/ / Jornada do Cliente: o que é, como fazer e exemplos

A Jornada do Cliente é uma das metodologias mais populares no Marketing Digital, com origens que remontam ao próprio surgimento do Marketing como um todo. 

Mas hoje, com tantos novos métodos, ferramentas e dados disponíveis, a Jornada acaba se diluindo em vários outros conceitos menores, ou até chega a cair na rotina dos departamentos de Marketing. 

No texto de hoje gostaria de falar mais sobre a importância da Jornada do Cliente, mostrando o que ela é, o que ela não é e como extrair 100% do seu potencial.

Nós já conversamos sobre esse assunto em alguns outros textos aqui no blog da Leadster. Mas esse vai buscar reunir todos os conceitos, técnicas e aplicações da Jornada do Cliente. Prepara que hoje é dia de entender tudo o que perpassa esse método, ok? 

Mas vamos começando com o mais básico: o que exatamente é a Jornada do Cliente? 

O que é a Jornada do Cliente?

Homem usando computador com um checkmark na palavra "Pesquisando".

A Jornada do Cliente é uma metodologia que busca categorizar e padronizar o processo de compras sob o ponto de vista do cliente. 

Essa parte é bastante importante. Quando uma empresa analisa o processo de compras sob o ponto de vista dela mesma e das suas ações de marketing, estamos lidando com um outro conceito: o Funil de Marketing e Vendas

A ideia da Jornada do Cliente é criar um framework simples que explica os comportamentos do cliente entre ficar ciente de uma oportunidade de compras até a concretização da venda e o processo de pós-vendas.  

Esses comportamentos são divididos em algumas etapas gerais, e em alguns casos, existe uma distinção entre a Jornada do Cliente e a Jornada de Compras.  

Vamos conversar mais sobre cada uma dessas etapas ao longo do texto, mas por enquanto veja uma lista rápida: 

  • Aprendizado e Descoberta: o momento em que o potencial cliente fica ciente de uma oportunidade, um novo mercado ou um novo produto; 
  • Reconhecimento do Problema: o momento em que o potencial cliente reconhece um problema na sua via que pode ser resolvido pelo produto ou serviço que ele está descobrindo; 
  • Consideração da Solução: o momento em que o potencial cliente descobre mais sobre as soluções disponíveis no mercado e está considerando suas opções; 
  • Decisão de Compra: o momento em que o potencial cliente se decide pela compra de um produto ou serviço, e agora está comparando marcas para fechar a venda.

Jornada do Cliente e Jornada de Compras são a mesma coisa? 

Essas etapas acima são as que a Jornada do Cliente e a Jornada de Compras compartilham. 

Alguns teóricos do marketing, porém, vão um pouco além e determinam mais quatro etapas para a Jornada do Cliente, relacionadas ao pós-venda: 

  • Adoção: o uso satisfatório do produto e sua inclusão na rotina do cliente; 
  • Retenção e Sucesso: a continuidade do uso do produto com recompra ou contrato;
  • Expansão: o aumento do ticket médio do cliente com o tempo; 
  • Lealdade: o cliente não só prefere sua marca, como ele a indica para outras pessoas.

Então, em alguns casos a Jornada do Cliente e a Jornada de Compras são sinônimos, mas nem sempre. 

O maior argumento a favor da separação dos dois termos está na estruturação de um modelo padronizado que trate o pós-venda como uma grande prioridade. 

E o maior contra-argumento diz que ambas lidam com o pós-vendas do mesmo jeito, sendo que uma quinta etapa da Jornada de Compras, “Encantar”, está presente no modelo da própria HubSpot, que ajudou a cunhar e popularizar esse framework. 

Fonte

Apesar dessa padronização, a Jornada do Cliente é bastante específica para cada negócio, cada público-alvo e cada persona. 

É por isso que a elaboração das estratégias de cada etapa da jornada de compras raramente é um processo solitário. 

