Sumário
- 1 O que é o ChatGPT?
- 2 Pra fechar a polêmica: textos ChatGPT têm boa performance no Google?
- 3 Quais são as principais marcas de um texto do ChatGPT?
- 4 Passo a passo para usar o ChatGPT para redação e copywriting
- 5 A IA do Google e o novo SEO — vale a Pena Usar ChatGPT para Blogs?
- 6 FAQ e Mitos dos Textos do ChatGPT para o Marketing
- 7 Ative a inteligência do ChatGPT dentro do seu site com a Leadster AI
Muita gente está pensando — e fazendo — a mesma coisa: os textos ChatGPT podem ser usados para a produção publicitária? 🤔
É simples entender o motivo da curiosidade e desses usos do ChatGPT: ele tem um grande potencial de acelerar a produção ao mesmo tempo em que reduz custos.
A questão é que o uso dos textos do ChatGPT sempre vem acompanhado de um conselho raramente seguido: ele precisa ser revisado, editado e otimizado.
E vamos ser sinceros: infelizmente, a maioria das agências e departamentos de marketing está sempre tão na correria que a revisão acaba ficando em segundo plano. Saímos de “é necessário revisar” para “se der, revisa” com muita facilidade.
Hoje a gente vai conversar um pouco mais sobre isso e também sobre vários outros aspectos da produção de textos com ChatGPT.
Vamos abordar as melhores práticas para criar bons prompts, quais são as características mais óbvias dos textos do ChatGPT e claro: como revisá-los e otimizá-los para torná-los competitivos de acordo com as últimas atualizações do Google, se o seu foco é SEO.
Tudo pronto para começar? Então agora se inicia a era das máquinas 🤖 Vem comigo:
O que é o ChatGPT?
A essa altura do campeonato você provavelmente já deve saber o que é o ChatGPT, não é? Mas não custa nada atualizar quem está por fora do que ele realmente é e conversar um pouco mais sobre seu funcionamento.
De forma bem básica, o ChatGPT é um aplicativo desenvolvido pela OpenAI, laboratório de Inteligência Artificial financiado em partes pela Microsoft e mais outros 16 investidores venture capital.
O ChatGPT é uma Inteligência Artificial capaz de oferecer respostas aprofundadas para as perguntas dos seus usuários, usando um grande banco de dados.
Mas “respostas” é um termo muito limitante para o que o ChatGPT faz. Ele é capaz de entregar uma grande variedade de textos de acordo com os prompts do usuário, incluindo:
- E-mails;
- Revisão de textos já existentes;
- Roteiros para vídeos e comerciais;
- Posts para as redes sociais;
- Texto para anúncios no Google Ads e nos Social Ads;
- Criação de Personas.
🤿 Se aprofunde: ChatGPT — O que é e Como Usar no Marketing Digital
Dentre várias outras funcionalidades. Como tudo que envolve linguagem, as possibilidades são infinitas com os textos do ChatGPT.
Mas esse é o básico do básico e é bem provável que você já saiba de tudo isso. Que tal a gente se aprofundar um pouco mais no funcionamento do ChatGPT?
Entendendo a IA Generativa
O ChatGPT é uma IA Generativa, assim como outras ferramentas populares de criação de imagens como o Midjourney e o DALL-E 2.
O conceito da IA Generativa é simples de entender: ela é a primeira categoria de Inteligência Artificial capaz de produzir, com base nas suas referências e no que você pede, algo completamente novo.
Antes do desenvolvimento dessa tecnologia, a Inteligência Artificial conseguia no máximo atender algumas solicitações conforme fluxos muito bem determinados.
Por exemplo: um chatbot para atendimento que conseguia entregar algumas respostas simples para perguntas dos seus usuários.
No caso dos textos do ChatGPT, você está solicitando que ele produza um texto completamente novo, e esse texto nunca será igual a nenhum outro que ele já produziu.
Isso é bastante diferente do que estamos acostumados a ver com a Inteligência Artificial e um avanço muito grande nesse campo.
Mas como exatamente essa produção é feita? Você vai descobrir agora:
Entendendo o modelo estocástico de linguagem
Esse ponto é bastante importante de entender antes da gente começar a falar sobre a produção de textos com ChatGPT. Aqui vamos começar a entender suas limitações, o que ele é capaz — e incapaz — de fazer.
O modelo estocástico de linguagem funciona através de probabilidades. É o mesmo modelo usado no autocomplete do seu celular, por exemplo.
