Sumário
- 1 O que é marketing jurídico?
- 2 Por que investir em marketing jurídico digital?
- 3 O que pode e o que não pode no marketing jurídico?
- 4 Exemplos de conteúdo de Marketing Jurídico na internet
- 5 Os Componentes de um Plano de Marketing para Escritórios de Advocacia
- 6 13 Estratégias de marketing digital para advogados
- 6.1 1. Crie um Orçamento para Marketing
- 6.2 2. Crie um Site de Marketing Jurídico Bem Desenhado
- 6.3 3. Garanta que seu Site seja Otimizado para SEO
- 6.4 4. Reivindique seus Perfis Online Gratuitos
- 6.5 5. Faça com que seu negócio esteja presente nas Redes Sociais
- 6.6 6. Gerencie as Avaliações de Seu Negócio de Forma Eficaz
- 6.7 7. Teste o Marketing de Conteúdo
- 6.8 8. Invista tempo em Networking e Desenvolvimento de Negócios
- 6.9 9. Mídia Paga Online
- 6.10 10. Considere o Marketing Tradicional
- 6.11 11. Avalie os Esforços do seu Marketing Jurídico
- 6.12 12. E-mail Marketing
- 6.13 13. Legal Design
- 7 Marketing Jurídico: 4 Melhores Práticas para Advogados
- 8 Termos do Marketing Jurídico
- 9 Tecnologia para Marketing Jurídico: 7 ferramentas para o sucesso
Se você chegou até aqui, já sabe que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não permite que os advogados utilizem da propaganda para ganhar clientes, certo?
Mas, isso não quer dizer que você não tem que fazer nada ou apenas esperar clientes irem ao seu encontro.
Com o marketing jurídico, você aprenderá os principais métodos para se posicionar no mercado e ganhar cada vez mais visibilidade.
Continue no texto e tire todas as suas dúvidas!
O que é marketing jurídico?
Antes de definir o marketing jurídico em si, é importante saber, na íntegra, o que o Novo Código de Ética e Disciplina da OAB diz sobre o assunto:
“A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão”
No primeiro momento após a leitura, pode-se pensar que o marketing jurídico não é aprovado pela Ordem, afinal, se não posso usar do marketing para captar clientes, o que posso fazer?
Por isso, é necessário se atentar aos detalhes.
A principal função do marketing jurídico é comunicar e educar o público, ou seja, produzir conteúdos informativos, para tornar-se conhecido, criar certa relevância e, consequentemente, formar novas oportunidades de negócios.
O advogado criará uma estratégia de posicionamento no mercado, dessa forma, ele poderá ser encontrado facilmente por um possível cliente com algum problema o qual o advogado aborda.
Por que investir em marketing jurídico digital?
É importante ressaltar que o serviço de advocacia nada mais é do que um negócio, ou seja, o principal porquê para investir em marketing jurídico digital é tornar seu negócio relevante.
Assim que se torna relevante, você poderá:
- Passar maior confiança;
- Ganhar autoridade;
- Virar destaque quando comparado com a concorrência;
- Melhorar o relacionamento com seus clientes; e
- Alcançar suas metas com maior rapidez.
Para atingir todas essas metas, é necessário criar um conteúdo informativo de qualidade, podendo ser em diversos formatos, como: blog, YouTube, redes sociais, podcasts etc.
O que pode e o que não pode no marketing jurídico?
Antes da gente começar a trazer dicas sobre como trabalhar o marketing jurídico, é muito importante entender também o que pode e o que não pode fazer de acordo com a OAB.
Ao longo do texto, vamos conversar principalmente sobre o marketing de conteúdo, que é como advogados e escritórios de advocacia podem trabalhar sem infringir as regras da OAB.
Os motivos dos advogados não terem essa liberação da OAB para fazer o seu marketing é bem simples: a Ordem quer evitar que o litígio seja mercantilizado, e a figura do advogado seja a de um vendedor de serviços.
