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Em janeiro de 2021, a Leadster tinha 195 clientes pagantes.

Ao final de dezembro, atingimos a marca de 560 clientes – um crescimento de 290% em 12 meses.

A mídia paga foi o principal canal que impulsionou esse crescimento.

Neste artigo, trago os principais aprendizados e insights que tivemos ao investir R$361 mil em anúncios online. 

Também vou mostrar estratégias que você pode implementar em sua empresa, mesmo se tiver um orçamento bem menor.

Prefere assistir? Confira o Webinar que gravamos sobre o assunto:

Personas e Perfil de Cliente Ideal (ICP) da Leadster

Personas e Perfil de Cliente Ideal (ICP) da Leadster

A primeira coisa a entender é que não existe uma receita de bolo que funcione para todas as empresas. 

O que vou trazer aqui não vale como regra – é preciso filtrar de acordo com o momento da sua empresa, o perfil do seu público, a estrutura da sua operação comercial e o orçamento disponível.

Dito isso, antes de mostrar os nossos aprendizados precisamos de um contexto sobre o nosso modelo de negócio, para que cada um consiga pegar aquilo que serve para a sua realidade.

Vamos começar com um overview das Personas e do Perfil de Cliente Ideal (ICP) da Leadster.

Como somos uma empresa B2B, nossas personas são muito baseadas no cargo que elas ocupam dentro de uma empresa. 

Nos comunicamos muito com o responsável de marketing, seja ele um analista, gerente, diretor e às vezes até mesmo o dono da empresa.

Alguns dos segmentos que atendemos são B2B, Software, Educacional, Imobiliário, Financeiro, Jurídico, Venda de Produtos e Serviços e Agências.

O nosso cliente ideal também deve ter uma certa maturidade digital, o que para nós significa que a empresa precisa investir mais de R$1000 em mídia paga há no mínimo 3 meses.

Ou seja, é um perfil de cliente que não começou a investir agora.

Ele já investe há um tempo e tem algum resultado com as estratégias.

O que aprendemos investindo R$ 361 mil em anúncios online – Dicas para implementar em sua empresa

O que aprendemos investindo R$ 361 mil em anúncios online - Dicas para implementar em sua empresa

Teste, teste e teste!

Quando surgiu o nosso produto, em 2019, a gente ainda não sabia o que iria funcionar melhor, então testamos 3 canais em paralelo para criar nossos anúncios online: LinkedIn Ads, Google Ads e Facebook Ads.

Depois de 3 ou 4 meses, o LinkedIn Ads começou a entregar o melhor resultado, então direcionamos o investimento para ele, e foi isso que sustentou o nosso crescimento por dois anos.

Ainda seguimos investindo em Google Ads e Facebook Ads, mas com um orçamento muito menor e colocando muito menos tempo em otimizar esses outros canais.

Até que, em 2021, o LinkedIn Ads começou a perder força e o Facebook começou a entregar um resultado maior. 

Então mudamos novamente a estratégia e passamos a investir mais tempo e dinheiro no Facebook Ads, porque vimos que ele começou a mostrar melhores resultados em anúncios.

Nesse meio tempo, também entendemos que não bastava aumentar o investimento em anúncios online sem pensar para onde estávamos levando esse visitante. 

Isso nos leva ao segundo tópico, que é sobre otimização de conversão.

Invista em otimização de conversão

Quando falamos de otimização de conversão, estamos falando sobre CRO, que é um conjunto de práticas para otimizar o tráfego e aumentar a conversão do público que o nosso site já possui.

Isso nos leva a olhar o nosso site: o que que nosso visitante encontra ao entrar na página?

E como podemos melhorar a experiência dele para facilitar a conversão?

O maior potencial que existe para otimização de conversão é na primeira dobra do site.

Mesmo que as taxas variem de empresa para empresa, isso pode ser adotado como regra para todos.

Por isso, é importante trazer já na primeira dobra, antes do primeiro scroll, as principais informações sobre o seu produto ou serviço de forma concisa.

No site da Leadster, trazíamos um CTA, um botão, um título que entrega nosso valor (o que estamos oferecendo) e também um texto menor, menos chamativo para entregar valor na descrição. 

Então a gente partiu para otimizar essa página.

O primeiro ponto que observamos foi que 50% dos usuários que entravam no site não rolavam para baixo.

Beleza, entendemos que ali estava o nosso potencial.

