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Sumário

Já pensou na possibilidade de usar ferramentas IA para estruturar o seu marketing inteiro do zero? 

Se sim, você não está sozinho. Esse é um dos movimentos do cenário de startups brasileiras hoje.

E se você não pensou nessa possibilidade, hoje vai descobrir que ela existe. 

A Inteligência Artificial traz uma vantagem muito grande para quem está começando no trabalho de marketing — a possibilidade de ter uma equipe sem ter uma equipe. 

É claro que existem limitações óbvias da IA, mas poucas dessas limitações são impossíveis de contornar com uma boa supervisão humana. 

Aliás, quando pensamos nas rotinas de marketing necessárias para que uma operação funcione, é praticamente impossível encontrar alguma que é impactada negativamente pela IA. 

Seus resultados podem ser menores se você abusa da IA sem revisão. Mas nenhum departamento de marketing produz menos por usar IA. 

No texto de hoje, vamos entender como a IA se integra em rotinas de marketing, quais são as ferramentas mais usadas e como colocar a IA no centro da sua produção. 

Vamos juntos? 

Desmistificando a Equipe de Marketing — Como a IA se Integra? 

Mulher olhando para o tablet com expressão pensativa

Antes de qualquer coisa, precisamos determinar exatamente o que é uma equipe de marketing — ou melhor dizendo, o que uma equipe de marketing faz. 

Para isso, vamos pensar em uma marca hipotética: a Logística Ferraz, uma marca de serviços que atua primariamente na internet. 

A Logística Ferraz atua com as seguintes estratégias de marketing digital: 

  • SEO e SEM com foco em tráfego orgânico (produção de blogs); 
  • Google Ads e Meta Ads
  • Conteúdo orgânico nas redes sociais; 
  • Fluxos de e-mail para nutrição de leads; 
  • E-books, materiais ricos e lead magnets
  • Landing pages comuns para lead magnets e mais elaboradas para lançamentos; 
  • Roteiros de vídeos no YouTube e reels; 

Essa é a rotina padrão de uma equipe de marketing digital hoje. Todos esses links que trouxemos se aprofundam um pouco mais nas especificidades das estratégias, e valem muito a leitura. 

Temos ainda um texto bem mais completo que fala sobre como estruturar uma equipe de marketing sem a IA — o completo oposto desse artigo aqui. Vale a leitura também:

➡️ Equipe de Marketing Digital: Como Estruturar do Zero

Bom, tudo pronto por aí? A ideia agora é a gente trabalhar juntos para entender quais são as necessidades de produção dessa marca hipotética, pensando nas estratégias de marketing que ela usa. 

Vamos abordar: 

  • A produção textual — copy de anúncios, de Landing Pages, roteiros de vídeos, redação de blogs; 
  •  A produção de imagens — para anúncios, para motion design nos vídeos (se for o caso), para a criação das Landing Pages, para a criação de posts, para a criação de banners e outras imagens ilustrativas no blog; 
  • A produção de vídeos — para anúncios no YouTube, para vídeos de conteúdo no YouTube, para Reels. Importante: em muitos casos, o vídeo precisa ser captado além de produzido;

Em relação à produção real mesmo que times criativos têm, esses são os pontos mais comuns em estratégias de marketing digital. 

Vamos entender um pouco agora quais são os profissionais necessários para criar esse material, como esse material é produzido, o quão acelerada é a rotina etc. 

Produção de Conteúdo com Texto 

Essa é uma das áreas que tem a maior produção em uma equipe de marketing. 

A produção textual geralmente baseia todo o trabalho subsequente, sendo o primeiro passo na execução da maioria das peças de marketing, mesmo as que nem usam texto. 

A produção de conteúdo é responsável, em muitos casos, por criar a ideia do conteúdo e o briefing para executá-lo. 

E além disso, redatores também realizam trabalhos mais rotineiros, como a elaboração de e-mails já briefados, a criação da copy para o site com pesquisa de palavras-chave, roteiros para vídeos etc. 