Junto com ele vêm também a própria elaboração da persona junto com o estudo de público-alvo, com o mapa de empatia e outras investigações relacionadas. 

Entender as etapas é só o primeiro passo. Para realmente aplicar a Jornada do Cliente para o seu negócio, é preciso entender profundamente o seu cliente e como ele se comporta, além do próprio mercado em que você está inserido.  

Para ilustrar melhor esse ponto, separei alguns exemplos fictícios de três segmentos diferentes para ficar mais fácil de você entender as variações dentro da padronização que a Jornada do Cliente traz: 

Exemplos da Jornada do Consumidor por área

Foguetinho ao lado de uma taxa de conversão

Só para deixar um ponto claro antes da gente avançar: você vai encontrar vários termos similares para a Jornada do Cliente. 

Jornada do Consumidor, Buyers Journey e Jornada do Cliente são sinônimos. Todos estão se referindo ao mesmo processo. 

Para entender melhor esses conceitos, precisamos nos aprofundar nas variações que a Jornada do Cliente apresenta. 

Apesar dela ser bastante padronizada, cada segmento apresenta diferenças drásticas no processo de compras. E dentro de cada segmento, muitas vezes os próprios negócios também têm diferenças de acordo com os produtos comercializados. 

Um exemplo para ficar mais claro: o varejo no setor supermercadista. Existem supermercados voltados para o consumo de pessoas físicas, mas também existem atacarejos, que servem tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas. 

O que leva uma pessoa física a comprar em um supermercado é um processo específico. O que a leva a comprar em um atacarejo é outro processo que, apesar de similar, também é diferente. 

Existem diferenças no preço, na quantidade de produtos, na quantidade de produtos sendo adquiridos, no tempo disponível para a compra etc. 

É por isso que devemos observar a Jornada do Cliente como um grande modelo, não como uma lei escrita na pedra. 

Para deixar isso mais claro, separei aqui alguns exemplos fictícios pra gente conversar melhor. Olha só: 

Jornada do Consumidor no Marketing Digital como um todo

Além de diferenças de segmento a segmento e negócio a negócio, a metodologia de Marketing também apresenta distinções bem específicas na Jornada do Cliente. 

Ela própria, apesar de não ter sido criada para o marketing digital, é muito melhor aproveitada nessa modalidade. Fazer Marketing Digital sem entender a Jornada do Cliente é até possível, mas os seus resultados sofrem bastante. 

No Marketing Digital, a metodologia que mais aplica a Jornada do Cliente é o Inbound Marketing.

A principal função do Inbound Marketing é trazer mais clientes para a marca através da atração. É por isso que seu nome em português é Marketing de Atração, por sinal. 

No Marketing Digital, cada uma dessas etapas é trabalhada principalmente através de conteúdo para gerar tráfego orgânico e anúncios para gerar tráfego através das Mídias Pagas. 

A segmentação é fundamental na Jornada sob o ponto de vista do Marketing Digital, sendo que todo material produzido busca entender a persona e em qual etapa da Jornada ela está. 

E cada anúncio também, com o bônus da segmentação aprofundada que as plataformas como o Google Ads e os Social Ads conseguem oferecer. 

O Marketing Digital é a zona de conforto da Jornada do Cliente. É aqui onde ela se desenvolve melhor. Estou falando assim de modo geral, mas é possível encontrar muitas variações em cada segmento e modelo de negócios. 

Veja uma dessas distinções logo abaixo: 

Jornada do Consumidor no segmento SaaS

A Jornada do Consumidor no segmento SaaS sofre algumas alterações de acordo com a estratégia aplicada. 