Um erro muito comum nessa parte é a gente ficar olhando para uma página e pensando em melhorias sem olhar para a jornada do visitante, o que nos leva ao nosso próximo tópico.

Otimize de acordo com a jornada do visitante

Cada visitante conta uma história.

Ou seja, ele não entrou no seu site do nada. Ele deve ter sido impactado por um anúncio, ou ele acessou via blog, ou ele pesquisou uma palavra-chave no Google.

Para otimizar a conversão, precisamos olhar para trás, para a origem desse usuário, para então otimizar a página.

Vamos para a prática.

Observando a jornada desses usuários que vinham do Facebook Ads, esses eram os anúncios que eles estavam vendo:

Será que faz sentido uma pessoa que vê esse anúncio cair em uma página que fala sobre marketing conversacional, futuro de geração de leads, com uma imagem conceitual?

O processo estava meio quebrado, não estava fazendo sentido.

Percebemos que tinha muito potencial para melhorar a conversão se a gente olhasse para essa jornada e conectasse as duas pontas.

Então reformulamos toda a página.

Primeiro, colocamos um copy muito mais direcionado ao valor.

Se no anúncio a gente está falando de aumento de geração de leads, na página a gente repete a mesma coisa.

Também adicionamos uma imagem que ilustra a ideia do copy, ou seja, não é uma imagem que está tentando vender um conceito ou alguma outra coisa que não esteja na página.

Essa conexão entre copy e imagem, LP e anúncios, é essencial para otimizar a conversão.

Otimize seu site para dispositivos móveis

Tudo isso, fizemos pensando no visitante que acessa o site pelo desktop, mas ainda existe um outro ponto muito importante que tem a ver com a jornada: “de onde esses usuários estão acessando o meu site?”. 

Como estamos trabalhando o dia inteiro com uma tela na nossa frente, a gente acaba otimizando muitos sites para desktop.

Porém essa não é a realidade da maioria dos visitantes, principalmente nos anúncios online.

Essa taxa pode variar muito de acordo com o segmento, mas aqui na Leadster 94% dos acessos via mídia paga eram mobile e apenas 6% desktop.

Então mudamos para uma mentalidade “mobile first”, ou seja, otimizamos ao máximo a nossa página para mobile, porque acreditávamos que assim a gente teria um maior impacto.

Acredito que existem 4 principais pontos para a otimização mobile:

  • O tamanho do copy: O usuário que está no celular tem pressa, ele deve estar ocupado com suas tarefas do dia-a-dia. Se eu colocar um texto de quatro linhas ele vai se cansar, então o copy precisa ser reduzido e bem direto.
  • Call-to-action na primeira dobra: Como sabemos, os usuários não vão até o fim no nosso site. É muito importante que a principal ação que você quer que ele tome esteja já na primeira dobra de seu site.
  • Imagens otimizadas para mobile: Se eu colocasse a mesma imagem do desktop no mobile, ela iria ficar muito pequena e iria perder a sua eficácia. O ideal é criar imagens específicas para dispositivos móveis, dessa forma é possível entregar a melhor experiência para o usuário.
  • Velocidade de carregamento: Esse último tópico é tão importante que vamos falar sobre ele em um momento à parte.

Otimize a velocidade de carregamento

Um estudo da Supersonic mostra que uma melhora de 0,1 segundos na velocidade do site mobile aumenta a taxa de conversão em 8,4% no varejo e em 10% para sites de viagem.

Essa pesquisa é focada em e-commerce, mas essa ideia vale também para a geração de leads.

Inclusive, foi por isso que lançamos uma funcionalidade para que seja possível acompanhar a velocidade do site através do painel da Leadster.

Dessa forma, nossos clientes podem monitorar constantemente essa métrica que é fundamental principalmente para mídia paga, em que o usuário não está tão engajado em converter e em ler todo seu conteúdo.

Otimize para cada campanha ou anúncio

Essa ideia ainda não foi testada por aqui, mas é o próximo passo que eu vejo para a Leadster avançar ainda mais na personalização das landing pages.

O usuário que veio, por exemplo, do anúncio “três vezes mais leads sem refazer o seu site”, seria direcionado para uma página com um copy relacionado a essa questão de ele não precisar refazer o site.

Esse outro usuário que veio do anúncio do café, também cairia em uma landing page personalizada com esse mesmo argumento, com essa mesma proposta.

Acredito que essa seria uma evolução em relação à jornada do visitante, para que todos os pontos façam sentido ali.