Logo abaixo fizemos um apanhado geral dessa função em um departamento de marketing. Acompanhe: 

Principais profissionais envolvidos:

  • Copywriter: escreve textos persuasivos para anúncios, landing pages, e-mails e roteiros;
  • Redator SEO: foca em textos otimizados para mecanismos de busca, como blogs e e-books;
  • Revisor ou editor de texto: garante a correção gramatical e o alinhamento com a linguagem da marca.

Como o material é produzido:

  • A produção começa com um briefing alinhado à estratégia;
  • Os textos passam por etapas de rascunho, revisão e aprovação;
  • Muitas vezes, é necessário testar variações (ex: A/B testing de headlines ou chamadas de ação).

Como é a rotina:

  • Ritmo intenso, com prazos curtos para anúncios e roteiros;
  • Produções mais robustas (como e-books) exigem pesquisa e planejamento editorial;
  • Textos precisam estar alinhados a diferentes canais e formatos simultaneamente;

A produção de Imagens 

Não é muito comum que designers e videomakers sejam responsáveis pela briefagem do material. Ao menos que o trabalho em si seja algo voltado para o design, como um documento de branding.

Por conta desse foco mais operacional e na execução, os designers geralmente têm uma rotina de trabalho bastante intensa. 

A melhor forma de aproveitar os designers é inserindo-os nas etapas de planejamento das campanhas e de materiais, da mesma forma que os redatores costumam ser envolvidos em reuniões de brainstorming de conteúdo. 

Mas por conta da sua rotina corrida, acaba sendo bastante difícil incluí-los nessas etapas de planejamento. 

Vamos conversar sobre isso no próximo tópico, falando sobre a IA. Por enquanto, é importante entender que os designers são responsáveis por: 

Principais profissionais envolvidos:

  • Designer gráfico: cria peças visuais para posts, anúncios, e-mails, e-books, landing pages;
  • Diretor de arte: atua na concepção visual de campanhas maiores e dá unidade à linguagem da marca;
  • Motion designer (quando há animação): desenvolve elementos em movimento para vídeos ou banners animados.

Como o material é produzido:

  • O designer parte de um briefing visual (muitas vezes atrelado a um texto);
  • Elementos da identidade visual são aplicados (paleta, fontes, logos);
  • A produção pode envolver softwares como Figma, Illustrator, Photoshop e After Effects.

Como é a rotina:

  • Alta demanda, especialmente em campanhas com muitos formatos simultâneos;
  • Os prazos variam de acordo com a complexidade: um post pode levar horas, enquanto uma landing page inteira pode demandar dias;
  • Exige integração constante com redatores, mídia paga e social media.

A produção de Vídeos 

Produzir vídeos não é fácil. Qualquer pessoa que já terceirizou serviços multimídia sabe o quão caro esse trabalho pode ser. R$ 1.000 para a edição de um vídeo motion design de 5 minutos é absolutamente comum. 

O trabalho dos videomakers em departamentos de marketing vai muito além da edição, e por isso esse é um dos trabalhos mais difíceis de automatizar com a IA. 

Vídeos feitos com captação são absolutamente impossíveis de recriar fielmente com IA, e na verdade eles nem deveriam — grande parte do apelo desses vídeos é justamente mostrar pessoas reais em lugares de verdade. 

Mas estamos nos adiantando. Esse é um assunto para o próximo tópico. Por enquanto, podemos determinar os seguintes pormenores na produção de vídeos dentro do contexto de uma equipe de marketing: 

Principais profissionais envolvidos:

  • Roteirista ou copywriter: cria o script com linguagem adaptada ao vídeo;
  • Videomaker ou produtor de vídeo: faz a captação de imagens (se houver filmagem);
  • Editor de vídeo: monta o material final, adicionando trilhas, efeitos e legendas;
  • Motion designer (em vídeos animados): adiciona animações e elementos gráficos em movimento.

Como o material é produzido:

  • Pode partir de uma ideia conceitual ou de um objetivo direto (ex: vender um produto);
  • Envolve etapas como roteiro, captação (ou animação), edição e finalização;
  • Muitos vídeos também precisam de versões adaptadas para diferentes plataformas (Instagram, YouTube, Ads, etc.).