O seu funcionamento é simples: a IA gera a primeira palavra que mais se aproxima do seu prompt. Depois, ela gera a próxima palavra comparando a anterior e o prompt. Depois, a terceira palavra comparando com a segunda e o prompt. E assim por diante.
Então, o ChatGPT opera palavra por palavra. Seu raciocínio é infinitamente veloz, mas quando ele produz a primeira palavra, ele não faz a menor ideia de como a décima vai ser, ou de como ele vai terminar o raciocínio.
Humanos pensam de uma forma bastante diferente. Quando alguém te pergunta alguma coisa, você pensa na pergunta, formula uma resposta na sua cabeça e só aí começa a falar.
Essa inclusive é a definição do pai da linguística, Ferdinand de Saussure, sobre a comunicação. Um emissor faz uma pergunta, que então chega a um interlocutor. A pergunta entra pelos seus ouvidos, vai até o cérebro, é interpretada e a resposta é devolvida.
O ChatGPT é diferente. Ele não é capaz de fazer essa interpretação prévia, e vai pensando conforme ele vai entregando o resultado, usando o prompt do usuário como um grande norte.
Trouxe esse assunto porque ele vai ser importante mais pra frente no texto. Sabendo como o ChatGPT “pensa”, fica mais fácil entender o que ele é realmente capaz de produzir, e onde os seres humanos precisam entrar para resolver problemas de comunicação.
E falando nisso:
Pra fechar a polêmica: textos ChatGPT têm boa performance no Google?
Esse assunto está muito em alta ultimamente. Bem no lançamento do ChatGPT, o Google chegou a lançar uma nota dizendo estar trabalhando em atualizações para garantir que conteúdos genéricos de IA não inundariam as páginas de resultados.
Esse era e ainda é um risco real para a gigante das buscas. Com o ChatGPT, é possível criar dezenas de textos em um único dia.
E com ferramentas de blogs para gerar leads que produzem o texto com ChatGPT e já fazem a publicação, o Google se viu em uma situação precária.
O Google sempre ressaltou a importância de conteúdos densos e altamente informativos, inclusive recompensando esse tipo de conteúdo com as melhores posições nas páginas de resultados.
Bom conteúdo tem destaque. Conteúdo ruim, não.
Mas a IA usada nesse contexto tem o potencial de inundar a ferramenta com tanto conteúdo, mas tanto, que os próprios algoritmos do Google vão tendo cada vez mais dificuldade em entender o que é bom e o que é ruim.
E isso não faz bem para os negócios. Se o Google perder a credibilidade, ele perde mercado.
É por isso que ele vem investindo pesado em atualizações que visam recompensar ainda mais o conteúdo informativo. A maior de todas até agora aconteceu em setembro de 2023.
Vamos conversar um pouco mais sobre ela?
Helpful Content Update de setembro/2023
O Google já tinha lançado em 2022 sua primeira atualização do modelo Helpful Content. Essa filosofia é a que guia o Google nos seus esforços para entender o que é conteúdo valioso para os resultados de pesquisa e o que não é.
O conceito principal da filosofia do Helpful Content é colocar as pessoas em primeiro lugar, valorizando principalmente conteúdo útil e humano e menos conteúdo criado apenas para trazer mais números em uma estratégia de SEO e tráfego orgânico.
A principal mudança no Helpful Content de 2023 foi uma suavizada na intenção anterior de priorizar conteúdo feito por humanos.
Agora ninguém tem a preferência: um texto do ChatGPT e um texto de uma pessoa competem igualmente, desde que ambos sigam a linha esperada pelo Google.
Isso é interessante porque, quando o ChatGPT foi lançado, o Google se posicionou quase contra os textos gerados por IA, se colocando como uma plataforma que preferia textos humanos e que poderia até penalizar quem usasse a IA.
Mas ao mesmo tempo isso também é problemático, já que com essa tranquilizada nas guidelines mais e mais empresas estão surgindo oferecendo plataformas completas de produção e agendamento de conteúdo automaticamente com base no ChatGPT.
Isso pode acarretar em uma banalização geral do próprio Google, o que, como conversamos, diminui o seu valor. Por enquanto, seguimos analisando e aguardando as cenas dos próximos capítulos.
O que o Google espera dos seus textos
Mas que guidelines são essas? O que o Google está sinalizando com essa última atualização? Qual é a sua preferência e o que significa textos human-first?
