Sumário
Se você está buscando por uma tabela de preços para marketing digital pronta para usar com os seus clientes, temos que te alertar: a precificação em agências de marketing não é algo assim tão padronizado.
E é melhor que não seja, pois cada empresa tem seus custos fixos e variáveis que devem ser levados em conta na hora de montar uma tabela de valores.
Isso é bom para o mercado porque estimula a competição, além de ser ótimo para a saúde financeira da sua agência.
Mas, então, como criar uma tabela de preços para marketing digital própria?
É disso que vamos falar hoje.
Trazemos as principais recomendações, recursos que você precisa consultar e mais algumas dicas para formar seu preço.
Começando:
Existe uma tabela de preços para marketing digital fixa?
Não existe uma: existem várias.
Existem preços nacionais, preços regionais e preços que as agências praticam de acordo com o valor que elas geram e os profissionais envolvidos.
A precificação para serviços de marketing digital hoje é muito diversa.
Uma tabela única, mesmo se existisse, não iria conseguir padronizar tudo porque existem vários tipos de agências, com vários diferenciais.
Mas veja: isso é uma oportunidade.
É melhor ter várias referências para formar seu preço do que não ter referência nenhuma, não é?
Então vamos enumerar as principais referências logo abaixo para te ajudar a montar a sua tabela de preços para marketing digital.
Começando com a ABRADi:
Preços da ABRADi
A ABRADi é a Associação Brasileira dos Agentes Digitais.
Seu trabalho é fomentar a cultura da transformação digital no Brasil através das suas regionais, presentes em 12 estados brasileiros.
A ABRADi não é necessariamente a grande associação que regula a prática publicitária no Brasil – isso quem faz é o CONAR.
O que a ABRADi faz é oferecer apoio para quem trabalha com marketing digital e criação de materiais digitais em geral.
Ela tem uma tabela de preços nacional, mas você precisa se associar para conseguir acessar o material – o valor é R$ 136,00 por mês.
Preços dos sindicatos regionais
Outra grande diferença está nos preços regionais praticados pelos sindicatos dos publicitários de cada região.
Muitas vezes eles são associados a um município, outras ao Estado.
A tabela de preços de um sindicato não tem poder de Lei, mas pode criar situações que impactam diretamente na precificação.
As Convenções Coletivas são um exemplo disso.
Veja esse exemplo, de uma CCT do SINAPRO – Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná.
Foi definido um piso salarial para vários profissionais, que não podem receber menos que isso no estado inteiro.
Isso tem impacto nos preços porque faz parte do cálculo do valor do serviço o tempo gasto de um colaborador, ou grupo de colaboradores, no desenvolvimento do mesmo.
Mas mesmo não tendo poder de Lei, os Sindicatos também dão sugestões de precificação.
Procure por “Valores Referenciais de Serviços Internos” ou “Referenciais de Custos Internos” junto com o Sindicato da sua região no Google para encontrar.
Alguns exemplos de tabelas de preços para marketing digital de sindicatos:
- Tabela de preços do SINAPRO-SP;
- Tabela de preços do SINAPRO-DF;
- Tabela de preços do SINAPRO-MG (de 2018, a versão de 2022 é paga).
Preços praticados no seu mercado
Pesquisar no seu mercado para conhecer algumas tabelas de preços para marketing digital é uma prática comum entre as agências.
Algumas inclusive se fingem de clientes para pedir orçamentos e comparar seus preços.
Isso é muito comum, apesar de antiético.
O que podemos te recomendar é conversar com outras agências sobre a precificação e tentar ter uma referência para montar a sua própria tabela.
Alguns donos de agência são mais abertos a esse diálogo e não se importam em falar.
Outros guardam seus preços sempre a sete chaves.
Boa sorte!
Como definir a sua tabela de preços para marketing digital
Essas referências vão te ajudar a montar sua tabela de preços, mas elas acabam sendo arbitrárias.
Um dos motivos de não existir uma tabela única, que todos os profissionais cobram, é a realidade operacional das agências.
Algumas vão gastar mais tempo fazendo um serviço, outras menos.
Entra também nessa operação os profissionais contratados, suas experiências, salários, bonificações.
E, por fim, o custo fixo da empresa – sua agência funciona em uma grande sala no centro comercial da cidade ou já aderiu ao home office?
Todos esses pontos podem se tornar um diferencial competitivo ao montar uma tabela de preços para marketing digital.
E é claro: existem centenas de agências oferecendo os mesmos serviços de marketing digital.