Como é a rotina:

  • É uma das frentes mais lentas do marketing, devido à complexidade técnica;
  • Mesmo assim, há urgência constante para atender demandas de campanhas, lançamentos e redes sociais;
  • Exige alinhamento estreito entre criativo, mídia e branding.

Bom, entendemos até então quais são as rotinas de marketing que praticamente todo departamento tem dentro do digital, certo? 

É claro que existem algumas outras questões e outros tipos de produção dentro de equipes de marketing mais específicas, mas no geral essas são as principais preocupações. 

Agora, para nosso entendimento ficar completo, precisamos conversar sobre as principais ferramentas de IA disponíveis no mercado para essas finalidades. 

Vamos lá? 

Ferramentas de IA para Copy, Imagem e Vídeo

Alvo com um dardo bem no seu centro

Bom, conversamos bastante então sobre quais são as principais atribuições de equipes de marketing digital, certo? 

Mas não vamos esquecer que esse texto é sobre realizar essas atividades sem o apoio desses profissionais mencionados. 

Ou seja: precisamos encontrar IAs que conseguem fazer esse trabalho de uma forma simples e rápida. Aliás, mais do que isso: simples, rápida e organizada. 

Estamos pensando aqui em serviços que geralmente são feitos em conjunto, por uma equipe e com gestão. 

As IAs, porém, não conseguem fazer todo o trabalho sozinho. Você vai precisar, no mínimo, de briefings e revisões. 

Mas estamos nos adiantando. Veja logo abaixo nossas principais recomendações de ferramentas para criação de texto, imagens e vídeos: 

Ferramentas de IA para Criar Copy

  • ChatGPT (OpenAI): excelente para redigir blogs, roteiros, e-mails e até mesmo copies para anúncios, com personalização por tom e formato;
  • Jasper: focado em marketing, oferece templates prontos para páginas de vendas, e-mails, anúncios e conteúdo para redes sociais;
  • Copy.ai: rápido e direto, ideal para gerar variações de chamadas e textos publicitários com agilidade;
  • Claude (Anthropic): ótimo para conteúdos longos e bem organizados, com capacidade de manter coerência em textos extensos. Útil para redação de e-books, artigos e fluxos complexos;
  • Perplexity: funciona como um assistente de pesquisa com geração de texto embasado em fontes. Ideal para quem precisa de respostas mais fundamentadas e dados atualizados antes de começar a redigir.
🤿 Se aprofunde: Textos ChatGPT — como usar a IA para redação e copywriting

Ferramentas de IA para Criar Vídeos 

  • Runway: uma das ferramentas mais cinematográficas do mercado. O recurso Act One permite controlar expressões faciais com base em vídeo de referência, principalmente em retratos. Também possui uma função de consistência de personagem — embora difícil de usar com personagens 2D ou ficcionais, ainda assim é uma das mais completas visualmente;
  • Kling: talvez o melhor modelo geral no momento (fora o Veo 2). O grande diferencial está no Motion Brush, que permite definir a direção do movimento em vídeos gerados a partir de imagens. Excelente controle, embora os tempos de espera sejam longos sem assinatura paga;
  • PixVerse: funciona razoavelmente bem para movimentos em estilo anime, embora deixe a desejar em aderência ao prompt textual. É mais indicada para quem precisa de animações rápidas e estilizadas, sem muita precisão de direção;
  • Synthesia: gera vídeos com apresentadores virtuais realistas lendo scripts escritos, ideal para treinamentos, apresentações e conteúdos em escala;
  • HeyGen: alternativa ao Synthesia, também com apresentadores gerados por IA e opções de legendas automáticas;
  • Sora: apesar do hype, ainda está atrás das concorrentes. Tem um recurso interessante de loop, mas os melhores resultados vêm quando é usada como uma ferramenta de upscaling (melhoria de vídeo gerado por outro modelo). A qualidade geral e a coerência visual ainda deixam a desejar.
🤿 Se aprofunde: Criação de Conteúdo com Inteligência Artificial — Como Fazer?