Bom, a verdade é que o Google não divulga em termos detalhados e técnicos o que ele entende como bom conteúdo. O mais próximo que chegamos de uma resposta é:
“Qualquer conteúdo, e não apenas conteúdo irrelevante, que estiver em sites onde há uma quantidade relativamente alta de conteúdo pouco útil em geral tem menor probabilidade de ter um bom desempenho na Pesquisa, supondo que haja outro conteúdo na Web que seja melhor para exibir. Por isso, a remoção de conteúdo irrelevante pode ajudar a classificação de outro conteúdo.”
Ou seja: o Helpful Content Update de 2023 removeu completamente qualquer menção à Inteligência Artificial ou textos do ChatGPT, e agora fala sobre conteúdo relevante e irrelevante, assim como útil e pouco útil.
Isso está plenamente de acordo com o que a gente estava conversando nos itens e tópicos anteriores. A maior preocupação do Google nesse momento são content farms que produzem conteúdo otimizado para SEO às centenas todo dia.
Então, se uma empresa que nunca trabalhou com Marketing de Conteúdo na vida subitamente inaugura um blog e em 1 mês ele já tem mais de 1.000 artigos, o tio Google vai estar de olho. 👀
🤿 Se aprofunde: Marketing de conteúdo em 2023: o que muda e boas práticas
Quais são as principais marcas de um texto do ChatGPT?
Bom, conversamos sobre a teoria e já entendemos bastante sobre o ChatGPT e como o Google vem enxergando textos produzidos pela Inteligência Artificial, certo?
Mas ainda há um novo fenômeno em andamento no Marketing Digital: os detetives da Inteligência Artificial.
Conforme a IA vai se tornando mais popular e acessível, os textos do ChatGPT vão ficando cada vez mais populares também e aparecendo por todo lado.
A questão é que existe toda uma polêmica girando em torno desse assunto agora. A conversa que está acontecendo em paralelo com as inovações que a IA traz é sobre os limites éticos do uso dessa tecnologia.
As pessoas se preocupam com alguns probleminhas que o ChatGPT apresenta, como a falta de certeza dos dados apresentados, erros teóricos graves, texto repetitivo e sem graça etc.
Isso acaba fazendo com que textos identificados como produzidos por Inteligência Artificial tenham um “prestígio” menor do que os produzidos por humanos.
E além disso, conteúdo repetitivo demais pode acabar sendo visto como não útil pelo Google na era do Helpful Content.
Nesse tópico vamos nos aprofundar nisso, buscando entender qual é o padrão do ChatGPT e quais são os pontos que você precisa ter mais cuidado ao revisar textos de longo formato.
Vamos lá?
A estrutura dos parágrafos
No geral, o ChatGPT é bastante verborrágico — no sentido de falar muito mesmo. 😅
Os parágrafos do ChatGPT são bastante densos e muitas vezes sem a menor necessidade de serem assim. Ele não é muito bom em saltar linhas, e isso não é uma boa prática para conteúdo online.
Geralmente, o conteúdo para a internet precisa de espaço em branco ao longo do texto para não sobrecarregar o leitor. Lembre-se sempre que seu leitor tem milhões de opções a um toque dos dedos. Por que ler um texto cansativo?
Isso é algo que você pode determinar direto nos prompts do ChatGPT. Peça pra ele maneirar nos parágrafos muito longos. Você pode inclusive determinar quantas palavras por parágrafo ele pode escrever.
📢 Mais sobre isso: ChatGPT Prompts: 50 exemplos para o marketing B2B e B2C
Frases e palavras mais comuns
O ChatGPT tem um jeito bem específico de conversar. É um jeito genérico, que não trabalha nenhuma persona e não importa o que você faça: pelo menos na versão gratuita, ele vai sempre falar desse jeito.
Você vai encontrar vários conectivos que se repetem em praticamente todo texto que você criar junto com o ChatGPT. Os mais comuns são:
- Entretanto;
- Portanto;
- Com base em…;
- De acordo com…;
- Advérbios em geral (notoriamente, casualmente, coincidentemente etc.);
- Nota-se;
- Exemplificando.
Dentre outros exemplos. Com o tempo, você vai conseguir identificar a maior parte desses conectores que sempre se repetem nos seus textos.
É sempre uma boa ideia removê-los porque eles acabam deixando seu texto com muita cara de Inteligência Artificial, o que é problemático por esse tom genérico e repetitivo que elas têm quando usadas em conteúdo mais extenso e longo.
Introdução – Desenvolvimento – Conclusão
Por conta do seu treinamento principalmente em blogs corporativos, o ChatGPT tem não só um jeito específico de falar, mas uma estrutura padronizada que ele raramente muda.
