um administrativo organizado mas sem vendas consegue se segurar bem — ela sabe quanto ela tem no caixa, quantos produtos ela precisa vender, quantos produtos podem ser vendidos etc.
Uma empresa com muitas vendas mas com um administrativo bagunçado encontra dificuldades de crescimento mesmo vendendo muito.
E um dos pontos mais importantes para o adminstrativo de qualquer empresa do varejo é justamente o estoque.
Aqui, vamos conversar sobre 4 conceitos administrativos relacionados ao estoque:
- Estoque mínimo;
- Estoque máximo;
- Estoque médio;
- Ponto de pedido;
Vamos lá:
Estoque Mínimo: O que é e Como Calcular
O estoque mínimo é a quantidade mínima de um produto que uma empresa deve manter em seu armazém para evitar rupturas no abastecimento.
Ele funciona como uma reserva de segurança para que a empresa não fique sem mercadoria antes que um novo pedido seja recebido.
É com esse conceito que você garante que o fluxo de vendas não será interrompido porà falta de produtos.
Um estoque mínimo mal calculado pode levar à falta de mercadorias (ruptura de estoque), impactando negativamente as vendas e a experiência do cliente.
A definição do estoque mínimo depende diretamente do consumo médio diário e do tempo de reposição do fornecedor.
Empresas que trabalham com fornecedores com prazos longos de entrega precisam manter um estoque mínimo maior para evitar problemas.
Fórmula:
Estoque Mínimo = Consumo Médio Diário × Tempo de Reposição
Estoque Máximo: Controle e Planejamento
O estoque máximo representa a quantidade máxima de um item que uma empresa pode armazenar sem comprometer espaço, capital de giro ou eficiência operacional.
Manter um estoque muito alto pode gerar problemas financeiros — o capital investido em mercadorias paradas poderia ser utilizado para outras necessidades da empresa.
Além disso, produtos vencem e se tornam obsoletos. É natural, principalmente para produtos perecíveis ou sazonais.
O cálculo do estoque máximo leva em consideração o estoque mínimo e o lote de compra, garantindo que a empresa tenha sempre a quantidade ideal para operar sem excessos ou faltas.
Fórmula:
Estoque Máximo = Estoque Mínimo + (Lote de Compra × Intervalo entre Compras)
Estoque Médio: Como Determinar a Quantidade Média em Estoque
O estoque médio é um indicador que ajuda a empresa a entender a quantidade média de produtos armazenados ao longo do tempo.
Ele auxilia na gestão de compras e na previsão de demanda, garantindo um equilíbrio entre a reposição e o consumo.
Um estoque médio bem calculado evita tanto a falta quanto o excesso de mercadorias. Se o estoque médio estiver muito alto, a empresa pode estar investindo mais do que o necessário em produtos parados. Se estiver muito baixo, pode haver dificuldades no atendimento da demanda.
Fórmula:
Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final) ÷ 2
Ponto de Pedido: O Momento Certo para Reabastecer
O ponto de pedido é um dos principais conceitos da gestão de estoque. Ele indica o momento exato para realizar um novo pedido de reposição, garantindo que a empresa não fique sem mercadorias.
Esse cálculo leva em consideração o consumo médio diário, o tempo de reposição do fornecedor e um estoque de segurança para prevenir imprevistos, como atrasos na entrega.
Se o ponto de pedido for calculado corretamente, a empresa reduz o risco de falta de produtos sem precisar manter estoques excessivos.
Fórmula:
Ponto de Pedido = (Consumo Médio Diário × Tempo de Reposição) + Estoque de Segurança
Como Calcular o Consumo Médio Diário e o Tempo de Reposição?
O consumo médio diário indica a quantidade média de um produto vendida ou utilizada por dia. Ele pode ser calculado dividindo o consumo total dentro de um período pelo número de dias desse período.
Fórmula:
Consumo Médio Diário = Consumo Total no Período ÷ Número de Dias
Já o tempo de reposição é o tempo necessário para que um pedido seja entregue pelo fornecedor, contado desde o momento da solicitação até a chegada da mercadoria.
Para determiná-lo com precisão, a empresa deve observar o histórico de compras e os prazos médios de entrega de seus fornecedores.
Dificuldades no Estoque para E-commerces + Loja Física
Tudo isso que vimos até agora diz respeito a qualquer negócio que venda no varejo.
Esses cálculos vão funcionar para e-commerces que não tem loja física e para os que operam no modelo híbrido.
Porém, é importante entender que os e-commerces que trabalham junto com uma loja física — ou seja, vendem nos dois canais ao mesmo tempo — têm mais dificuldades em manter esse estoque mínimo.
As fórmulas funcionam para qualquer caso e para qualquer negócio. Mas outras questões vão surgindo que vão muito além delas.
Esse tópico é para tratar dos aspectos estratégicos do estoque mínimo no e-commerce híbrido — aquele que vende tanto online quanto em loja física.
Vamos tratar sobre os seguintes assuntos:
- Como evitar rupturas nos dois estoques;
- Vale a pena ter estoques separados?
- Como integrar os dois estoques com ERPs;
- Como calcular o CMD no e-commerce e como integrá-lo ao da loja física;
Vamos lá?
Como Evitar Rupturas nos Dois Estoques
Para um e-commerce híbrido, que opera tanto online quanto em loja física, evitar rupturas de estoque é um dos maiores desafios.