Otimize constantemente

Para medir os resultados dessas otimizações, criamos um teste A/B no Google Optimize comparando a página antiga com a nova.

No topo do funil (número de contas criadas), tivemos uma melhoria de 4,88% para 6% de conversão.

Já para a nossa principal métrica de fundo de funil (número de pessoas que efetivamente instalaram a Leadster no site), o resultado quase dobrou, saindo de 0,51% para 0,93%.

Quanto maior a nossa taxa de conversão, menor o custo de aquisição e melhor o retorno sobre investimento – então, tivemos evolução em diversas métricas do negócio.

Esse é o grande benefício de revisitar e otimizar nossas páginas, garantindo que toda essa jornada, toda essa história do usuário no site, faça sentido.

E otimização é algo que nunca acaba.

Você faz uma vez e, depois de um tempo, vai ter de revisitar e otimizar de novo.

Cada vez que você muda um anúncio ou testa um novo canal, vale a pena voltar para a sua landing page e pensar em novas possibilidades para otimização.

Escolha entre abrangência, segmentação e intenção

Os três principais canais da Leadster são Facebook Ads, LinkedIn Ads e Google Ads.

A maior parte das empresas também direciona seu investimento em anúncios online para pelo menos um desses canais.

Mas qual é a principal diferença entre eles? 

Vamos começar pelo Facebook Ads. Da forma como vejo, o potencial deste canal é de abrangência

O Instagram e o Facebook são as redes sociais mais utilizadas no Brasil.

Isso significa que, com o Facebook Ads, é possível atingir um número muito grande de usuários a um custo bem reduzido.

Então, se o objetivo é atrair o maior número de pessoas, ele é o canal ideal para veicular sua mensagem.

Já o LinkedIn Ads, ao contrário do Facebook, tem um potencial de segmentação.

Eu costumo brincar que o LinkedIn é um tiro de raio laser, porque é possível determinar, por exemplo, que eu quero anunciar para o diretor de marketing, que a empresa dele tenha mais de dez funcionários, que o segmento da empresa seja B2B e que esse diretor de marketing tenha experiência em Google Analytics.

Assim, eu sei exatamente qual é a pessoa que está vendo o meu anúncio, porque o LinkedIn tem muitas opções de segmentações.

Além disso, ele é um canal que está em constante atualização. 

Quando a gente muda de emprego, a maioria das pessoas vai no LinkedIn atualizar o currículo.

Diferente do Facebook, em que dificilmente acessamos nosso perfil para atualizar algum dado, seja de emprego ou de qualquer outra coisa.

Como o LinkedIn tem o viés de estar constantemente atualizado, ele consegue entregar muito bem essa segmentação, o que o torna um canal muito bom para esse objetivo, principalmente quando o negócio é focado no B2B.

E esses dois canais (Facebook e LinkedIn) giram em torno da mídia display, ou seja, eu estou navegando por uma rede social e o anúncio interrompe a navegação, mostrando alguma proposta de valor, tentando capturar a minha atenção.

Já o Google Ads (pensando mais em search, não em display) tem uma característica diferente dos outros dois canais, porque o potencial dele é a intenção.

Quando um usuário se depara com um anúncio no Google, ele estava ativamente pesquisando algo, buscando alguma solução ou tentando resolver algum problema.

Ou seja, existe uma intenção de busca.

Para produtos que sejam de curso mais rápido, orçamentos ou serviços em que você precisa ter essa necessidade, o Google Ads funciona muito bem.

Existe mais uma diferença entre esses canais que nos gerou um bom aprendizado.

Em um canal abrangente, como o Facebook Ads, você não pode chamar muita atenção.

Já em um canal segmentado, como o LinkedIn, você pode.

Explicando melhor…

No Facebook Ads, se eu fizer um anúncio muito chamativo ou promocional, eu vou atrair muita gente para o meu site.

Mas como o Facebook é um canal abrangente, muitas dessas pessoas vão ser desqualificadas.

Então é preciso segmentar pela mensagem.

No LinkedIn, como eu sei que a pessoa certa está vendo o meu anúncio, por causa do poder de segmentação, vale a pena chamar a atenção e lutar para aumentar a taxa de cliques (CTR).

É por isso que, no LinkedIn, fazemos anúncios bem chamativos, com toque de humor, e até utilizando memes – porque queremos chamar a atenção de um público que já está segmentado. 

Já no Facebook, nossa estratégia é segmentar pela mensagem, ou seja, eu explico exatamente o que a Leadster faz, para que esse anúncio não atraia um número muito grande de pessoas que não tem a ver com o meu produto.