Existem três estratégias principais de Growth Marketing nesse segmento. São elas: 

  • Marketing Led Growth: crescimento gerado a partir do marketing, com ações clássicas de Inbound buscando gerar leads e vendas através de automações que culminam no contato de uma equipe de vendas com o lead para fechar o negócio; 
  • Sales Led Growth: crescimento gerado a partir da equipe comercial. Aqui, as estratégias mais comuns incluem a busca por listas de contatos e leads, visitas a empresas do segmento alvo e estratégias de Outbound Marketing
  • Product Led Growth: crescimento gerado a partir do próprio produto. Com uma combinação de Inbound e Outbound, o foco está na independência do usuário e na sua interação com a marca nos seus próprios termos. 
🤿 Se aprofunde: O que é Product-Led Growth (PLG) e como crescer 240% com ele

Só olhando por cima conseguimos perceber diferenças bem grandes na Jornada do Cliente em cada uma dessas metodologias.

No Product Led Growth, os gatilhos que levam o potencial cliente de uma etapa para outra são completamente diferentes do Sales Led Growth, por exemplo. 

Essa diferença é melhor expressa através do Funil de Marketing, que busca analisar esses gatilhos sob a perspectiva da própria empresa, determinando estratégias e abordagens diferentes de acordo com o perfil do público. 

No segmento SaaS, o trabalho do pós-vendas é fundamental para o sucesso de um produto. Sua adoção e o sucesso do cliente são tão fundamentais quanto a captação de leads, por exemplo. 

🔎 Mais sobre isso: O Modelo de Negócios SaaS é o Certo para a sua Empresa?

Algo também compartilhado pela Jornada do Cliente no E-commerce. Saiba mais: 

Jornada do Consumidor no E-commerce

A Jornada do Cliente no E-commerce passa pelo mesmo caso de qualquer outro segmento: similar na superfície, mas diferente conforme você se aprofunda. 

A maior diferença está principalmente nos gatilhos e nas mídias usadas. O consumidor procura por produtos online de formas diferentes e em locais diferentes. 

Não é muito comum, por exemplo, ver e-commerces trabalhando pesado o Inbound Marketing. 

Algumas marcas até fazem, como é o caso do Blog da Lu do Magazine Luiza, mas conforme o foco no E-commerce foi passando para os marketplaces, essas estratégias foram migrando para as Mídias Pagas, SEO e táticas específicas para Amazon, Mercado Livre etc. 

A Jornada do Cliente no E-commerce, então, é uma jornada compartilhada. Ela leva em conta não só o comportamento do cliente, mas sua própria jornada de compras dentro do Marketplace. 

Ela também vai considerar ações específicas dentro desses marketplaces. Como a busca é feita, o que leva a um carrinho abandonado, os analytics disponíveis nesses marketplaces etc. 

Quais são as etapas da Jornada do Cliente no Marketing Digital?

Homem de mochila usando smartphone. Ao lado, um texto com as etapas da jornada do cliente.

Bom, conversamos um pouco no primeiro tópico sobre as etapas da Jornada do Cliente, mas não nos aprofundamos tanto quanto o assunto merece. 

Mas, antes de começar, só um reforço do que estamos conversando até agora. Essas etapas são um modelo. 

Esse modelo serve para facilitar o trabalho da equipe de marketing, que precisa desenhar uma estratégia que facilite a captação de leads e aumente a quantidade de vendas. 

Mas isso não quer dizer que todos os clientes pensam da mesma forma e seguem esse mesmo comportamento sempre, nem que você vai encontrar clientes sempre assim, em ordem, chegando na primeira etapa e indo com você até a última.

Você vai encontrar clientes já na última etapa, por exemplo, prontos para comprar. Também vai encontrar gente que passa por todas elas, vai até o final, conversa com sua equipe comercial e fecha com seu concorrente. 

O modelo serve para simplificar o impossível: entender o que se passa na cabeça de uma pessoa 😅

Pouca coisa no marketing é definitivo e explica 100% da verdade. Essa não é uma ciência exata. Mas é uma ótima ideia se familiarizar com as etapas e levá-las no seu coração. 

Vamos conversar um pouco mais sobre as etapas aqui nesse tópico e também diferenciar mais a Jornada do Cliente da Jornada de Compras. Vem comigo: 

Aprendizado e Descoberta

Nesse primeiro estágio, seu cliente em potencial (também chamado de prospect) está aprendendo sobre um determinado assunto ou se inserindo em um determinado mercado. 

