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/ / Black Hat no Maketing Digital: O que é e suas Consequências

Black hat é um termo guarda-chuva, muito usado mas pouco compreendido de fato. 

Nos seus primórdios, o termo black hat era usado para denominar hackers criminosos e práticas criminosas dentro desse mundo. 

Por isso o termo black hat — é uma referência aos filmes de espião de antigamente, em que os espiões vilões usavam chapéus pretos e ternos escuros. 

O contraponto do black hat é o white hat — hackers (e práticas de hacking) voltadas para medir e melhorar a segurança de sistemas. 

Levando para o marketing digital, o termo black hat está muito associado com as corporações que determinam como a navegação na internet deve ser.  

Essa é uma forma um pouco polêmica de falar sobre o assunto, então acho que vale bastante a pena a gente começar o texto por aí: uma boa definição do black hat no marketing digital. 

Vamos lá? 

O Black Hat no Marketing Digital — O que é?

Mulher olhando para o tablet com expressão pensativa

A forma com que nós navegamos na internet e usamos os recursos que a internet oferece é através de corporações e as ferramentas dessas corporações. 

Não há nada de político nessa conclusão, por sinal. A internet sempre foi assim. A maior parte das pessoas online têm interações parecidas: 

  • No caso de dúvidas, perguntam ao Google ou ao ChatGPT
  • Para acessar a internet, elas usam navegadores como o Chrome; 
  • Para usar e-mails, elas usam algum provedor (provavelmente o Gmail); 
  • Para conversar com os amigos, elas usam as redes sociais
  • Para assistir vídeos, elas usam o YouTube; 

E por aí vai. A internet não é tanto um lugar que você vai, mas sim uma grande reunião de várias corporações que, juntas, criam um ambiente compartilhado. 

Dessa forma, o black hat é associado com práticas que ferem os termos de serviço dessas ferramentas. 

Geralmente, práticas black hat se aproveitam de falhas ou de pontos cegos dessas plataformas, ou até mesmo de questões intrínsecas às ferramentas, para ganhar vantagens indevidas. 

Spam no e-mail, por exemplo, é uma técnica black hat. O spammer não está se aproveitando de uma “falha” dos provedores de e-mail. Na verdade, ele está levando o serviço básico do provedor ao limite. 

Ou seja: o black hat nesse caso acontece porque a pessoa está enviando muitos e-mails ao mesmo tempo. Mas nem sempre enviar muitos e-mails ao mesmo tempo é spam. 

Mas a exploração das falhas também acontece, e em alguns casos isso chega a ser extremo. 

Por exemplo: existem várias pessoas criando anúncios no Instagram que são, na verdade, golpes. 

Estou te falando isso como alguém que já caiu em um golpe desses. Era um produto comum, com identificação do Mercado Livre, mas o perfil não era do Mercado Livre de verdade. 

Então entendemos o que é black hat, certo? Agora para entender de fato como ele acontece, precisamos analisar canal por canal. 

O que é Considerado Black Hat nos Diferentes Canais de Marketing Digital? 

A maioria das pessoas têm um bom discernimento do que é black hat ou não, em grande parte dos casos, mesmo sem conhecer exatamente os termos de serviço das plataformas. 

Pouca gente leu os termos de serviço do Google, por exemplo. Mas a grande maioria dos profissionais de SEM sabe que criar páginas e mais páginas de uma palavra-chave específica, buscando apenas o rankeamento e não entregando bom conteúdo, é black hat. 

Colocar palavras-chave “escondidas” em um texto era muito comum nos primórdios do SEO. Profissionais colocavam uma série de palavras-chave escritas com letras brancas no fundo branco, para que o leitor não visse, mas o Google sim. 

Não precisamos nem ler os termos de serviço do Google para entender que isso é black hat. 

Aqui nesse tópico vamos conversar sobre os exemplos de black hat mais óbvios, que estão em violação direta com os termos de uso dessas ferramentas.

Depois, vamos conversar sobre outros tipos de exploits nessas ferramentas e entender melhor todos os tipos de black hat existentes. 

Vamos lá: 

Black Hat no Google — SEO

O black hat no Google acontece das formas tradicionais, que já esperamos que ela aconteça, mas também de uma outra maneira que a gente raramente presta atenção. 