Pense, por exemplo, em advogados oferecendo “processos simples sem entrada hoje! Pague só depois do parecer do Juiz!”.
Além de manchar um pouco o nome da advocacia como um todo, isso estimula pessoas ao processo.
Segundo a OAB, um processo é algo objetivo, que não pode ter o pagamento como objetivo final.
Um exemplo que ilustra melhor isso: você já viu a série de televisão Better Call Saul?
Na série, Saul Goodman (nome fictício de James McGill) abre um escritório de advocacia e começa a fazer comerciais de TV bem escrachados, anunciando processos rápidos com grandes dividendos.
Esses comerciais chegaram a ser direcionados para um processo conjunto que estava sendo criado contra uma empresa da região. Saul Goodman chegou a anunciar “você já fez negócio com a empresa X? Estamos processando. Entre na lista para receber os dividendos!”
Isso é problemático, mas não é mentira. Comerciais assim, de caráter duvidoso e que estão claramente explorando a figura do advogado, são permitidos pela Lei americana.
Aqui no Brasil, um advogado não pode nem fazer um comercial de TV, um flyer ou um outdoor. Essas atividades são barradas completamente pela OAB.
Vamos conversar melhor nos próximos itens sobre o que pode e o que não pode. Me acompanhe:
O que não pode fazer no marketing jurídico?
A publicidade tradicional é completamente vetada pela OAB. Isso significa que advogados não podem:
- Fazer comerciais de TV;
- Fazer outdoors ou qualquer material impresso;
- Fazer propaganda para o rádio;
- Cartas circulares, no modelo mala direta;
- Ofertas de serviço através de vendedores autônomos;
Vai anotando: esses são os únicos canais onde um advogado não pode anunciar de jeito nenhum.
Porém, perceba como a produção para a internet não está descrita aí. Assim como outros meios mais tradicionais, como as revistas e os jornais.
O que acontece hoje é a mesma coisa que acontecia nos anos 90, por exemplo. Um advogado não podia fazer um anúncio do seu serviço na TV, mas ele podia participar de um programa de TV como especialista.
Ele não podia anunciar em uma revista, mas podia (e ainda pode) escrever uma coluna sobre a revista e se identificar como advogado, inclusive divulgando seu contato profissional.
A OAB determina o que não pode muito com base na forma com que o advogado vai a público para falar dos seus serviços:
- Ele não pode usar gatilhos mentais de persuasão;
- Não pode usar frameworks de copywriting;
- Não pode mencionar clientes;
- Não pode mencionar outros serviços e casos;
- Não pode nem falar sobre o tamanho do escritório ou da equipe de advogados;
- Não pode se comparar com outros advogados;
- Não pode incluir seu serviço junto com outros tipos de serviço;
- Não pode prometer resultados;
- Não pode dispensar o pagamento de honorários com base no resultado esperado;
- Não pode usar ícones, imagens ou fotos não condizentes com a profissão;
Dentre alguns outros pontos mais específicos que você encontra direto no Provimento 94/2000 da OAB.
O mais importante, porém, é entender que o advogado não pode de forma nenhuma trabalhar como um anunciante de produtos ou serviços.
O que a OAB espera de verdade é que o Marketing Jurídico se concentre na divulgação de conhecimento, e jamais tente criar um mercado ou trabalhar com geração de demanda.
Pensando nisso, vamos entender melhor o que pode no Marketing Jurídico?
O que pode fazer no marketing jurídico?
Essa lista do que não pode parece ser grande demais. De repente parece que não pode fazer nada!
Mas não é bem por aí. Muita gente acha, por exemplo, que advogados não podem nem anunciar no Instagram. Isso não é verdade!
Entre os canais barrados, o Instagram não é listado e nem os anúncios do Instagram. A questão é que o investimento nesses canais normalmente precisa de uma justificativa: a venda.
Se a venda não acontece, muitas marcas não vêem motivos para anunciar. E como o advogado não pode vender, esse canal é muito pouco utilizado.