Mas veja: ele ainda não está nem ciente que ele precisa de alguma coisa ou que sequer tem um problema. Ele só está descobrindo algo novo. 

Para continuar nos exemplos acima, é alguém vendo alguns posts de marcas de roupas no Instagram com peças que ele nem sabia que existiam. Por exemplo: um homem vendo pela primeira vez roupas unissex e achando bonito. 

Ou, no segmento SaaS, empreendedores acessando um blog de um produto relacionado a marketing e descobrindo termos novos fundamentais para o seu pequeno negócio, como fluxo de caixa, geração de leads etc. 

Essa imersão nesse mercado pode ser um gatilho para o prospect reconhecer que ele tem um problema, o que vai levá-lo para a próxima etapa: 

Reconhecimento do Problema

Note que problema é uma palavra bem ampla e abstrata aqui, sendo bem longe da definição objetiva do dicionário, ok? 🤓

No exemplo do e-commerce de roupas unissex, o “problema” que o prospect descobriu não é exatamente um problema, mas uma oportunidade: as roupas são bonitas e cabem bem no seu estilo. 

No exemplo SaaS, o prospect está realmente reconhecendo um problema — ele não aplica as principais táticas de marketing digital que são padrão no mercado. Seus concorrentes provavelmente estão. 

Essas duas primeiras etapas normalmente são onde os leads são gerados e qualificados. Aqui, quando mudamos a dinâmica para o Funil de Marketing, estamos tratando das primeiras etapas, do Topo e Meio do Funil. 

Temos dois textos que ilustram bem esses assuntos. Veja logo abaixo: 

➡️ Topo de Funil: Estratégias e Conteúdos para essa Etapa de Vendas

➡️ Meio de Funil: O Que É e Como Criar esse Tipo de Conteúdo

Consideração da Solução

Nesse estágio da Jornada do Cliente, o prospect está buscando o produto ou o serviço que vai fazê-lo resolver seu problema ou aproveitar a oportunidade que se apresentou. 

Perceba também que nesse momento não estamos falando exatamente de comparação de preços nem nada do tipo. O prospect que antes estava conhecendo o mercado agora está conhecendo os produtos que esse mercado oferece. 

Quando ele passa para o próximo estágio é que a comparação realmente acontece: 

Decisão de Compra

Pronto, o prospect está se decidindo a fazer uma compra ou uma contratação para resolver seu problema ou aproveitar a oportunidade que surgiu. 

Nesse momento, sob a ótica da empresa, consideramos que ele está no Fundo do Funil

Ou seja: agora o prospect conhece o mercado, reconhece seu problema, sabe quais produtos poderiam resolver esse problema e já está pronto para comprar. 

Mas perceba que aqui ele se decidiu por comprar, mas não necessariamente o que comprar muito menos com quem.

Pode ser que ele passe por todas essas etapas junto com você, interagindo nos seus posts nas redes sociais, lendo seus textos no blog e até clicando nos seus anúncios. Tudo isso é parte da Jornada do Cliente. 

Mas no momento final ele pode receber outra oferta, ficar tentado e comprar com seu concorrente. 

É por isso que eu digo que a Jornada do Cliente é única: ela não está relacionada com você e a sua marca, mas sim com o processo de compras de cada pessoa. Todos os seus esforços podem servir apenas para educá-lo, mas na hora de comprar, ele prefere outro. 

Então por que trabalhar com a Jornada do Cliente? Simples, para aumentar suas chances de vender. Mesmo que muitos não comprem, você ainda vai ter mais clientes do que teria se não aplicasse nenhuma estratégia com base na Jornada. 

Pós-vendas

É muito mais fácil e barato vender de novo do que vender pela primeira vez para alguém. 

O motivo é simples e você já tem as ferramentas necessárias para entendê-lo. Está vendo todo esse caminho que seu prospect fez até o Fundo do Funil? Pois é, ele não é grátis. 