Gostaria de falar especificamente dessa outra maneira aqui nesse item. Mas antes, veja a lista completa: 

  • Keyword stuffing uso excessivo e forçado de palavras-chave no conteúdo da página, nos metadados, ou em outros elementos, com o objetivo de manipular o ranking;
  • Texto oculto e links invisíveis — inserir texto ou links com a mesma cor do fundo, ou usando CSS para escondê-los, visando enganar o algoritmo sem afetar a experiência do usuário;
  • Cloaking apresentar conteúdo diferente para o Googlebot do que é exibido ao usuário comum. Por exemplo, mostrar uma página otimizada para mecanismos de busca enquanto o visitante vê outra coisa;
  • Compra de backlinks — adquirir links de outros sites apenas para manipular o PageRank e o posicionamento, especialmente em redes de links pagos ou esquemas de troca;
  • PBN (Private Blog Networks) criar ou usar uma rede de sites para construir backlinks entre si, com o único intuito de manipular autoridade de página.
  • Conteúdo duplicado ou gerado automaticamente copiar e colar textos de outros sites ou usar ferramentas para criar conteúdo automatizado e de baixa qualidade apenas para ranquear melhor.
  • Doorway pages (páginas de entrada) criar várias páginas com pequenas variações, voltadas a palavras-chave específicas, que redirecionam rapidamente o usuário para outra página.

O ponto que gostaria de mostrar aqui nesse item é a compra de backlinks

Entre todos esses pontos, comprar backlinks é a atividade menos óbvia. Aliás, existem sites vendendo backlinks hoje, inclusive usando o Google Ads. Veja um print: 

Os backlinks foram, por muitos anos, os principais fatores de rankeamento no Google. Hoje nem tanto, mas isso não impede que novos negócios surjam da noite para o dia prometendo “links de qualidade”. 

Esses links raramente são de qualidade, e mesmo se fossem, a prática pode trazer penalizações. 

E algo que nenhum vendedor de links vai te contar é que eles próprios não são penalizados. Você pode comprar links por um anúncio no Google Ads, sofrer penalizações, voltar no Google e ainda assim encontrar o mesmo anúncio no ar. 

As penalizações não são muito frequentes nesses casos, mas elas acontecem. E em alguns casos, elas podem acontecer sem você nem ver. 

Mas isso é assunto mais para adiante no texto. Agora vamos conversar sobre o black hat no SEM: 

Black Hat no Google — Anúncios

Os anúncios são mais simples, tendo uma lista bem compreensível do que é considerado black hat. 

Acompanhe: 

  • Uso de palavras-chave proibidas ou enganosas inserir termos relacionados a conteúdo sensível ou que violam as políticas do Google Ads, como produtos ilegais ou promessas enganosas;
  • Disfarçar a URL de destino (Cloaked Destination) anunciar uma URL aparentemente legítima que redireciona o usuário para uma página com conteúdo diferente (ou malicioso);
  • Falsas alegações em anúncios prometer resultados irreais ou enganosos, como “ganhe R$10.000 por dia sem sair de casa”, violando a política de conteúdo confiável;
  • Click Fraud (Fraude de Cliques) gerar cliques falsos (manualmente ou com bots) em anúncios de concorrentes para esgotar o orçamento deles rapidamente.
  • Manipulação de Revisão de Anúncios (Ad Review Manipulation) tentar enganar o sistema de revisão automatizada do Google Ads, por exemplo, mascarando texto proibido em imagens ou usando caracteres especiais.
  • Rotação de Contas (Account Farming) criar múltiplas contas para burlar suspensões ou restrições, continuando a exibir anúncios mesmo após penalizações.

Um ponto interessante para notar aqui é que muitas dessas práticas são coibidas dentro do próprio Google Ads. 

Palavras-chave, por exemplo, têm travas na hora da escolha que impedem que você determine as que o Google proíbe. 

Mas ao mesmo tempo, como vimos, existem palavras-chave que simplesmente não podem ser excluídas, mas que dizem respeito a outras práticas de black hat. 

“Link building”, uma palavra-chave normalmente associada a compra de links, não tem travas do Google Ads. “Comprar backlinks” também não. 

Bom, essas listas são grandes assim porque estamos lidando com o Google. As próximas vão ser um pouco menores, mas ainda assim muito importantes de entender. 

Acompanhe: 

Black Hat no Instagram (orgânico)

Aqui nesse tópico, vamos conversar apenas sobre o Instagram entre todas as redes sociais. 

Mas antes do texto acabar, vamos conversar melhor sobre outras redes sociais que já abordamos aqui no blog. 