Ferramentas IA para Criar Imagens 

  • Midjourney: ideal para criar imagens artísticas, visuais conceituais e criativos com apelo estético. Ótimo para campanhas que exigem identidade visual marcante ou ilustrações com estilo mais ousado;
  • ChatGPT (com geração de imagens): permite gerar imagens a partir de prompts diretamente na conversa, com ajustes rápidos e opções para refinar a estética desejada. Prático para uso integrado ao planejamento e à execução de campanhas;
  • Canva com IA (Magic Design, Magic Edit): combina edição intuitiva com recursos de IA para criação e personalização de peças gráficas, facilitando a adaptação para redes sociais, apresentações e materiais ricos;
  • Adobe Firefly: ideal para designers que já trabalham com o ecossistema Adobe. Permite gerar e editar imagens com precisão, usando prompts de texto e integração direta com ferramentas como Photoshop.

Bom, agora entendemos bem quais são as principais ferramentas de IApara colocar em prática suas estratégias. 

Mas o que fazer exatamente para estruturar seu marketing digital inteiro usando somente essas ferramentas de IA? 

Bom, primeiro precisamos entender se é possível mesmo fazer esse trabalho. Spoiler: é possível, mas não é fácil. 

Vamos lá? 

Como Estruturar seu Marketing Apenas com Ferramentas de IA?

As ferramentas de IA voltadas para o marketing não fazem milagres. 

Isso é importante de entender porque elas são vistas como milagreiras, o que é um grande problema. 

O ChatGPT não vai entregar o melhor texto do mundo. Aliás, em muitos casos ele vai entregar um texto bem pior do que um redator entregaria. 

As imagens são a mesma coisa, mas um pouco mais brandas: as IAs conseguem criar imagens praticamente prontas, mas integrá-las às suas campanhas ainda é responsabilidade sua. 

Até existem IAs que fazem o anúncio inteiro, como nós até já analisamos aqui no blog. Porém, mesmo essas são bastante limitadas. 

A verdade é que estruturar o seu marketing com IA significa que seu marketing é você + a IA. 

Ou seja: todo o trabalho que outras pessoas teriam configurando prompts, criando briefings para a IA e fazendo revisões do trabalho, além de ajustes nas imagens e vídeos, é seu. 

A IA vai facilitar sua vida, mas não vai ser a sua equipe inteira, capaz de cuidar de toda a produção automaticamente. 

É importante falar isso porque a IA é vendida hoje como essa grande solução mágica capaz de fazer tudo o que você imaginar. Ela é um pouco disso, mas sem alguém junto, ela é tão eficaz quanto uma calculadora desligada. 

Com isso entendido, vamos entender agora como estruturar seu marketing com o apoio da IA juntos: 

1 – Planeje Tudo Antes e Estabeleça Modelos

A única forma de saber se a IA vai conseguir entregar o que você precisa é fazendo um planejamento prévio antes. 

Aliás, a IA vai conseguir entregar o que você precisa, a questão é o que você precisa fazer para atingir esse resultado. 

Criar blogs, por exemplo, pode ser feito de várias formas com o ChatGPT. Ele cria um blog a partir de um prompt de 3 linhas se for necessário, mas e a qualidade? 

O mesmo vale para imagens. Na primeira geração você já pode ter o resultado que você precisa. Mas as vezes não. 

É importante fazer alguns testes com os materiais que você está querendo lançar e anotar os estilos de prompts que dão certo. 

E com esses prompts em mente, planejar formas de usá-los para a produção de materiais distintos. 

Estabelecer modelos é o fundamental no trabalho com IAs. 

Se você for gerar conteúdo usando prompts diferentes toda vez, vai ter muitas frustrações com a variação na qualidade dos resultados. 

Encontre o que deu certo e vá melhorando, criando novas iterações do modelo que você vem tendo mais sucesso. 