Algumas com mais expertise, outras menos.
O preço das duas ser igual acaba nivelando o mercado e não permitindo uma boa concorrência.
O que você precisa é encontrar o seu preço, o que faz sentido para a sua agência.
Agora vamos te mostrar como.
Precificação por hora
Essa forma de montar a tabela de preços é bastante popular em agências iniciantes e profissionais de marketing autônomos.
Ao invés de cobrar por mês, a cobrança é feita por horas trabalhadas.
Normalmente, o controle dessas horas fica a cargo da agência, que envia no final do mês um relatório mostrando as horas discriminadas.
Para determinar seu preço por hora, você precisa entender quem vai participar de cada conta.
Vamos supor que sua agência fechou um contrato com a Coca-Cola e seis profissionais vão participar dele, sendo:
- 2 Redatores;
- 2 Diretores de Arte;
- 1 Atendimento Publicitário;
- 1 Analista de Marketing.
Vamos olhar para a realidade do Redator e entender quanto custa a sua hora. Supondo que ele receba R$ 3.000 por mês, você faz a conta:
Faça isso com todos os profissionais envolvidos, depois calcule quantas horas eles vão gastar no mês e monte seu preço.
Mas veja bem: você ainda precisa acrescentar outros custos fixos (além dos salários) e sua margem de lucro, ok?
Mais sobre isso no próximo tópico:
Precificação por mês
Trabalhar com um preço por mês, fixo e fechado, também funciona.
É até melhor porque você não precisa fazer tantos cálculos.
A questão aqui é ter pacotes fechados com uma boa margem de lucro adicionada em cima deles.
Ao invés de você calcular as horas para cada cliente individualmente, você calcula as horas gastas para cada pacote e adiciona a margem de lucro.
Pronto: você formou o preço do seu pacote e pode aplicá-lo para todos os seus clientes, cobrando valores mensais chamados de fee.
A margem de lucro de cada serviço precisa ser formalizada no plano de negócios.
Não coloque uma margem para cada cliente: analise sua concorrência para entender o quanto ela costuma gerar de lucro líquido, formalize no plano de negócios e depois cobre.
Então, se você estipulou uma margem de lucro de 40%, e o seu preço das horas chegou em R$ 5.000, faça o seguinte cálculo:
Margem de Lucro = Preço das horas X 0.4
Margem de Lucro = R$ 5.000 X 0.4
Margem de Lucro = R$ 2.000
Aqui também é fundamental acrescentar os outros custos fixos para finalizar o valor final para o cliente.
Para calcular o percentual do custo fixo que deverá ser acrescentado ao valor do serviço, vamos pensar em um cenário onde os seus gastos com aluguel, água, limpeza e outros é de R$ 4.000 mensais e seu faturamento bruto médio de R$ 50.000.
Assim:
Com o pacote pronto, apresente para o cliente o que cada um desses planos mensais tem.
Se você fizer mais do que foi contratado, está saindo no prejuízo.
Veja três modelinhos de contratos mensais para te ajudar a montar sua tabela de preços para marketing digital abaixo.
Plano basic
Ofereça o mais básico que sua agência consegue entregar sem comprometer muito drasticamente o escopo do seu cliente.
É importante manter a sua margem de lucro com o mesmo percentual.
O que vai mudar são as horas gastas para entregar as peças.
Esse pacote é o plano mais básico, a porta de entrada da sua agência.
Se você trabalha nesse modelo, não é recomendado “criar” um outro pacote porque seu cliente pediu.
É melhor negociar um desconto, feito com ajustes na margem de lucro, caso seja necessário.
Plano standard
É o plano intermediário, que vai envolver mais pessoas e mais recursos entregues ao cliente.
Esse plano é o que você provavelmente mais vai vender, então ele precisa ser calculado perfeitamente para evitar prejuízos ao longo do seu trabalho.
A mesma regra se mantém: não abaixe o preço base, cobrado pelas horas.
Se for para negociar, abaixe a margem de lucro ou reduza o escopo contratado.
O plano perfeito, o que a agência quer que o cliente escolha.
Na hora de apresentá-lo em uma reunião, deixe claro que ele é uma situação ganha-ganha: seu cliente tem resultados mais rápidos e a agência tem mais chances de fazer um case de sucesso.
O preço é o de menos na hora de vender um plano premium.
O importante é que o cliente entenda que o interesse da agência está no sucesso que ele vai obter.
Precificação por demanda
Esse é outro jeito de construir sua tabela de preços para marketing digital: precificando serviços de forma unitária.