Textos para blogs, por exemplo, sempre vão seguir a mesma estrutura formulaica de Introdução — Desenvolvimento — Conclusão, e isso não é necessariamente ruim.
Aliás, tanto não é ruim que esse texto que você está lendo agora segue esse padrão, apesar de ter sido escrito por um humano — eu. 😛
A questão é a falta de variação e a padronização da estrutura como principal objetivo do texto. Esse é o básico do básico para qualquer redação, inclusive todas as redações do Ensino Médio são assim.
A Introdução sempre apresenta um resumo rápido sobre o assunto. A Conclusão sempre traz uma chamada para a ação rasa. E o Desenvolvimento sempre usa tópicos e separadores mas em raríssimas ocasiões cita exemplos, estudos ou mesmo links.
Essa é uma parte importante para a revisão. O texto sai estruturado do ChatGPT, mas estrutura não é tudo — o conteúdo é que importa.
Os erros mais comuns do ChatGPT
A IA Generativa erra, e erra bastante. Pra você ter uma ideia, no lançamento do Bard (a IA do Google) em Paris, a ferramenta cometeu um erro publicamente algumas horas antes no seu próprio material publicitário.
Isso foi em fevereiro, e a Alphabet, a holding do Google, perdeu cerca de US$ 100 bilhões com uma baixa nas suas ações, segundo a Reuters.
E o erro cometido foi um dos mais comuns: um fato inventado. Na demo, o prompt pedia para o Bard dizer um fato impressionante sobre o Telescópio James Webb. Ele respondeu que esse telescópio tirou a primeira foto de um planeta fora do sistema solar.
O problema: a primeira foto de um desses planetas já tinha sido tirada 14 anos antes, em 2004. 🥲
Por conta do modelo estocástico — eu disse que a gente ia falar sobre isso de novo — erros factuais são bastante comuns com IAs. Isso porque a resposta não está errada sob essa ótica.
A entrega do texto foi 100% correta. A linguagem está natural e convincente. Mas os fatos ficam em segundo plano por conta da dificuldade que as IAs têm em raciocinar e cruzar dados.
Passo a passo para usar o ChatGPT para redação e copywriting
Qual é o antônimo da frase “nem tudo são flores”? Porque ela seria ótima aqui 🌻
Lendo até agora, parece que eu estou fazendo propaganda contra o ChatGPT. Mas nem de longe: estou fazendo para seu uso responsável e como uma ferramenta que ajuda a criar textos, e que não cria absolutamente nada já pronto.
Nem textos de humanos passam sem revisão na publicidade. Tudo precisa ser briefado, revisado e adaptado. Não seria diferente com textos do ChatGPT.
A ferramenta é ótima e representa uma mudança de paradigma enorme no mundo da redação, desde que a gente saiba como aproveitá-la da melhor forma possível.
E é exatamente sobre isso que vamos conversar agora. Vem comigo para descobrir como criar o melhor texto possível usando o ChatGPT:
1 – Utilização da ferramenta por um profissional da redação
Esse ponto é bastante importante. Um dos maiores medos do profissional de redação é perder o emprego para o ChatGPT.
Inclusive temos um webinar que trata desse ponto e de outros também sobre o futuro do marketing. Deixe nos favoritos pra assistir 😉
Isso pode acontecer? Pode. Mas com o tempo estamos percebendo que sem esse profissional os textos acabam ficando com os defeitos que mencionei ali em cima: difíceis de ler, extensos e genéricos.
O profissional de redação sabe como editar um bom texto. E sabe quais são as características de um bom texto também. Isso influencia na qualidade dos prompts e na própria pesquisa para a criação de um texto do ChatGPT.
E olha: mesmo que o ChatGPT ofereça pesquisas e responda a prompts com essa finalidade, ainda é necessário ler bastante em outras fontes. Mais sobre isso nos próximos itens.
2 – Pesquisa prévia para fact-checking
Não é porque o ChatGPT está falando alguma coisa que ela passa a ser uma verdade absoluta.
Aliás, muito pelo contrário: é sempre bom duvidar do ChatGPT.
Pesquisa prévia não chega a explicar o que você realmente precisa fazer ao criar textos do ChatGPT. Você precisa pesquisar o tempo todo.
Primeiro uma pesquisa inicial para a criação do briefing e do prompt. Depois, continuar na pesquisa para fazer um fact-checking aprofundado e cortar qualquer erro que possa surgir.