O Google Ads é um desafio à parte.

Nossa experiência com esse canal não é tão extensa, mas acredito que ele seja um meio termo.

Você também não pode chamar tanta atenção, ou vai atrair pessoas desqualificadas. 

Porém, se você não chamar atenção, o seu índice de qualificação do anúncio vai perder pontos.

Se você não recebe muitos cliques, o Google Ads te penaliza.

Então existe um limiar entre segmentar pela mensagem mas, ao mesmo tempo, chamar um pouco de atenção.

Foque em um único canal

Depois que você testar a sua estratégia em diferentes canais, existem duas opções: continuar trabalhando com um mix de canais ou focar em um único canal.

Aqui na Leadster, nós já testamos os dois caminhos.

No passado, estávamos anunciando nos três canais ao mesmo tempo e tentando otimizar os três da melhor forma.

Mas, como comentei, os três têm diferentes potenciais e diferentes formas de otimização.

Não é um trabalho fácil otimizar 3 canais ao mesmo tempo e atingir o melhor resultado neles.

Se tivéssemos dezenas de pessoas trabalhando para otimizar tudo, seria perfeito.

Mas essa não é a realidade da maioria das empresas, onde as equipes e recursos que a gente tem são limitados.

Por isso, a minha visão é que, no início, quando você não sabe o que vai funcionar, vale a pena testar vários canais ao mesmo tempo. 

Mas assim que um canal começa a ter um resultado um pouco melhor que os outros, aí sim eu invisto mais o meu tempo (tempo da equipe, tempo de estudo) e dinheiro para otimizar esse canal.

Assim que o Facebook começou a entregar um volume maior de vendas com um investimento menor, passamos a colocar todo o investimento e esforço do time para transformar esse canal no carro-chefe da Leadster.

Isso não significa que você precisa abandonar completamente os outros canais, mas o seu principal drive de faturamento vai ser uma única plataforma.

E nesse ponto, uma receita para o fracasso é não investir tempo e dinheiro o suficiente para validar um canal.

Imagine que você estava anunciando no Google Ads nos últimos 2 anos, com um certo resultado de vendas para a sua empresa.

Então, você decide criar algumas campanhas e anúncios para o Facebook, e testar essa estratégia por 2 meses.

Mas nesses dois meses, o Facebook não entregou o número de vendas que você esperava. 

Será que o motivo dessa estratégia não funcionar é porque o Facebook Ads realmente não é efetivo para sua empresa, ou seja, seu público não está lá, sua mensagem não é entregue de forma correta?

Ou foi porque você não investiu o tempo necessário para que esse canal pudesse amadurecer?

É importante entender que a mídia paga não começa a dar resultado do dia para a noite.

Demora um tempo para otimizar todos os pontos, criar as melhores segmentações, encontrar a melhor mensagem para cada canal.

Não é um trabalho fácil, especialmente se você trabalha com muitos canais ao mesmo tempo.

Por isso, o nosso aprendizado mostrou que é melhor focar em um canal de cada vez.

Confie no algoritmo

Qualquer empresa que faz anúncios online está na mão de uma caixa preta que é a inteligência e o algoritmo do Facebook, do Google ou de qualquer canal de mídia paga em que ela esteja anunciando.

No início, quando a Leadster começou a fazer anúncios online, eu realmente acreditava que eu faria as melhores segmentações, escolheria o melhor copy, escolheria o melhor horário de divulgação de anúncio e saberia qual a melhor mensagem em cada grupo.

Depois de um tempo, entendi que não somos mais inteligentes do que a máquina nesse sentido.

Ou seja, o algoritmo do Google ou do Facebook consegue fazer muito mais testes e ter muito mais informações que as nossas nossas próprias segmentações, que os nossos próprios ajustes.

Hoje, enxergo o trabalho de mídia paga no sentido de nutrir essa caixa preta da melhor forma possível, ao invés de ficar tentando descobrir o caminho das pedras sozinho.

A ideia é entregar o máximo de informações qualificadas para essa caixa preta, configurando pixel de rastreamento, API de conversões, eventos, metas e tudo o que for possível para que esses algoritmos escolham qual é a melhor arte, o melhor copy, a melhor segmentação, o melhor posicionamento, o melhor canal e o melhor horário.

Na sequência, vou contar como fazemos para alimentar esses algoritmos.