Esse é o jeito mais clássico de precificar, inclusive usado pelos próprios sindicatos nas suas sugestões.
Aqui, você determina quanto vale cada peça.
Um social post vale X, um artigo para blog vale Y, um site vale Z. E depois, na hora de formalizar a proposta, você faz a soma e manda para o cliente.
É importante que esses preços sejam construídos do mesmo jeito que mostramos nos tópicos anteriores: através das horas e somando o custo fixo e sua margem de lucro.
Tabelas de preços do mercado para te inspirar
Para te mostrar com mais detalhes como construir uma tabela de preços para o marketing digital, pegamos os preços mais atualizados dos sindicatos e colocamos aqui neste tópico.
Lembrando que esses são valores regionais, e eles vão variar bastante de região para região.
E dentro das regiões, até nas diferentes agências.
Só um adendo: esses preços estão nivelados para cima.
É muito comum de sindicatos e associações de marketing colocar preços bem mais altos do que os praticados pela maioria do mercado.
Isso dito, vamos lá?
Quanto cobrar para fazer um site?
Em média, agências pequenas cobram entre R$ 2.500 a R$ 10.000 para fazer um site institucional simples.
Tudo vai depender do profissional escolhido.
Nos sindicatos, o valor sugerido é completamente fora da realidade de uma agência de pequeno porte.
O SINAPRO MG sugere mais de R$ 40.000 para a criação de um site institucional e R$ 20.000 para um hotsite:
O SINAPRO DF referencia um valor similar: R$ 12.000 por página.
E um site institucional vai ter, no mínimo, 5 páginas diferentes.
Quanto cobrar para gestão de redes sociais?
Com um grande número de agências voltadas para as redes sociais, esse valor é muito divergente e é bem complicado de se basear para montar sua tabela de preços.
É possível encontrar agências cobrando pacote de postagens diárias – com criação das peças e a redação das legendas – de R$599 até R$10.000,00.
Tudo depende do que é contratado e entregue.
Ao precificar a gestão de redes sociais, o melhor é seguir um contrato por mês ao invés de cobrar as peças individualmente.
Isso porque, para entregar o melhor resultado ao cliente, você precisa de liberdade.
Definir seus posts pela limitação do contrato é complicado.
Alguns posts vão precisar de mais peças, outros de menos.
Para o mercado de pequenas agências e profissionais autônomos do marketing digital, os sindicatos, mais uma vez, não servem como uma boa referência.
Veja quanto o SINAPRO DF orienta as agências a cobrar:
Quanto cobrar para escrever textos para blog?
Em uma análise no LinkedIn, podemos identificar que hoje, redatores freelancers estão cobrando entre R$70 a R$150 por texto, sem briefing e sem estudo de palavras-chave.
Agências, por sua vez, cobram mais do que isso por texto, porque incluem o briefing aprovado pelo cliente, um estudo de palavras-chave e elaboração de um calendário editorial.
Portanto, o valor para um conteúdo de blog pode flutuar entre entre R$300 e R$650 por texto.
Para precificar esse seu serviço, pegue como base esses valores, principalmente se estiver começando, mas não se esqueça de fazer o seu próprio cálculo, que leva em conta a sua realidade, para definir seu próprio valor.
Quanto cobrar para fazer um logotipo?
Agências de pequeno porte com diretores de arte dedicados ou freelancers costumam cobrar entre R$1.000 e R$5.000 para a criação de uma logo.
Mas muito cuidado na hora de montar sua tabela de preços para o marketing digital: quanto mais cara for a logo, mais você vai precisar entregar.
O preço mais caro é praticado quando a agência entrega, junto com a logo, um estudo de branding, mock-up de aplicações, material de papelaria, alguns banners para o site e refações ilimitadas.
Quando é mais barato, é só a logo com refações limitadas.
Existem ainda agências que cobram mais barato do que isso, mas a entrega é mais complicada: só a logo, sem refações.
Para esse serviço, o SINAPRO DF tem bons preços de referência:
Tudo pronto para criar sua tabela de preços de marketing digital?
Você conseguiu determinar bons preços?
O importante é que eles estejam de acordo com o que você tem de custos para desenvolvê-los e que gerem lucro.
Sempre fique atento à sua margem, é ela que vai te ajudar a reinvestir o seu faturamento em mais recursos para a sua agência.
Se você precisa de um suporte maior, nós podemos te ajudar ainda mais.
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A gente pode continuar essa conversa no nosso texto que fala sobre como fechar vendas também.
Vamos lá?
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