A falta de produtos em qualquer um dos canais pode levar à perda de vendas, clientes insatisfeitos e até mesmo impactos negativos na reputação da marca.
O primeiro passo para evitar rupturas é ter um controle preciso da demanda em cada canal. Isso pode ser feito através da análise do histórico de vendas, sazonalidade e tendências de consumo. Dessa forma, a empresa pode prever períodos de maior demanda e se preparar para manter um nível adequado de estoque.
Outro fator crucial é a comunicação eficiente entre os setores responsáveis pelo estoque.
Se a loja física e o e-commerce compartilham o mesmo estoque, é fundamental ter um sistema atualizado em tempo real, garantindo que as vendas de um canal não causem falta de produtos no outro.
Não se preocupe: vamos conversar melhor sobre isso no próximo tópico.
Além disso, manter um estoque de segurança pode ajudar a evitar problemas com atrasos de fornecedores ou demandas inesperadas. Definir corretamente esse estoque reserva permite que a empresa continue operando mesmo diante de imprevistos.
Por fim, investir em tecnologia, como ERPs e sistemas de gestão integrados, ajuda a automatizar o controle de estoque, reduzindo erros e otimizando a reposição de mercadorias.
Vale a Pena Ter Estoques Separados?
Uma dúvida comum para empresas que operam no modelo híbrido é se vale a pena manter estoques separados para o e-commerce e para a loja física.
A resposta depende de diversos fatores, como volume de vendas, espaço disponível e a estratégia comercial do negócio.
Manter estoques separados pode trazer vantagens, como maior controle sobre a disponibilidade de produtos em cada canal. Isso evita situações em que um cliente compra um item online e descobre que ele já foi vendido na loja física.
Além disso, estoques separados permitem que a empresa adote estratégias de precificação e promoções diferenciadas para cada canal.
Por outro lado, separar os estoques pode aumentar os custos operacionais. É necessário um controle mais rigoroso para evitar excessos em um canal e falta no outro. Também pode ser mais difícil equilibrar a reposição de produtos, exigindo um planejamento logístico mais detalhado.
Uma alternativa viável é trabalhar com um estoque unificado, mas com um sistema de gestão eficiente, que consiga reservar produtos automaticamente para cada canal de venda. Dessa forma, é possível ter flexibilidade sem perder o controle do estoque.
A decisão final deve considerar a capacidade operacional da empresa e o comportamento dos clientes em cada canal.
Como Integrar os Dois Estoques com ERPs
A integração dos estoques físico e digital com um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) é fundamental para garantir uma gestão eficiente e evitar falhas que possam comprometer a operação.
Um ERP permite que todas as movimentações de produtos sejam registradas em tempo real, garantindo que as informações estejam sempre atualizadas.
Para integrar os estoques, o primeiro passo é escolher um ERP que atenda às necessidades do negócio.
O sistema deve ser capaz de sincronizar os dados do e-commerce e da loja física, atualizando automaticamente as quantidades disponíveis sempre que uma venda for realizada.
Outra funcionalidade importante é a possibilidade de configurar regras de reserva de produtos. Por exemplo, se um cliente compra um item online, o sistema pode reservar esse produto no estoque imediatamente, evitando que ele seja vendido na loja física antes da separação do pedido.
Além disso, o ERP pode ajudar na automação do reabastecimento, alertando sobre produtos com baixo estoque e sugerindo pedidos de reposição com base na demanda de cada canal.
Com um ERP bem configurado, a empresa consegue reduzir erros, otimizar a logística e oferecer uma experiência de compra mais fluida para os clientes, independentemente do canal de venda escolhido.
Como Calcular o CMD no E-commerce e Integrá-lo ao da Loja Física
O cálculo do Consumo Médio Diário (CMD) é essencial para determinar o estoque mínimo e o ponto de pedido de um produto. No caso de um e-commerce híbrido, esse cálculo deve levar em consideração tanto as vendas da loja física quanto as do digital.
A fórmula básica para calcular o CMD é:
CMD = Consumo Total no Período ÷ Número de Dias
No caso de um negócio híbrido, é possível calcular o CMD separadamente para cada canal ou somá-los para um CMD unificado.
Se a empresa optar por estoques separados, é recomendável calcular o CMD individualmente para a loja física e o e-commerce, garantindo que cada um tenha um planejamento de reposição adequado.
Se o estoque for integrado, o CMD deve considerar as vendas de ambos os canais. Isso pode ser feito utilizando um ERP que unifique os dados de saída de mercadorias, permitindo um cálculo mais preciso da demanda total.
Além disso, é importante monitorar a variação da demanda nos diferentes canais. Muitas vezes, o e-commerce pode ter um volume de vendas mais imprevisível devido a promoções e sazonalidade, exigindo ajustes frequentes no cálculo do CMD para evitar rupturas ou excesso de estoque.
Não Perca Vendas por Estoque nem por Atendimento
Perder vendas é um grande pecado no e-commerce. Mas ele fica ainda pior quando você perde vendas pelos piores motivos.
Rupturas de estoque são simples de evitar. Os cálculos são simples, você só precisa se preparar com antecedência para não ter problemas.
Outro problema bobo para perder vendas é o atendimento. Se o cliente tem dúvidas que ele não consegue solucionar de jeito nenhum, a venda está em risco.
A questão é que esse atendimento em tempo real para solucionar uma dúvida pequena do cliente é difícil de fazer. Você precisa de equipe e ferramentas para conseguir até captar essas dúvidas.
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