2 – Use Prompts que Determinam Onde e Como os Resultados vão ser Utilizados 

Existem algumas IAs que são mais amigáveis para esses pontos. O ChatGPT é uma delas. 

Enquanto isso, ferramentas mais experimentais como o Midjourney são bem básicas, e costumam relacionar os prompts apenas com o que você espera da imagem, e nada mais. 

É importante fazer esse trabalho para que a IA pelo menos tente entregar um resultado adequado com a sua estratégia. 

Isso vai te poupar bastante tempo na hora de revisar o trabalho. Mais sobre isso agora: 

3 – Revise Sempre o Resultado Final 

Se você colocar IA em um texto feito por humanos para acrescentar informações, o resultado vai ser uma inconsistência entre os tons. 

Se você colocar vídeos de IA misturados com vídeos de captação, o resultado também vai ser inconsistente. 

Não há como escapar disso. É como pedir para dois artistas diferentes colaborarem em uma tela. Os traços se fundem, mas ainda é possível ver os dois competindo por espaço. 

A IA deve ser revisada por isso. Não é possível trabalhar com ela sem um bom trabalho de revisão constante, direto no material. 

A IA é incapaz de entender 100% qual é a finalidade do material que você está criando. E justamente por isso, você precisa vir com o seu discernimento e fazer os ajustes necessários. 

O tempo de produção vai ser reduzido com a Inteligência Artificial, disso não há dúvidas. Mas não espere que o trabalho de quatro horas vai se tornar quatro minutos. É mais provável que ele leve duas horas e seja mais leve, mas nunca instantâneo. 

4 – Entenda Qual é o Processo de Revisão e Aplicação dos Resultados e Crie mais Modelos

A maior parte do trabalho com IA inclui a criação de modelos. 

Antes, nós criamos modelos de prompts. Agora, vamos criar modelos operacionais de trabalho — em alguns ambientes corporativos esse modelo se chama POP, Procedimento Operacional Padrão. 

O que você precisa fazer é mapear o trabalho necessário para transformar um resultado gerado por IA em uma peça publicitária ou de conteúdo.

Pense, por exemplo, na construção de um anúncio no Google Ads: 

  • É necessário criar copy para os diferentes formatos de anúncio, que exigem copys diferentes e com tamanhos variados; 
  • É necessário analisar o tamanho das copys que a IA trouxe e reduzi-las, se for o caso; 
  • É necessário fazer ajustes de imagem no caso de campanhas de display;
  • Se você gerou um GIF para uma campanha de display, é necessário criar o vídeo na IA, redimensioná-lo e incorporá-lo na campanha; 

São quatro passos simples que, se você tem organizados, ficam muito mais fáceis de seguir sem erros. 

Crie esses POPs para cada tipo de peça que a IA gera, fazendo as alterações que cada tipo de peça merece. 

5 – Entenda suas Possibilidades de Produção 

O mais importante de trabalhar sozinho é com certeza a delimitação do que é possível você fazer. 

Isso vai determinar, inclusive, como seu marketing acontece. 

Quando você fizer esses procedimentos padrão, ou melhor, desenhá-los, é importante também entender quanto tempo você leva para a produção de cada material. 

Isso pode ser feito com plataformas de organização do trabalho com cronômetro, como o ActiveStudio e o Studio, da Rock Content. 

Com isso, você consegue analisar melhor o que é necessário fazer e o que é possível fazer, e consegue organizar seu marketing todo ao redor disso. 

É muito melhor fazer menos e impressionar do que fazer muito e ser apenas mais uma marca usando IA indiscriminadamente. 

Agentes de IA: é possível configurá-los para o operacional de uma agência?

Uma das ferramentas mais interessantes que a IA trouxe são os agentes autônomos de IA. Inclusive já até fizemos um texto sobre eles. Acesse nesse link acima. 

Quando falamos sobre estruturar o marketing apenas com as ferramentas de IA, a cabeça do profissional experiente vai direto no operacional. 

Isso é interessante porque, até agora, a IA vem sendo vista como ferramenta criativa pelo grande público. 