Mas, antes disso, vou explicar rapidinho a jornada do cliente aqui na Leadster: primeiro, uma pessoa cria uma conta no nosso site, depois ela configura um fluxo, implementa o chat no site dela e testa gratuitamente por 14 dias.

Por último, depois de gerar os resultados do teste, ela parte para a assinatura de um plano pago ou permanece no plano free.

Essa jornada está muito clara para nós, mas também precisamos comunicar esses passos para aquela caixa preta, que no nosso caso é a inteligência do Facebook Ads.

A plataforma precisa entender toda essa jornada da melhor forma para encontrar quais são os melhores clientes da Leadster e, aí sim, veicular os nossos anúncios para pessoas parecidas com eles.

No Facebook, fazemos isso enviando eventos de conversão.

No início, quando iniciamos as campanhas de anúncios online, começamos enviando o evento de criação de fluxo, que é a segunda etapa do nosso funil.

Então, depois que a pessoa já criou a conta e configurou um fluxo, avisamos para o Facebook Ads: “isso aqui é uma conversão, otimize meus anúncios para essa etapa do funil”.

Depois de um tempo, vimos que essa não era a melhor forma.

Então, começamos a adicionar algumas perguntas no nosso processo de qualificação. 

Na hora de criar uma conta, perguntávamos para o visitante o número de acessos do seu site.

Caso tivesse acima de 1000 acessos, essa seria uma empresa com potencial de adquirir um plano pago.

Então, sinalizamos para o Facebook que esse usuário tem o perfil ideal.

Logo percebemos que a maioria das pessoas não sabe ao certo o número de acessos que possuem no seu site, e acabavam respondendo incorretamente.

Então fomos pelo viés da mídia paga: decidimos enviar o evento de conversão quando a pessoa criasse o fluxo, mas somente se ela também investisse mais de R$1.000,00 em mídia paga.

Dessa forma, o Facebook começou a entender quais são os usuários qualificados para a minha campanha.

Atualmente, buscamos automatizar uma parte dessa qualificação, rodando uma análise automática dos sites cadastrados em nossa base. 

Quando um lead cria uma conta, analisamos se o site possui a Tag do Facebook, LinkedIn e Google Ads instalada, o Google Analytics, Tag Manager, Hotjar etc.

Fazemos uma leitura desse site e atribuímos uma nota para identificar se o lead é realmente qualificado.

Outro passo importante foi a implementação da API de conversões, que é uma nova forma de enviar eventos, lançada pelo Facebook após o bloqueio da Apple sobre os cookies de navegação.

Aqui na Leadster, entendemos que se o Facebook lançou uma API de conversões, que é um jeito muito melhor de enviar eventos, temos que aprimorar nossa estratégia para isso e usar o máximo de tecnologia possível para enviar informações qualificadas para aquela caixa preta.

Assim, estamos ajudando a máquina a encontrar pessoas parecidas com nosso perfil de cliente ideal que, como eu comentei lá no início, precisa ter uma maturidade de marketing digital.

Ou seja, se o site possui essas tags, isso me diz que a empresa possui essa maturidade também.

Explore novas possibilidades com a Leadster

Para quem usa o chatbot da Leadster, existem muitos recursos para otimizar esse resultado de mídia paga.

No seu fluxo da Leadster, o ideal é que você faça perguntas de qualificação.

Se tiver um tipo de resposta muito desqualificada (no nosso caso, por exemplo, seria o usuário que responde que não possui um site), existe a opção de descartar o lead

Quando isso acontece, a Leadster não envia um evento de conversão para o Facebook Ads, para o Google Ads ou para o Analytics.

Assim, é possível segmentar um pouco mais os seus usuários.

Estamos evoluindo essa ideia junto com uma outra funcionalidade, a de lead scoring.

Na Leadster, já é possível definir notas para cada lead de acordo com as respostas do fluxo.

Uma próxima atualização seria enviar o evento de conversão apenas caso a nota seja acima de três, por exemplo.

Essa é uma função que estamos desenvolvendo para que vocês também possam entregar o maior número de informações qualificadas sem ter que descartar o lead, porque dessa forma, ao invés de acabar perdendo esses dados, conseguimos “entregar só o ouro”, digamos assim, para que os algoritmos ajudem a veicular nossas campanhas. 

Feche o gerenciador de anúncios

O último aprendizado que eu gostaria de compartilhar é sobre fechar o gerenciador de anúncios.

Muitos profissionais que trabalham com mídia paga devem acessar esses painéis do Facebook, do Google ou do LinkedIn Ads diariamente.