Isso é interessante também até para enriquecer o seu texto. Você vai encontrar várias informações novas que o ChatGPT pode ter deixado de lado na elaboração do texto.
E isso é que diferencia um texto útil de um não-útil aos olhos do Google. Ou pelo menos um dos fatores desse grande mistério. 🧙♂️
3 – Desenvolvimento dos prompts do ChatGPT
Esse ponto é importantíssimo também. Através dos prompts do ChatGPT você tem um controle enorme do resultado final do seu texto.
Pense nele como um grande briefing. Quanto mais detalhado ele for, melhor será o seu texto.
E o bom é que o ChatGPT segue bem à risca o prompt, algo difícil de encontrar em redatores humanos, que sempre deixam uma coisinha aqui e outra ali passar.
Por exemplo: você pode pedir para o ChatGPT escrever exatamente a quantidade de palavras que você quiser por sessão do texto.
Ou dividir o texto precisamente do jeito que você quer.
O exemplo que dei ali em cima também conta: “quero um texto com 700 palavras mas nenhum parágrafo pode ter mais que 50”, por exemplo, é uma forma de garantir a legibilidade do seu texto.
4 – Leitura crítica e revisão aprofundada do texto
Tudo isso que estamos conversando até agora é para chegar em um texto pronto. Depois, você vai precisar ler para entender se ele realmente está bom e adequado para a publicação.
Essa etapa é fundamental mas é a mais negligenciada em agências e departamentos de marketing. É o clássico “é só revisar depois”, mas esse depois demora bastante pra chegar, isso se chega.
A revisão é importante porque todo esse processo até agora te coloca frente a frente com o texto, e sua visão acaba ficando muito focada. Quando o texto ficar pronto do jeito que você quer, saia da sala, tome um café, escute uma música para se distanciar um pouco.
Depois dessa distanciada, volte e leia — de preferência em voz alta 😬 — o que o ChatGPT te entregou.
Procure por passagens genéricas, generalizações, fala muito rebuscada e repetições em conectivos e advérbios — esses são os maiores calcanhares de Aquiles do ChatGPT.
5 – Otimização para SEO
Você pode pedir para o ChatGPT te entregar um texto todo otimizado para SEO, mas ainda assim é bom fazer uma verificação depois.
Um adendo sobre isso: a maioria dos textos sobre otimização de sites para SEO na internet está bastante desatualizado.
Muitos deles falam sobre densidade de palavra-chave, por exemplo, como se fosse uma grande lei. Mas esse conceito já está sendo deixado de lado há anos pelo próprio Google.
É importante ter palavras chave e que elas estejam bem posicionadas, mas não é preciso mais colocar um número exato, nem uma correspondência perfeitamente igual.
Procure questões mais amplas para essa otimização. Verifique a estrutura do texto, se ele tem uma boa hierarquia de headers, se ele tem imagens, se os atributos dessas imagens estão corretos, se ele tem recursos de vídeo etc.
É isso o que realmente faz a diferença hoje no SEO: mostrar para o Google que seu conteúdo é realmente útil e valioso para quem está lendo.
🔎 Saiba mais: Checklist de Otimização de Site: 21 ações de SEO e CRO
6 – Publicação e acompanhamento
E como saber se os textos do ChatGPT que você está produzindo estão realmente dando certo para a sua estratégia?
Ou melhor: como saber se você está atingindo o tão almejado conteúdo útil?
Só tem um jeito: publicando tudo no WordPress e acompanhando diariamente o desenvolvimento do seu site e das suas páginas através do Google Analytics.
Essa é a etapa final para a produção e o acompanhamento de um bom texto usando o ChatGPT, e na verdade ela nem deveria estar aqui.
Isso porque esse é um trabalho constante, que você sempre vai precisar fazer não só para averiguar a qualidade dos seus textos, mas também para saber como anda o seu próprio site.
Eu poderia sugerir algumas ferramentas que fazem esse trabalho de criação e publicação de textos do ChatGPT por aqui, e elas já existem. Mas o mercado ainda está muito novo e é difícil saber se elas seguem as melhores práticas em SEO de verdade por enquanto.
Temos dois textos sobre o Google Analytics aqui no blog. Vale a pena conferi-los:
➡️Google Analytics 4: como acessar, configurar e usar
➡️Como Usar o Google Analytics para Gerar mais Conversões
A IA do Google e o novo SEO — vale a Pena Usar ChatGPT para Blogs?
Esse é um dos assuntos mais urgentes do SEO em 2024.