Mas quem está na área sabe. Não é que a criatividade pode ser substituída. A pergunta é se a criatividade deve ser substituída. E a resposta geralmente é não. 

Um sonoro não porque a criatividade vende. Conteúdo gerado apenas por IA converte como qualquer outro conteúdo, já passamos da fase de ignorar esse ponto evidente. 

Porém, a criatividade bem aplicada, com boa técnica e pesquisa, sempre vai vender mais. 

Isso é praxe no pensamento publicitário. Lidamos acima de tudo com performance. E a performance possível de atingir com a criatividade humana é infinita. Um ser humano sempre consegue ser melhor que a IA. Mas o contrário nem sempre é verdadeiro. 

A parte mais sensível de uma operação de marketing digital são todos os setups necessários para publicar materiais produzidos — sejam eles com foco em orgânico ou anúncios. 

Com a chegada dos agentes de IA, nos perguntamos: é possível automatizar com IA as tarefas mais repetitivas do marketing digital? 

Estamos pensando em pontos como: 

  • Publicação de textos no blog, landing pages e mudanças na copy de um site através de uma IA plugada ao CMS;
  • Organização de fluxos de trabalho com criação de tarefas automatizada, plugando com alguma plataforma (Notion ou Trello, por exemplo) e fornecendo overviews diários para os líderes;
  • Acompanhamento de indicadores e criação de relatórios;
  • Envio de e-mails gerais, inclusive e-mails periódicos de relatório, incluindo a própria criação do relatório. 

É possível? Em 2025, é plausível — desde que a IA atue em conjunto com outras plataformas.

Vamos explorar melhor agora, e juntos, esses pontos. Estamos mencionando agentes de IA com bastante força aqui. A leitura do nosso texto prévio sobre o assunto é necessária. 

Mas ao final dos itens, vamos tirar um tempo para falar exclusivamente dos agentes de IA, como escolhê-los, e como as integrações funcionam exatamente. 

Publicação de conteúdos em CMS via agente de IA

Um agente de IA pode publicar conteúdos automaticamente em plataformas como WordPress, Strapi, Webflow ou Ghost. 

Para isso, você precisa configurar três elementos básicos:

1. Identificação do conteúdo e parâmetros de publicação

Crie um padrão claro no documento: título, slug, tags, categorias, status (rascunho/publicado) e destino (qual CMS). Isso pode estar no topo do texto em formato simples (tipo uma mini ficha técnica).

2. Captura e leitura do texto pela IA

Use uma automação (como Make, Zapier ou webhook) para monitorar uma base como Notion ou Google Drive. Assim que o status “pronto para publicar” for detectado, a IA acessa o texto e extrai os dados.

3. Como fazer o conteúdo ir parar no CMS (site)

Depois que o agente entende o que deve ser publicado, ele precisa acessar o sistema do seu site (CMS) e enviar o conteúdo no lugar certo. O que você vai precisar fazer:

  • Pedir acesso de desenvolvedor ao CMS (ou pegar uma chave de API);
  • Criar um padrão de campos para o agente preencher: título, texto, imagem, categoria, tags, status;
  • Conectar o agente ao CMS com a ajuda de uma ferramenta como Make ou com suporte técnico;
  • Testar com um post de exemplo antes de rodar o fluxo com conteúdo real.

Uma vez funcionando, você só precisa manter os conteúdos organizados e sinalizar quando estiverem prontos — o agente faz o resto.

Automatização de tarefas e overviews em plataformas como Notion ou Trello

Organizar o fluxo de trabalho automaticamente exige um agente que receba comandos e crie cards ou tarefas com contexto. 

Veja logo abaixo o básico que você precisa fazer para criar um sisteminha funcional: 

1. Gatilho para criação de tarefas

Exemplo: um novo item no Notion com o status “pendente” ou um comentário marcado com um emoji específico. Esse gatilho pode disparar uma automação simples que ativa a IA.

2. Ação da IA

A IA interpreta o conteúdo e transforma em tarefa com título, prazo, subtarefas e responsável. 

Pode até sugerir o nome da tarefa e categorizar com base no tipo de entrega (design, revisão, publicação etc.).