Você gasta tempo e dinheiro para levar clientes da Descoberta até a Decisão. Mas gasta menos fazendo um bom pós-vendas com foco em vender mais para a mesma pessoa. 

No segmento SaaS isso é absolutamente necessário. A retenção dos seus clientes está diretamente relacionada com o uso do seu produto e o sucesso que ele traz no trabalho. 

O pós-vendas é dividido em etapas simples, todas que praticamente se explicam sozinhas. Falamos sobre elas no começo do texto, mas para relembrar: 

  • Adoção: o uso satisfatório do produto e sua inclusão na rotina do cliente; 
  • Retenção e Sucesso: a continuidade do uso do produto com recompra ou contrato;
  • Expansão: o aumento do ticket médio do cliente com o tempo; 
  • Lealdade: o cliente não só prefere sua marca, como ele a indica para outras pessoas.

Infelizmente, essa é uma das etapas mais ignoradas da Jornada do Cliente. O fascínio de muitos departamentos de marketing por novos clientes, novas ativações e novas vendas acaba tirando o foco do que realmente importa: o faturamento. 

Inclusive fiz um post recentemente no LinkedIn sobre um assunto similar. Acompanhe direto aqui no link que ele expande mais esse ponto. 

Como criar a Jornada do Cliente?

Pessoa desenhando um caminho entre um emoji de pessoa e um emoji de sacola de compras.

Bom, até agora conseguimos destrinchar bem os principais fundamentos da Jornada do Cliente, certo? 

Mas precisamos levar esse texto para uma direção mais prática e aprofundada. Como uma marca mapeia a Jornada do Cliente e cria estratégias e gatilhos específicos para cada etapa? 

É aqui onde está o pote de ouro. Conhecer a Jornada do Cliente é fundamental, mas também é o mais básico que você pode fazer. 

O seu sucesso nas vendas depende da aplicação correta da Jornada do Cliente. E mais uma vez a máxima prevalece: vou te apresentar o modelo, mas o trabalho específico da sua marca é só você quem vai conseguir fazer. 

Mas, com o modelo na mão, sua caixa de ferramentas do marketing fica bem mais completa, e criar as estratégias vai ficar mais fácil. 

Vamos lá: 

Como mapear a Jornada do Cliente

O primeiro passo é entender exatamente como a Jornada do Cliente acontece para o seu público-alvo e suas personas. 

Todo o processo do mapeamento da Jornada do Cliente passa por dois pontos principais. São eles: 

  • Motivações: quais são as dores, desejos, necessidades e racionalidades atuando em cada uma das etapas? 
  • Momento da verdade: são os gatilhos que seu público-alvo tem para transpor uma etapa na Jornada do Cliente. O que faz alguém reconhecer um problema ou oportunidade? O que faz o prospect entender que ele precisa de um produto para saná-lo? 

O processo de mapeamento da Jornada do Cliente tem alguns passos que precisam ser seguidos em ordem. São eles: 

  • Definição da persona; 
  • Definição da duração da Jornada; 
  • Definição dos canais por onde a Jornada acontece; 
  • Qual é a primeira ação que coloca o prospect na Jornada; 
  • Qual é a última ação que finaliza a Jornada; 
  • Como deve ser o contato da marca com o cliente durante esse processo. 

Se você leu até aqui, já percebeu que esse último ponto trata especificamente da estrategização da Jornada do Cliente sob a ótica da sua marca: ou seja, a criação do Funil de Marketing. 

Temos um texto bem mais aprofundado que trata exclusivamente sobre o mapeamento da Jornada do Cliente. Acesse no link logo abaixo: 

➡️Mapa da Jornada do Cliente, O que é, Como Fazer e Exemplos

Entendendo a psicologia do consumidor

Um ponto que vai te ajudar muito a mapear a Jornada do Cliente é entender a sua relação com a psicologia do consumidor. 