O Instagram tem algumas práticas considerdas black hat. Por enquanto, vamos focar no lado orgânico: 

  • Compra de seguidores — adquirir seguidores falsos para inflar números e aparentar maior popularidade;
  • Uso de bots para engajamento — empregar ferramentas automatizadas para gerar curtidas, comentários ou seguir/desseguir usuários em massa;
  • Keyword stuffing em legendas — inserir excessivamente palavras-chave nas legendas para tentar manipular o algoritmo de descoberta. Geralmente, isso não funciona muito bem;
  • Uso excessivo de hashtags irrelevantes — adicionar hashtags populares que não têm relação com o conteúdo para aumentar a visibilidade;
  • Conteúdo duplicado ou plagiado — repostar conteúdo de outros usuários sem atribuição ou permissão, visando ganhar engajamento fácil.
  • Participação em pods de engajamento — entrar em grupos que combinam interações mútuas artificiais para impulsionar métricas.
  • Automação de comentários genéricos utilizar scripts para comentar automaticamente em postagens alheias, muitas vezes com mensagens irrelevantes.

As práticas que o Instagram mais pune, porém, são as que usam scripts ou outros apps em conjunto com o Instagram. 

Mas grande parte dessas ações, na verdade, passa completamente batido pela moderação da Meta, que vem se tornando cada vez mais automatizada, e portanto, simples de burlar. 

Agora vamos analisar os anúncios do Instagram: 

Black Hat no Instagram (anúncios)

Além dessas práticas black hat no lado orgânico, também existem algumas bem interessantes de analisar nos anúncios. 

Saiba mais: 

  • Criação de anúncios enganosos — promover produtos ou serviços com informações falsas ou exageradas para atrair cliques;
  • Disfarce de URLs de destino — direcionar usuários para páginas diferentes das anunciadas, muitas vezes com conteúdo duvidoso ou malicioso;
  • Uso de contas falsas para anúncios — criar perfis fictícios para veicular anúncios, evitando restrições ou penalidades em contas reais;
  • Promoção de produtos proibidos — anunciar itens que violam as políticas do Instagram, como armas, drogas ou produtos falsificados;
  • Manipulação de métricas de anúncio — utilizar técnicas para inflar artificialmente métricas de desempenho, como cliques ou conversões;
  • Segmentação enganosa — configurar anúncios para atingir públicos não autorizados ou vulneráveis, desrespeitando as diretrizes da plataforma.

Black Hat no Gmail 

Por último, precisamos analisar as práticas de black hat nos e-mails. 

Vamos considerar o Gmail aqui como ferramenta principal, mas a maioria desses pontos é considerado black hat na maioria dos provedores. 

Veja: 

  • Taxa de reclamação de spam elevada — manter uma taxa de denúncias de spam acima de 0,3% pode levar ao bloqueio do domínio pelo Gmail.
  • Falta de autenticação de e-mails — não implementar protocolos como SPF, DKIM e DMARC, essenciais para validar a autenticidade das mensagens.
  • Ausência de opção de descadastramento — não oferecer aos destinatários uma maneira clara e fácil de se descadastrar das comunicações.
  • Mistura de conteúdos distintos em uma única mensagem — combinar informações promocionais com recibos ou notificações transacionais, o que pode confundir os destinatários.
  • Envio de mensagens para usuários não opt-in — contatar pessoas que não consentiram em receber e-mails, aumentando a probabilidade de denúncias de spam. 

O Gmail é, de longe, a plataforma menos tolerante com black hat. 

Enquanto a Meta está permitindo até anúncios falsos e criminosos, o Gmail não deixa passar nem estratégias de cold e-mailing aplicadas duas ou três vezes seguidas. 

Entre todas as ferramentas que analisamos até agora, com certeza o Gmail é a mais particular. Não vale a pena nem tentar algum tipo de black hat por lá, já que os banimentos geralmente vêm não da conta em particular, mas do domínio inteiro. 

Tudo certo até então? Ótimo! Agora precisamos conversar sobre as punições para o uso de black hat em cada uma das ferramentas citadas. 

Vai ser mais breve, prometo: 

Quais são as Punições para o Black Hat? 

Mulher com expressão de dúvida

As punições para o black hat são muito variadas. 

Cada plataforma, é claro, tem as suas próprias, mas elas normalmente começam pequenas e vão evoluindo. 

O Google mesmo tem medidas absolutamente drásticas descritas nos seus termos de serviço que raramente são aplicadas. 