3. Como fazer a IA criar tarefas sozinha pra você

Aqui o agente vai interagir com plataformas como Notion ou Trello e criar tarefas automaticamente sempre que um conteúdo for sinalizado como pronto ou pendente.

Pra isso acontecer, você precisa:

  • Escolher onde as tarefas vão ficar (Notion, Trello, etc.);
  • Definir um modelo de tarefa padrão (nome, responsável, prazo, status);
  • Conectar o agente à plataforma, usando Zapier, Make ou similar;
  • Ensinar o agente o que observar: por exemplo, quando um item muda de status ou recebe uma tag, ele já cria uma nova tarefa.

Depois de configurado, tudo roda sozinho.

Acompanhamento de indicadores e geração de relatórios

Aqui o foco é integrar fontes de dados (Google Analytics, RD Station, Meta Ads, etc.) com a IA que interpreta e formata os dados.

1. Acesso aos dados via API ou CSV agendado

  • Google Analytics: API GA4
  • Meta Ads: Marketing API
  • RD Station: CRM API

Esses dados podem ser coletados semanalmente via automações.

2. Interpretação via IA

A IA recebe os dados brutos e responde perguntas do tipo:

  • Quais canais cresceram mais?
  • Alguma métrica fora da média?
  • Há algo que precise ser investigado?

Ela organiza os insights com base nas variações e contexto.

3. Geração de relatório em PDF ou página no Notion

O conteúdo gerado pode ser transformado em:

  • Documento de texto (Google Docs, Notion page)
  • PDF via conversor (ex: Make + PDF Generator API)

Envio automático de e-mails com relatórios ou alertas

Para automatizar o envio de relatórios (ou alertas operacionais), o agente precisa compor o conteúdo e escolher o momento de envio.

1. Geração do conteúdo do e-mail

A IA pode gerar o corpo do e-mail com base no relatório do item anterior. Pode usar um modelo fixo (prompt formatado) e preencher com os dados da semana.

2. Personalização do envio

Campos como nome do destinatário, cargo e highlights podem ser puxados de uma base de CRM ou planilha conectada.

3. Envio automatizado

• Gmail ou Outlook: via Make/Zapier com autenticação OAuth
• Amazon SES ou Resend: para disparos mais robustos
• SMTP direto: para servidores próprios ou internos

O relatório pode ser incluído como anexo ou link (Drive, Notion, PDF).

Um pouco mais sobre agentes de IA — qual escolher em 2025?

Os agentes de IA são uma tecnologia tão nova que ainda é muito difícil dizer exatamente o que eles conseguem fazer. 

É igual o ChatGPT. Quando ele surgiu, a única forma de conversar com ele era entrando no site e digitando uma pergunta. 

Se você quisesse criar um e-mail, você teria que ir no Chat, pedir o e-mail, copiar e colar. 

Com o tempo, novas ferramentas foram surgindo aplicando alguns pontos bem mais específicos. Já existem plataformas de IA que criam o e-mail durante a sua elaboração. O Gemini faz isso, aliás. 

Os agentes de IA estão nessa fase inicial — eles existem e têm as capacidades técnicas, mas o mercado ainda não desenvolveu agentes específicos e pré-configurados. 

Logo abaixo, um resumo rápido da situação para 2025: 

O que você precisa avaliar para escolher o agente

  • Ele precisa agir, não só responder: ou seja: não adianta só “entender” o que fazer — ele tem que acessar APIs, clicar, postar, mover, enviar. Isso elimina boa parte dos assistentes conversacionais comuns (como o ChatGPT Free ou o Claude gratuito);
  • Ele precisa se integrar com outras ferramentas: você vai precisar que ele fale com CMS, Notion, Google Drive, e-mail, Trello, etc. Isso só é possível se ele tiver uma ponte com outras plataformas (via Zapier, Make, n8n ou código);
  • Ele precisa entender lógica e linguagem: além de agir, ele precisa decidir com base no conteúdo: saber qual CMS publicar, gerar um título, transformar Markdown em HTML, etc. Aí entra a IA forte de linguagem (como GPT-4o, Claude 3, Gemini 1.5).