Conversamos bastante sobre a necessidade de transformar o que o ChatGPT entrega, sobre como é importante que a criatividade parta do próprio usuário da ferramenta ao invés de ser parte da própria ferramenta.
Isso é necessário porque o ChatGPT não é muito bom em ser criativo. Pelo contrário: a criatividade é um dos pontos em que o ChatGPT menos brilha.
Mas agora as coisas vêm mudando bastante: já tem uma IA no próprio Google. Quando você pesquisa por lá, o primeiro resultado costuma ser o de uma IA.
Isso traz um outro questionamento: se o próprio Google usa uma IA, será que quem produz conteúdo para o Google não deveria fazer o mesmo?
Vamos analisar essa situação um pouco melhor aqui nesse tópico, ao longo dos próximos itens. Vem comigo:
Sobre a Performance de Artigos Feitos por IA
Há algum tempo atrás, quando a IA estava dando seus primeiros passos, era muito difícil dizer com certeza se os artigos escritos usando IA trariam bons resultados no Google.
Era uma questão de esperar e vigiar. Não era fácil dizer se os textos teriam boa performance porque, na maioria dos casos, os textos ainda estavam sendo escritos.
Agora esses textos já foram escritos. E podemos ter uma visão melhor sobre a sua performance.
A verdade é que artigos escritos com IA têm possibilidades de rankeamento muito similares a artigos escritos do jeito de sempre.
Você vai encontrar vários textos no Google que já são escritos por IA e que estão nas primeiras posições.
A questão é entender como esses textos são escritos. E nesse aspecto, a regra de ouro do Google ainda vale: eles precisam estar alinhados com o E-E-A-T, é claro, e ao mesmo tempo serem também úteis e valiosos para os usuários.
Vamos conversar melhor sobre como fazer isso nos próximos sub-itens:
Prompt para o Artigo Inteiro = não
O maior problema que a IA tem, na prática, é entregar sempre o mesmo padrão de textos.
No caso do SEO, é muito difícil se desconectar do “estilo GPT” de escrever se você usa uma abordagem passiva em relação a ferramenta.
O que é uma abordagem passiva? Simples: é quando você deixa para a IA a responsabilidade completa de produzir um texto.
Ou seja: quando você escreve prompts nesse estilo:
- Crie um artigo que fale sobre XYZ em 1.500 palavras;
- Crie um texto sobre o assunto X falando bem também do assunto Y;
- Resuma esse conceito teórico em um artigo de 700 palavras;
E outras variações mais simples assim. Não é desse jeito que você vai conseguir bons resultados com IA.
Isso porque você está confiando inteiramente nos textos do ChatGPT para competir com anos e anos de textos escritos por pessoas.
E textos escritos por pessoas costumam ter muito mais recursos do que os do ChatGPT. Enquanto o redator vai escrevendo, ele também vai pesquisando e incluindo pontos práticos no texto, como prints, depoimentos, vídeos explicativos, links externos e internos etc.
Dessa forma, escrever um texto inteiramente com a IA te oferece menos chances de rankear. O resultado final vai ser ok, mas o rankeamento exige resultados ótimos.
E como atingir esse resultado ótimo? Continue na leitura que logo abaixo te explico:
Prompt para Partes do Artigo = sim
A primeira coisa que todo redator faz é aprender a ler um briefing. O problema de usar o ChatGPT dessa forma simples, só dando um prompt, é que a qualidade do briefing sempre vai deixar a desejar.
Com um bom briefing em mãos, o redator consegue gastar mais energia em se aprofundar na pesquisa ao invés de pensar no que ele vai escrever.
O ChatGPT não tem esse problema de energia. Mas ao mesmo tempo, ele sempre vai buscar o caminho mais simples para te entregar um resultado.
O jeito certo de fazer um texto com a IA é usando-a como suporte.
Com um briefing em mãos, você consegue deixar as partes mais densas da argumentação para a IA enquanto foca nesses recursos práticos que mencionei no item anterior.
Ou seja: você vai usar a IA para escrever segmentos do texto junto com você. E ao mesmo tempo é necessário revisar o resultado para garantir a fluidez das ideias e as informações que você está usando.
É assim que se escreve com a IA. Não deixe ela escrever textos inteiros. Escreva junto com ela.
Sobre o Novo Tipo de Conteúdo — o que a IA não Consegue Fazer
Por muito tempo o SEO teve como principal característica a sua objetividade e o seu caráter educativo.