A questão é que advogados e escritórios de advocacia podem usar o conteúdo para se posicionar nas redes sociais. E eles frequentemente fazem isso.
Tudo o que for educativo e que não use linguagem vendedora está liberado para os advogados.
Mas para entender o que realmente é um conteúdo educativo e informacional, precisamos referenciar a Resolução diretamente, para não ficar dúvidas:
Art. 2º
Entende-se por publicidade informativa:
a) a identificação pessoal e curricular do advogado ou da sociedade de advogados;
b) o número da inscrição do advogado ou do registro da sociedade;
c) o endereço do escritório principal e das filiais, telefones, fax e endereços eletrônicos;
d) as áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial;
e) o diploma de bacharel em direito, títulos acadêmicos e qualificações profissionais obtidos em estabelecimentos reconhecidos, relativos à profissão de advogado (art. 29, §§ 1º e 2º, do Código de Ética e Disciplina);
f) a indicação das associações culturais e científicas de que faça parte o advogado ou a sociedade de advogados;
g) os nomes e os nomes sociais dos advogados integrados ao escritório;(NR. Ver Provimento n. 172/2016)
h) o horário de atendimento ao público;
i) os idiomas falados ou escritos.
Entre todos esses pontos, o que permite o trabalho do Marketing de Conteúdo para os advogados é justamente o item d, “as áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial”.
Isso significa que um advogado está liberado para falar sobre a sua área de atuação em qualquer canal, menos os expressamente vedados pela OAB.
Nesse ponto, sempre houve advogados que trabalham com conteúdo em diversas plataformas, principalmente TV e Rádio.
Hoje, estamos vendo esse conteúdo ser adicionado a outros canais, especialmente o YouTube e o Instagram.
Mais sobre isso nos exemplos que vamos trazer no próximo tópico. Mas por enquanto, só uma questão rápida:
Advogados podem gerar leads?
Não há nenhuma restrição para a geração de leads jurídicos além dessas que vimos até agora.
A geração de leads jurídicos é um trabalho bem simples, mas também com alguns pormenores que vale a pena entender melhor.
O principal aqui é entender que a própria geração de leads é completamente normal e pode acontecer no Marketing Jurídico sem problemas.
Você pode trabalhar seu conteúdo normalmente e oferecer CTAs variadas para a conversão, desde que a oferta dessas CTAs não tenha características comerciais.
Alguém lendo algum texto no seu blog, por exemplo, pode muito bem se converter como lead ao baixar uma análise mais aprofundada de alguma questão jurídica.
Porém, a Nutrição de Leads é bastante prejudicada pelas determinações da OAB.
Advogados não podem trabalhar com e-mail marketing de qualquer outra forma que não seja conteúdo.
Por conta disso, o Funil de Vendas da Advocacia é muito difícil de construir. Tanto que muitos advogados preferem trabalhar com um Funil de Conteúdo, que funciona mais ou menos assim:
- Topo de Funil: conteúdo mais geral, sobre pontos básicos da advocacia, destinados a todo mundo, sem muita restrição de público-alvo por enquanto;
- Meio de Funil: conteúdo mais direcionado para o público-alvo. “Como funciona o divórcio”, por exemplo, para um advogado familiar;
- Fundo de Funil: conteúdo mais objetivo, voltado para assuntos específicos dentro da especialidade do advogado. Por exemplo: “Como iniciar o processo de pensão alimentícia”.
Vamos ver tudo isso melhor nos exemplos que eu trouxe aqui. Mas vale a pena a gente conversar sobre uma última questão:
Advogados podem vender cursos?
Um ponto muito importante para entender é que o advogado não está completamente impedido de fazer marketing e publicidade.
Na verdade, ele não pode divulgar seu trabalho como advogado através da publicidade. Outros trabalhos? Sem problemas!
Nisso estão inclusos os cursos, aulas, pós graduações, qualquer atividade não relacionada com a advocacia.
Inclusive, como os advogados podem inclusive citar sua formação e número da carteirinha OAB em todos os seus anúncios de cursos e aulas sem o menor problema.