As 3 opções reais hoje (em junho de 2025)

Existem três formas de usar esses agentes de IA para automatizar essas tarefas fundamentais. 

Organizamos aqui uma lista bem compreensiva, com tudo o que você vai precisar fazer nos três casos.

Mas o primeiro caso é o mais comum entre praticamente todo mundo da área de marketing. É onde os primeiros testes estão chegando, e é bastante provável que esse vai ser o modelo padrão até agentes de IA customizados serem lançados. 

Acompanhe: 

1. Montar seu agente com Make (ou Zapier) + GPT-4o API

Você cria os fluxos com Make.com (plataforma de automações) e usa a API do GPT como cérebro. 

Usando essa técnica low-code ou, em muitos casos, no-code, você consegue configurar o agente de IA para: 

  • Detectar documentos no Notion ou Drive
  • Interpretar com GPT
  • Publicar em CMS via API
  • Atualizar registros, envia e-mails, etc.

Para isso, você vai precisar criar uma conta no Make ou no Zapier, e configurar manualmente os parâmetros que você precisa. 

Também será necessário pelo menos uma assinatura Plus do ChatGPT, para acesso à API, e acesso de desenvolvedor em todos os CMS usados, também para acessar a API.

Você não vai precisar programar nada aqui, mas um conhecimento básico de integrações entre plataformas, configuração de IA e API tokens é necessário. 

2. Usar Superagent, AI Runner ou Cognosys (open-source)

Essa opção usa ferramentas de código aberto que você instala no seu computador ou servidor. São plataformas criadas para executar agentes de IA de forma autônoma, com bastante liberdade de configuração.

Com elas, você consegue configurar um agente que:

  • Recebe comandos ou metas de ação;
  • Decide sozinho os próximos passos (como publicar, notificar, atualizar sistemas);
  • Executa ações externas via API, automação ou navegador automatizado (browser headless);

Pra isso funcionar, você vai precisar baixar o projeto da ferramenta escolhida (como o Superagent), instalar em um ambiente com suporte a Docker ou Node.js, e fornecer as credenciais de acesso às ferramentas que o agente vai usar (como seus CMS, Notion, e-mail, etc.).

Essa opção é gratuita em termos de licença, mas exige bastante conhecimento técnico.

É indicada para quem já tem familiaridade com terminal, autenticação via token, variáveis de ambiente e execução de servidores locais ou na nuvem.

Você terá controle total do comportamento do agente, mas será responsável por manter tudo funcionando.

3. Usar o ChatGPT Plus com comandos estruturados e Make ou Zapier para ações

Aqui, o GPT-4o funciona como interface de decisão, e você conecta as ações via plataformas como Make ou Zapier.

Você interage com o agente diretamente no ChatGPT com comandos do tipo:

  • “Publique esse texto no CMS da newsletter”
  • “Crie uma tarefa no Notion para revisão”
  • “Gere e envie o relatório da semana por e-mail”

O ChatGPT interpreta esses comandos e envia as informações para fluxos externos que fazem a ação. Para isso, você configura o Make para receber os dados e executar, como se fosse um “braço operacional” do ChatGPT.

Essa é a opção mais simples de operar no dia a dia. Você só precisa de uma conta no GPT Plus, conta no Make ou Zapier, e criar configurações mais básicas de API do que o primeiro item que conversamos. 

É ideal pra quem quer um agente funcional e integrado, mas sem montar tudo do zero. Dá menos controle, mas exige menos conhecimento técnico.

E aí, quais são as suas experiências com a IA? Deixe nos comentários que queremos saber de todas! 

Obrigado pela leitura e não deixe de acessar os links que trouxemos ao longo do texto. Eles vão te ajudar muito a estruturar seu marketing usando apenas a IA, algo que até parece ser fácil, mas é bem complicado. 


Thiago Sgobero

Especialista de Conteúdo na Leadster

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Thiago Sgobero

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