Que informações esse gerenciador entrega? O CTR, quantas pessoas clicaram, o valor gasto, os resultados, o alcance, o custo por clique (CPC) etc.

Essa visão mostra muitas informações que são úteis no topo do funil.

Aumentar o CTR é algo bom? Com certeza, vale a pena você aumentar.

Diminuir o CPC, o custo por clique? Vale a pena também. 

Porém tudo o que importa para a empresa, na verdade, está relacionado com faturamento, com vendas – com o que acontece depois que esse cliente entra no seu funil.

Por isso eu costumo dizer que o foco não deve estar na tela do gerenciador, mas sim no funil de vendas.

Vou mostrar um exemplo real aqui da Leadster.

Essas são as etapas do nosso funil: número de contas criadas, número de chats configurados, número de sites implementados, número de clientes que fecharam um plano pago.

Quando essas métricas aumentam ou diminuem, isso faz muita diferença no resultado final.

Entrando no gerenciador, vejo que o custo por clique (CPC) subiu 50%.

Será que isso é necessariamente ruim?

Ou será que esse 50% de aumento, aumentou também a qualidade dos leads?

Será que eles estão implementando mais?

Orientar todas as decisões de mídia pelo gerenciador de anúncios, na minha experiência, pode ser também uma receita para o fracasso, porque essas métricas estão muito distantes da realidade do funil.

Vale muito mais a pena observar qual é o custo por cada conta criada dentro do meu funil, quantas dessas contas estão sendo implementadas, quantas estão fazendo uma reunião com o time de vendas, quantas se tornaram clientes pagos.

Quando evoluímos e começamos a basear a estratégia de mídia não em números que estão no nosso painel, mas sim no nosso funil, começamos a tomar decisões mais assertivas.

Precisamos também entender a jornada, ou seja, filtrar todo esse funil de vendas por canal de origem (Facebook, LinkedIn, orgânico, referência etc) e por campanha.

Assim, consigo ver com mais clareza: Qual campanha trouxe os leads que viraram clientes pagos? Como é a jornada do cliente que veio do grupo de anúncios X, por exemplo?

Podemos até mesmo conectar com o tópico sobre abrangência e segmentação.

Vamos comparar duas campanhas aqui: “agências MQL” tem um CTR de 0,2%; essa outra, “prospecção” tem 0,9%, ou seja, as pessoas estão clicando muito mais nessa. Isso quer dizer que essa campanha é muito melhor que a anterior?

Não tem como afirmar isso pelo gerenciador de anúncios. 

Eu vou ter que ir até o funil e analisar: os leads dessa campanha “agências” estão evoluindo no funil?

Pode ser que essas pessoas estejam evoluindo mais do que nessa outra campanha que está chamando muito mais atenção. 

Outra métrica do gerenciador é o custo por lead.

Como é que você sabe se esse valor é bom ou não?

De novo, tem que olhar o funil: quantos desses leads realmente eram qualificados?

Quantos desses leads qualificados deram rapport com a minha equipe de vendas, ou seja, realmente entraram em contato no WhatsApp ou fizeram uma reunião com o time?

Depois de falar com a equipe de vendas, quantos desses leads realmente eram qualificados? (Só porque ele respondeu alguma coisa lá no início não quer dizer que ele realmente seja qualificado.)

Então, qual foi o custo real disso?

E no fim, analisamos as vendas.

Mas o importante de voltar um pouco para essas etapas anteriores do funil, é que às vezes o volume de vendas é muito baixo para que você possa otimizar suas campanhas.

Então vale a pena fazer esse trabalho de entender alguns passos anteriores que mostram o engajamento do lead e a probabilidade de concluir uma negociação.

Aí sim você consegue decidir com mais assertividade: “cara, eu vou desabilitar essa campanha porque ela não estava funcionando” ou “vamos aumentar o investimento nesse canal que está trazendo os melhores leads”.

Entender todo esse caminho é um grande passo para tomar decisões mais estratégicas.

Espero que esse conteúdo tenha sido útil para você pensar ou repensar sua estratégia de mídia paga!

Se quiser saber mais sobre a Leadster ou iniciar um teste grátis da ferramenta por 14 dias, acesse o nosso site.


Gustavo Luby

CMO na Leadster

1 comentário

Rodrigo · 2 de outubro de 2023 às 15:19

Ótimo conteúdo.

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Gustavo Luby

CMO na Leadster


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