Eles só são barrados de produzir propaganda relacionada ao seu trabalho como advogados.
No próximo tópico, trouxe alguns exemplos que vão ajudar a deixar isso bem mais claro. Me acompanhe:
Exemplos de conteúdo de Marketing Jurídico na internet
Como ficou claro, nesse texto nós estamos recomendando o Marketing de Conteúdo como alternativa às restrições da OAB ao Marketing Jurídico.
Mas como isso acontece exatamente? Como criar esse tipo de conteúdo sem esbarrar nos problemas com a OAB?
Trouxe aqui alguns exemplos que vão deixar isso bem mais claro. O trabalho é feito principalmente através de conteúdo, e está mais presente no YouTube, no Instagram e no TikTok.
O trabalho no TikTok e no Instagram são muito similares. Por conta disso, vamos fazer uma análise mais aprofundada desses dois canais principais: o YouTube e o Instagram.
Tudo pronto por aí? Analisamos, no total, 6 exemplos, sendo 3 em cada canal.
Como não conhecemos o público-alvo das marcas, é meio difícil determinar para qual estágio do Funil o conteúdo foi produzido.
Mas vou tentar ao máximo encontrar exemplos voltados para os três estágios — Topo, Meio e Fundo.
Vamos lá:
Marketing Jurídico no YouTube
O YouTube é um ótimo canal para Marketing de Conteúdo Jurídico.
Muito por conta do trabalho poder ser feito com a tranquilidade de não ter que se preocupar com o tamanho do vídeo, como é o caso do Instagram e do TikTok.
Você encontra conteúdo de várias formas diferentes no YouTube.
Vamos analisar primeiro o canal Jade Advocacia, sendo seu público-alvo pessoas que estão precisando de um advogado:
Veja como a linguagem é bem menos técnica, não envolve muito juridiquês e o conteúdo todo busca elucidar questões jurídicas básicas para pessoas que não conhecem esse básico.
Nesse caso, poderíamos considerar esse conteúdo como Fundo de Funil, já que quem está buscando por ele sabe bem o que precisa: processar uma empresa.
Esse tipo de conteúdo é bastante popular no YouTube, sendo o que você mais vai encontrar na plataforma.
Mas o Marketing Jurídico não precisa ser apenas para um público-alvo tão geral. Na verdade, muitos advogados que vendem cursos também trabalham seu conteúdo por lá.
Veja um exemplo do Advocacia na Prática, canal voltado principalmente para outros advogados:
Esse é um conteúdo bem Meio de Funil. O canal é voltado para a Lei Trabalhista e Previdenciária, e você pode encontrar sua lista de cursos na Hotmart.
Vemos claramente então que o trabalho de conteúdo no YouTube é uma ótima forma de divulgação para o seu curso mais completo, o que é totalmente permitido pela OAB.
O último vídeo que queria te mostrar é do Dr. Michell Nascimento. Ele exemplifica muito bem um conteúdo Topo de Funil — ao invés de falar tudo sobre um assunto específico, ele gravou uma audiência trabalhista inteira:
Isso também é permitido, desde que o processo não esteja correndo em segredo judicial e que as identidades dos envolvidos não sejam compartilhadas também — mais especificamente outros advogados e os magistrados.
Marketing Jurídico no Instagram
O conteúdo mais voltado para públicos não-advogados você vai encontrar primariamente no Instagram.
É nessa rede social que os advogados conseguem responder perguntas mais simples, um pouco pelo formato do conteúdo mas também pela sua popularidade.
Um canal que deixa isso bem claro é o @ do João Estrela. Ele é um advogado da família, que trata principalmente de casos de divórcio, pensão, guarda compartilhada etc.
O que ele faz é muito parecido com outros advogados que atuam no Instagram: Ele abre perguntas nos stories e depois grava vídeos com as respostas:
Um exemplo. Perceba como os vídeos são mais simples, não envolvem muita produção e, pelo menos nesse caso, são bastante informais.