Isso porque ele sempre foi a principal forma de ter dúvidas respondidas e encontrar tutoriais.
Mas com a IA, isso vem mudando um pouco. A forma de enxergar o Google está mudando e ainda vai mudar muito mais.
Agora, ter um tutorial é simples: você pesquisa por algo e a própria IA do Google já te responde sem maiores problemas, inclusive oferecendo artigos para aprofundamento.
Então, a característica tutorial do SEO vem caindo um pouco por terra. Agora, o que realmente conta são textos aprofundados, que compartilham uma experiência.
São as siglasE e A do E-E-A-T. Experience e Authority.
Tudo bem que um texto sobre “os dez melhores chatbots do mercado” pode ser escrito por uma IA sem o menor problema, e ter grandes chances de rankear bem na primeira parte desde que o redator trabalhe junto com a máquina.
Mas ao mesmo tempo, um texto que traga a experiência de quem está escrevendo como característica principal tem mais chances de rankear por ser mais valioso a quem está lendo.
E por se diferenciar também. Em um mar de conteúdo, o atum se destaca muito mais do que um cardume enorme de sardinhas.
Ainda nessa analogia, a IA do Google é como uma grande baleia azul. Em uma única bocada, ela lê todos os conteúdos básicos e os incorpora nas suas respostas.
Mas o toque humano é único. As experiências humanas incorporadas ao texto valem muito mais em um único parágrafo do que 30 artigos feitos completamente por IA.
Aliás, falando nisso:
Menos Visitas, mais Conversões?
Esse é um outro aspecto da IA no Google e dos textos que são criados com essa abordagem mais autoral, buscando não exatamente a criação de um tutorial, mas compartilhar a experiência de quem escreveu.
O que estamos percebendo agora, nesse momento, é uma queda gradual na quantidade de visitas que artigos estão trazendo.
Mas ao mesmo tempo, a conversão desses textos mais autorais aumenta e os leads que são gerados costumam ser mais qualificados.
As conversões estão muito relacionadas com o valor que você consegue entregar dentro de um texto para os leitores.
E nesse aspecto, esse valor é muito interessante de perceber nos textos autorais. É um novo momento do Google, que pode se tornar um repositório de análises aprofundadas em cada palavra-chave pesquisada.
Para nos aprofundarmos nisso, precisamos conversar também sobre o papel dos blogs no Funil. Vem comigo:
O Papel dos Blogs no Funil vai Mudar (um Pouco)
Blogs não são exclusivamente para o Topo do Funil. Isso já sabemos.
Porém, seu principal foco sempre esteve nessa área. No Topo, eles geram leads, que são trabalhados através da Nutrição de Leads para se tornarem vendas.
A questão é que essa conversão pode acontecer dentro do próprio blog. E com conteúdo mais autoral e repleto de experiências reais, isso fica mais destacado.
Textos Meio de Funil, por exemplo, vão trabalhar questões práticas que a pessoa escrevendo realmente foi lá e fez.
E se a pessoa lendo replicar esse trabalho, ela também replica o resultado de verdade.
Essa confiança, essa credulidade no texto sendo lido tem o poder de melhorar muito a taxa de conversão. E com isso, o papel do blog no Funil passa a mudar.
Ao invés de ser o melhor recurso para atrair visitantes, ele ganha mais profundidade. Ele tem categorias de atração através dos tutoriais, mas ao mesmo tempo também pode ter textos mais aprofundados para gerar leads qualificados e mais fáceis de vender.
E no Fundo do Funil, o blog autoral e com muita experiência mostra para o leitor informações tão aprofundadas que as chances de venda aumentam muito.
Então tudo bem: os blogs sempre foram uma estratégia valiosa para as marcas. Mas com a IA do Google, eles ganham uma profundidade muito maior, se tornando ferramentas multiuso de um jeito que eles não conseguiam ser antes.
FAQ e Mitos dos Textos do ChatGPT para o Marketing
Bom, estamos chegando quase no finalzinho do texto, mas ainda temos alguns pontos importantes para tratar.
Usar o ChatGPT para produzir textos publicitários é algo já popularizado no mundo inteiro. Todo mundo está fazendo, mas não é todo mundo que está fazendo do jeito certo.
Tratei ao longo do texto de uma produção mais longa, principalmente para blogs, roteiros e e-books. Mas o ChatGPT também pode ser usado com muito mais simplicidade para anúncios, por exemplo.
Nós mesmos aqui na Leadster temos uma funcionalidade com o ChatGPT. Ao final do texto conversamos melhor sobre ela.