Existem vários fatores que influenciam o processo de compras e a própria Jornada. Alguns deles: 

  • Tendências de Mercado; 
  • Fatores financeiros; 
  • Fatores pessoais;
  • Fatores demográficos; 
  • Fatores psicológicos;
  • Fatores sociais.

E mais alguns outros. E dentro de cada um desses fatores, existem vários gatilhos que vale muito a pena conhecer. 

Temos um texto que expande muito mais nesse tema, tratando de todos esses cinco fatores e fazendo uma análise no microscópio dos fatores sociais. Leia logo abaixo: 

➡️Os 4 Fatores Sociais que Influenciam o Comportamento do Consumidor

Entendendo o seu processo de vendas

Por último, também é fundamental analisar o seu próprio processo de vendas para entender como criar oportunidades para seus prospects dentro da Jornada do Cliente. 

Isso é fundamental porque em muitos casos empresas têm processos específicos, que já estão em funcionamento há muito tempo e que não podem ser alterados por conta da logística. 

Startups, por exemplo, têm mais liberdade para desenhar o seu processo de vendas de uma forma otimizada para a Jornada de Compras — vide o Product Led Growth que conversamos mais cedo. 

Mas ao mesmo tempo, empresas que estão há muito tempo no mercado e que estão no processo de identificar a Jornada do Cliente precisam levar o seu processo de vendas em consideração no mapeamento. 

Entendendo a Jornada do Cliente B2B

Homem usando notebook ao lado de ícone de nuvens.

Tivemos uma longa jornada — com o perdão do trocadilho — até aqui. Analisamos de forma geral o que é a Jornada do Cliente, como aplicá-la e mapeá-la no seu negócio e suas diferentes variações conforme o segmento e o modelo de negócios. 

Mas faltou a gente conversar sobre um ponto: as diferenças da Jornada do Cliente no B2B.

Quis deixar esse ponto para o final porque aqui vamos entrar em praticamente outro texto. A Jornada do Cliente B2B vem se transformando bastante, e mesmo antes dessas transformações ela já era bastante distinta. 

Separei aqui alguns dos principais insights de um dos nossos materiais ricos, o Futuro do Consumidor B2B. Ele aborda todos os pontos que vamos tratar aqui com muito mais profundidade. 

Para baixar, é só clicar no link acima ou no banner abaixo. Começando: 

O processo de compras está no controle do visitante

Precisamos entender que o processo de compras B2B está cada vez mais no controle do visitante do seu site — ou seja, do seu prospect. 

Muitas estratégias de marketing atuais são desenhadas com base nos recursos que uma marca pode oferecer para o cliente no meio online. E surpresa: os prospects usam esses recursos, e usam muito. 

Isso faz com que o domínio tradicional dos vendedores e departamentos comerciais em um processo de vendas B2B vá ficando cada vez menos relevante. Antes de ser abordado por um comercial, o prospect já: 

  • Pediu indicações em comunidades relacionadas ao que o produto oferece; 
  • Leu reviews sobre a sua marca ou produto; 
  • Assistiu vídeos de demonstração do produto; 
  • Iniciou sozinho uma demonstração do seu produto. 

E isso não sou eu dizendo: são os dados. Todas essas atividades demonstraram crescimento acelerado e já são os principais canais de interação entre uma empresa B2B e seus clientes. 

Enquanto isso, os métodos mais tradicionais foram os que apresentaram o maior declínio. Você pode acompanhar todos os dados diretamente no estudo do Futuro do Consumidor B2B. Vale muito a pena. 

Os concorrentes estão muito próximos

Todos esses pontos que citei no item anterior não são exclusivos. Centenas de marcas estão fazendo exatamente a mesma coisa. 

Isso coloca o profissional de marketing em uma sinuca difícil de resolver. Segundo a McKinsey, como referenciamos no nosso estudo, antes de definir um compromisso com algum produto ou serviço seu prospect já fez em média 12 consultas prévias. 