Isso casa bem com o público-alvo da plataforma e com o tipo de conteúdo que o João Estrela produz.
Outro tipo de conteúdo bastante popular no Instagram são os memes, reações etc. Veja esse exemplo da Advogada Rayssa Ribeiro:
É um tipo de conteúdo bem Topo de Funil, que não está falando praticamente nada relacionado a questões jurídicas, mas que está mais ou menos no mesmo universo.
Mas ainda tem um outro tipo de conteúdo que gostaria de trazer: é um conteúdo mais específico, de Meio para Fundo de Funil, voltado para a Justiça Militar.
Vamos analisar o escritório Januário Advocacia:
Veja como ele é bem mais específico no seu conteúdo. A ideia aqui é transmitir expertise na sua área de atuação, o que no Marketing de Conteúdo vale tanto quanto fazer um anúncio.
Aliás, vale até mais.
As resoluções da OAB no Marketing Jurídico são muito interessantes por conta disso. Elas criam um ambiente onde a publicidade não pode ser feita, só o Marketing de Conteúdo.
Olhando para o Marketing Jurídico, podemos ver toda a potência que o conteúdo traz para uma estratégia de Marketing Digital como um todo.
Mas como exatamente esse trabalho é feito? Bom, vamos parar agora a parte mais teórica do texto e vamos partir para a prática.
Tudo pronto por aí?
Os Componentes de um Plano de Marketing para Escritórios de Advocacia
Por mais que a produção de conteúdo informativo possa ser vista como algo fácil de se fazer, principalmente porque os advogados já saberão o que falar, é necessário um plano estratégico.
Pensando nisso, separamos aqui os três principais tópicos que um plano de marketing jurídico deve ter.
Vamos a eles!
Conheça seu Público-Alvo: Para quem Você está Produzindo?
Antes de tudo, você precisa saber quem é seu público principal.
Questione: para quem eu quero que meu conteúdo chegue?
Para facilitar, nós podemos até mesmo agrupar alguns dos seus possíveis usuários, como:
- Clientes atuais;
- Clientes passados;
- Outros advogados (conhecidos por você ou não);
- Contatos do setor;
- Profissionais de outras áreas; e
- Mídia (seja canal de notícias ou redes sociais).
Defina os Objetivos com Base no Método SMART
Estabelecer metas para cada área do seu plano de marketing jurídico é essencial.
Por isso, siga o seguinte mnemônico:
S – Specific (específico): o objetivo deve ser claro e com o máximo de detalhes, de forma que toda a equipe entenda.
M – Measurable (mensurável): toda meta deve ser medida de alguma forma, se não, como você apresenta isso para seu cliente?
A – Attainable (atingível): é necessário ter noção da situação em que se encontra, quais são os recursos necessário e se é realmente possível atingir o que foi proposto, do contrário, qual seria a lógica?
R – Relevant (relevante): mostre que tal objetivo traz relevância para o seu negócio. O que o torna diferente dos demais? Dessa forma, toda sua equipe ficará motivada.
T – Time based (temporal): é essencial que você estabeleça um prazo para essa meta.
Implementando o seu Plano de Marketing Jurídico: Dicas de um Especialista
Às vezes todas essas questões de marketing podem parecer maçantes, e até mesmo complicadas, para os advogados.
Por isso, fique atento nas dicas abaixo para tornar o processo muito mais fácil!
- Reconheça seus melhores contatos: foque nas pessoas que você gosta, confia e até mesmo já sabe como trabalham.
- Tenha critérios altos para seus clientes e referências: pode parecer rude, mas é muito importante que o advogado seja seletivo com seus clientes, dessa forma, a chance do seu negócio expandir é maior.
- Sem clientes de porta: essa dica remete à anterior, na qual você precisa ser mais seletivo com as pessoas para quem trabalha. É importante que saibam sobre os seus critérios.
- Aperfeiçoe seu processo de vendas: por mais que o advogado não tenha tanta familiaridade com vendas, é muito importante que haja esforço para mostrar a qualidade do serviço.