Mas agora queria trazer um FAQ geral com algumas verdades e mentiras sobre o ChatGPT para qualquer mídia e canal de divulgação.
Vamos juntos?
Tem como descobrir se um texto foi escrito pelo ChatGPT?
Hoje é impossível garantir com 100% de certeza se um texto foi escrito pelo ChatGPT. Você pode desconfiar e estar com 90% de certeza, mas saber ao certo? Não dá.
Isso porque estamos lidando com linguagem. Uma pessoa, por exemplo, pode muito bem fazer um texto absolutamente parecido com o ChatGPT.
Por conta disso, não existe nenhuma ferramenta hoje que consegue garantir se um texto é gerado por IA ou não. Existem algumas que dizem conseguir, mas é impossível.
O próprio ChatGPT pode te dizer que ele consegue identificar, mas os resultados são bem na sorte. Às vezes ele acerta, outras vezes ele erra.
O Google pune textos do ChatGPT?
Como vimos ao longo do texto, inicialmente o Google tinha uma abordagem muito mais “mão pesada” com textos de Inteligência Artificial.
Aliás, essa era a intenção do Google, mas é bem difícil dizer se ele realmente conseguiu implementá-la na sua primeira atualização Helpful Content, lá em 2022.
Hoje isso já não existe mais. O Google não pune nem vai punir textos unicamente por eles serem criados por IA.
Até porque isso seria bastante injusto. Títulos de anúncios no Google Ads também seriam penalizados? Claro que não, ou o Google ficaria sem dinheiro rapidinho.
E vídeos no Youtube? E anúncios em vídeos no Youtube?
Justamente para evitar essa questão de um peso e duas medidas é que o Google decidiu voltar algumas casas e não implicar com o ChatGPT. Mas lembre-se do que conversamos mais acima: o importante é que o conteúdo seja útil e de qualidade.
O ChatGPT conta mentiras?
Não diria exatamente mentiras, mas o ChatGPT e outras ferramentas de IA que produzem texto são notórias por entregar alguns dados incorretos aqui e ali.
Ainda não se sabe quando isso vai mudar ou até se vai. O modelo estocástico traz esse problema por design.
Pela abordagem probabilística palavra por palavra acaba sendo impossível verificar a veracidade de trechos inteiros em alguns casos, o que ocasiona em erros.
O ChatGPT tem acesso à internet?
Informação nova: o ChatGPT já tem acesso a internet e a usa para oferecer respostas personalizadas e com mais garantias.
Mas um adendo: isso é fruto de uma parceria com a Microsoft, de longe a maior patrocinadora da OpenAI. A funcionalidade está disponível para usuários do ChatGPT Plus, através de um recurso novo chamado “Browse with Bing”.
Isso você precisa definir no próprio ChatGPT. Nas configurações, procure por “Beta features” e ative o Browse with Bing.
Depois, você volta para a tela inicial do ChatGPT, escolhe o GPT-4 e também libera a funcionalidade beta Browse with Bing. Fica bem no menu inicial:
O ChatGPT é plágio perante a lei?
Não! Usar o ChatGPT não é plágio no Brasil.
Como ainda não existe nenhuma regulamentação sobre o tema, o uso do ChatGPT não é considerado plágio na publicidade e nem mesmo em produções acadêmicas.
A questão é que o texto do ChatGPT, também por falta de regulamentação, não tem autoria definida. Então é possível que você mesmo sofra plágio em uma peça que você criar.
Publicações em massa são uma boa ideia?
Como conversamos ao longo do texto, esse é o ponto mais sensível de usar o ChatGPT hoje.
O Google não deixou muito claro, mas pra bom entendedor meia palavra basta.
Conteúdo criado em massa, com pouca ou nenhuma revisão e com baixa qualidade acabam sendo enquadrados em conteúdo não-útil segundo o Helpful Content, o que acaba reduzindo suas chances de rankear com eles.
Ative a inteligência do ChatGPT dentro do seu site com a Leadster AI
Nós lançamos recentemente a Leadster AI, uma solução que permite ativar toda a inteligência do ChatGPT dentro do seu site.
O funcionamento é simples: você treina a IA com a sua própria base de conhecimento e ela interage com os usuários do seu site, automatizando 78% dos seus atendimentos.
Você pode fazer o teste da ferramenta hoje mesmo sem pagar nada e sem de cartão de crédito. É só clicar no banner logo abaixo.
Ah, e obrigado pela leitura! Nos vemos no próximo texto 😉
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