Porém, mesmo as punições mais brandas do Google ainda são bem complicadas de lidar para marcas que têm no SEO e no Inbound Marketing a sua maior fonte de leads e vendas. 

Veja a lista de punições logo abaixo. E depois, vamos conversar melhor sobre elas: 

  • Google: queda no ranking, desindexação de páginas (muito comum), perda de autoridade do domínio, rejeição de anúncios, suspensão ou banimento da conta do Google Ads, bloqueio integral do domínio;
  • Instagram: shadowban (redução de alcance), remoção de publicações, suspensão de funcionalidades (seguir, comentar, postar), rejeição de anúncios, suspensão ou remoção da conta;
  • Gmail: entrega direta na aba spam, bloqueio de IP ou domínio de envio, limitação do número de envios, rejeição automática de mensagens, suspensão ou encerramento da conta;

Tudo isso é real e acontece de verdade.

O Google é de longe a punição mais severa que você pode receber. Seu domínio inteiro pode ser bloqueado dos produtos Google, o que significa nenhum rankeamento e nenhum anúncio aprovado. 

Mas isso é bem raro de acontecer, e geralmente é aplicado somente em sites claramente falsos ou que estão aplicando golpes. 

A desindexação, porém, é absolutamente real. Inclusive, em 2024, o Google lançou o Helpful Content Update que desindexou em massa uma enorme quantidade de sites que usavam conteúdo copiado ou de baixa qualidade. 

O Instagram também aplica shadowbans com frequência, e eles são complicados porque não há um indicativo do que você está fazendo de errado. O shadowban simplesmente acontece. 

Mas quem trabalha com e-mail marketing é quem precisa ficar mais esperto. As punições para o black hat são bastante comuns, e podem estragar completamente estratégias de e-mail marketing, como rotineiramente estragam. 

Outras Ações Black Hat e suas Punições

Bom, ao longo do texto conversamos bastante sobre as ações black hat mais comuns nos canais de marketing digital mais comuns também. 

Porém, deixamos algumas redes sociais de fora, e algumas outras ferramentas que raramente são abordadas ao conversar sobre black hat. 

Veja a lista completa logo abaixo: 

  • Facebook: uso de contas falsas, spam em grupos e páginas, compra de curtidas e seguidores, manipulação de anúncios, uso de clickbait, criativos enganosos, automação de interações;
  • TikTok: bots para views, curtidas e seguidores, repostagens sem crédito, hashtags enganosas, conteúdo enganoso para viralizar, manipulação do algoritmo com interações artificiais;
  • YouTube: compra de visualizações e inscritos, uso de clickbait em títulos e thumbnails, comentários automáticos para atrair tráfego, repostagem de conteúdo, geração de watch time falso;
  • LinkedIn: automação de conexões e mensagens fora do Sales Navigator, scraping de dados de perfis, uso de perfis falsos para prospecção, bots de engajamento, spam em grupos;
  • Twitter/X: compra de seguidores e curtidas, spam com links externos, bots para respostas automáticas, criação de contas para manipular trending topics. O X, porém, tem um dos piores sistemas de detecção de práticas black hat ;
  • Pinterest: pins em massa com bots, redirecionamento disfarçado (cloaking), uso de imagens virais com links enganosos, spam de comentários em pins populares;
  • WhatsApp/Telegram: envio em massa não autorizado, uso de listas frias, spam em grupos, bots que burlam limitações de envio da API;
  • Marketplaces (Amazon, Mercado Livre etc.): geração de avaliações falsas, manipulação de reviews, cliques falsos em concorrentes, descrições enganosas de produtos;
  • Google Meu Negócio / SEO local: criação de perfis falsos de empresas, spam de palavras-chave no nome do negócio, manipulação de avaliações, duplicação de listagens;
  • Growth hacking antiético: scraping de dados pessoais, sorteios falsos para coleta de leads, iscas de conteúdo enganosas, comportamento em massa para manipular algoritmos;

E aí, o que você achou dessa lista sobre black hat e os problemas que o black hat podem causar e causam? 

Não compensa colocar nenhuma dessas ações em prática. Nós nunca sabemos quando as punições vêm, mas acredite: elas vêm. 

E agora fica um segundo convite: vem conhecer o Panorama da Geração de Leads 2025 clicando no banner abaixo! 

Obrigado pela leitura e nos vemos no próximo artigo. 

Categorias: Marketing digital

Thiago Sgobero

Especialista de Conteúdo na Leadster

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Thiago Sgobero

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