- Crie um pipeline de vendas: acompanhe os seus clientes, sejam eles passados ou atuais. Dessa forma, você já conseguirá estabelecer os próximos passos.
- Desenvolva sua marca: é por meio da sua marca que você e seu serviço serão reconhecidos, então nunca deixe esse aspecto de lado! Procure sempre aprimorá-la.
- Defina um nicho para o seu serviço: mesmo que muitos pensem o contrário, o nicho não impedirá que o advogado atue em outras áreas. Seu papel é aprimorar o profissional daquela para que ele se destaque e outras oportunidades sejam geradas.
13 Estratégias de marketing digital para advogados
Após todo esse panorama sobre o que é marketing jurídico, por que investir e como é um plano de ação, chegou o momento de conhecermos as possíveis estratégias para o seu negócio.
1. Crie um Orçamento para Marketing
O ponto de partida para seu planejamento de marketing jurídico é: defina quanto poderá gastar.
Desse modo, você saberá o quanto poderá investir em cada estratégia e, consequentemente, quais serão suas metas.
Lembre-se: o orçamento também será impactado caso você atue em uma área competitiva ou dependendo das especificidades do seu negócio.
Vamos ao exemplo: você pode ter APPs, e-mail marketing, estratégias de SEO, publicidade paga em redes sociais etc. Tudo isso afetará, de alguma forma, o seu orçamento.
Por fim, fique sempre atento para estar dentro de seus próprios limites.
2. Crie um Site de Marketing Jurídico Bem Desenhado
Atualmente, é indispensável que a sua empresa, independente da área, tenha um site; afinal, é por ele que o cliente pode ter a primeira impressão do seu negócio.
É importante que os seus serviços estejam claros e bem explicados na plataforma.
Expor casos de sucesso do seu negócio é uma ótima tática, também.
Por fim, para guiar ainda mais a criação do seu site, tente responder as 11 perguntas abaixo:
- Você tem um especialista em SEO no time?
- O site carrega rapidamente?
- Quem hospedará o site?
- Seu site é construído em uma plataforma comum?
- Com que frequência você atualizará seu site?
- Você seguirá as diretrizes de publicidade ética?
- Seu site é responsivo?
- Quem é o responsável pelo conteúdo do seu site?
- Quais são suas qualificações?
- Você oferece uma garantia?
- Você irá configurar o Google Analytics e o acompanhamento de metas?
3. Garanta que seu Site seja Otimizado para SEO
Do que adianta ter um site, se seus possíveis clientes não acham você nos mecanismos de busca?
Por isso, o seu site deve seguir as boas práticas de SEO.
Tenha conteúdos de qualidade que respondam as possíveis perguntas de seus clientes.
Outro ponto importante para você ser encontrado é: tenha um blog.
Com textos bem rankeados no Google, o seu negócio poderá ser encontrado com muito mais facilidade.
4. Reivindique seus Perfis Online Gratuitos
Seus serviços não precisam, e nem devem, ficar presos apenas ao seu próprio site.
Aproveite a oportunidade de sites de divulgação de serviços de sua área, faça uma boa apresentação de seu negócio e deixe as informações para contato bem claras ao cliente.
5. Faça com que seu negócio esteja presente nas Redes Sociais
Assim como um site próprio, é indispensável que seu negócio esteja nas redes sociais.
Escolha aquela que mais faz sentido para você e sua área de atuação.
Logo abaixo vão algumas dicas sobre o Marketing Jurídico para Instagram e LinkedIn.
Como o advogado pode utilizar o Instagram em seu marketing jurídico?
Em 2018 o Instagram atingiu 1 bilhão de usuários, desses, 80% possuíam uma conta comercial.
Com esses dados já se pode afirmar que essa rede social é a mais popular e com maior engajamento se comparada às demais.