Seus concorrentes estão muito acessíveis e investem cada dia em se tornarem ainda mais. Cuidado, porque o perigo está logo ao lado e não vai embora tão cedo. 

A jornada está mais complexa

A Jornada do Cliente B2B não segue esses quatro pontos simples que conversamos ao longo do texto. 

Ou na verdade até segue, mas com muito vai e vem e várias interações inesperadas ao longo do processo. 

Veja a imagem abaixo para ter uma noção de como o processo funciona: 

Clique aqui para a imagem em tela cheia. 

Todas essas interações trazem um nível de complexidade muito alto para a Jornada do Cliente B2B. É responsabilidade dos profissionais de marketing desse setor entendê-las e adaptá-las para a realidade dos seus produtos e serviços. 

Muitos dados e pouca informação

Tem muita coisa mudando no mundo da segurança da informação. A LGPD, o fim dos cookies de terceiros e as novas regras de segmentação de anúncios nas redes sociais causaram um impacto grande na quantidade de informações que temos disponíveis. 

E mesmo antes disso, os dados no segmento B2B sempre foram abundantes, mas eles contam só um pedaço da história. 

Considere o seguinte cenário: 

  • Seu prospect viu um post seu no LinkedIn, mas esqueceu de curtir; 
  • Um colega de trabalho dele mencionou esse post; 
  • O prospect assistiu a um webinar da sua marca; 
  • O prospect conversou sobre a sua marca no Facebook; 
  • Ele viu um anúncio no Instagram mas não clicou; 
  • O CEO da empresa compartilhou o post original do LinkedIn no Slack; 
  • Um podcast que seu prospect escuta mencionou sua marca; 
  • Seu prospect pesquisa pela sua marca no Google;
  • Seu prospect converte no seu site fazendo um teste do seu produto. 

As únicas interações que você registrou no seu Analytics foram as duas últimas: a busca orgânica e a conversão. Tudo isso que aconteceu antes você não tinha como saber. 

Esse é o conceito do Dark Funnel, proposto pela TheFCompany. Sim, nós temos muitos dados, mas não temos o suficiente para entender 100% a Jornada do Cliente B2B. 

O lado emocional está mais relevante

A Jornada do Cliente B2B (e até a B2C) é bastante dependente de como o seu prospect se sente em relação à sua marca. 

Claro, ele levanta pontos racionais, objetivos e práticos para comunicar sua decisão aos gestores que vão aprovar a contratação, mas a Jornada tem no conforto emocional um poderosíssimo aliado. 

Existe uma pirâmide de valores que influenciam na decisão do seu prospect, sendo que os pontos objetivos como preço, custo-benefício, especificações técnicas e padrões éticos estão na sua base. 

No nosso estudo sobre o Futuro do Consumidor B2B trabalhamos cada um desses pontos e como melhorar sua relação emocional com seus prospects e leads para facilitar as vendas. 

O Fabrício Toledo, CEO e cofounder aqui da Leadster, tem um texto no LinkedIn que se aprofunda bastante nesse tema. É só seguir o link 😉


No fim das contas, entender a Jornada do Cliente exige um pensamento duplo: você precisa sim conhecer as etapas, mas é preciso aplicá-las bem para garantir bons resultados. 

No caso do B2C, siga essas recomendações que conversamos ao longo do texto. Busque conhecer seus clientes e a sua própria empresa, desenhando um mapa da Jornada que consiga lidar perfeitamente com os dois pontos. 

Já pra você que trabalha no B2B, recomendo muito a leitura do nosso estudo. É através dele que você vai encontrar a solução para esses pontos que conversamos logo ali em cima, além de conhecer mais alguns. 

O material é grátis e está disponível aqui no banner abaixo, ok? Te vejo por lá. Obrigado pela leitura e a gente se vê 😉

Categorias: Marketing digital

Gustavo Luby

CMO da Leadster, há 6 anos empreendendo no setor de tecnologia, apaixonado por CRO, Growth Hacking e Mídia paga.

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