Por isso, invista no Instagram e não deixe de seguir as estratégias abaixo:
Tenha um bom nome e um bom “@” – ambos os tópicos são a porta de entrada para sua conta, eles fazem parte de sua identidade. Nomes ligados a sua área de atuação serão sempre preferíveis.
Fique atento à descrição – é com a descrição que o usuário saberá o que você faz, suas habilidades e serviços. Não seja prolixo, você tem apenas 150 caracteres!
Torne sua conta comercial – com o perfil comercial você poderá acompanhar algumas das métricas que não são possíveis no perfil pessoal. Além disso, com uma conta comercial separada do seu perfil pessoal é possível também preservar sua privacidade.
Planejamento – é essencial que você tenha um planejamento para o seu Instagram. Tenha uma identidade visual, adote um padrão textual e imagético e use sua conta com frequência – tenha um calendário de postagens.
Interaja com seu público – sempre faça perguntas e indagações aos seus seguidores. Para isso, crie enquetes, abra caixinha de perguntas, converse com eles nos stories e também faça posts para que eles possam compartilhar.
Utilize hashtags – uma das melhores formas de ser encontrado no Instagram é utilizando hashtags. Utilize aquelas que tenham a ver com a sua publicação e até mesmo crie uma que corresponda ao seu negócio.
Como o advogado pode utilizar o LinkedIn em seu marketing jurídico?
Por ser uma rede social voltada ao profissional, o LinkedIn é uma ótima ferramenta para você se conectar aos demais profissionais de sua área e tornar-se conhecido no mercado.
Vamos às estratégias para não ficar por fora de nada!
Fique atento à descrição do seu título – tanto seu título quanto sua descrição devem ser atrativos ao público. Explique quem você é, o que faz e qual sua área de atuação. Não seja genérico, explore principalmente o que diferencia você dos demais.
Cuidado com a foto de perfil – prefira fotos em que você pareça mais profissional, com um fundo “liso” e sem muitas informações.
Detalhe suas informações – por mais que você deva ser conciso e objetivo, sempre dê preferência para as informações únicas sobre seu lado profissional, assim como seus objetivos, experiências e resultados.
Crie um bom networking – conecte-se com pessoas que façam sentido em sua rede profissional e que possam alavancar ainda mais o seu negócio. Siga aqueles que produzem conteúdo relevante, profissionais de referência, empresas de referência etc.
Produza conteúdo relevante – seja ativo no LinkedIn, faça dele a sua vitrine. Você pode dar sua opinião sobre assuntos atuais, criar conteúdos do zero, trazer novidades, entre muitos outros tipos de conteúdo possíveis.
Publique constantemente – mais uma vez, é importante estar ativo na rede, mesmo que não seja com conteúdo próprio. É muito interessante compartilhar, curtir e comentar o que está sendo trazido na plataforma.
6. Gerencie as Avaliações de Seu Negócio de Forma Eficaz
Assim que seu negócio estiver consolidado, diversas avaliações começarão a surgir.
Atente-se a cada uma delas, pois, segundo a pesquisa do Legal Attend Report de 2021, 82% do público checa as avaliações de clientes ao procurar por um serviço.
Então, preocupe-se com as avaliações dos seus clientes, sejam elas positivas ou negativas.
7. Teste o Marketing de Conteúdo
Coloque todas as suas habilidades sobre a área em prática, dessa forma você conquistará ainda mais autoridade no assunto, e até mesmo se tornará um ponto de referência.
Lembre-se de produzir um conteúdo claro, objetivo, que responda às dúvidas dos seus possíveis clientes, e mantenha uma periodicidade de publicação.
Como fazer Marketing de Conteúdo?
Além do blog, existem diversas formas de explorar o marketing de conteúdo do seu negócio, algumas delas são:
- Post para redes sociais;
- E-mail marketing;
- Webinars;
- Vídeos para YouTube;
- Podcasts; e
- Ebooks.
Lembre-se de sempre adaptar o conteúdo para cada plataforma.
8. Invista tempo em Networking e Desenvolvimento de Negócios
Criar relações com outros advogados é um ponto importante para seus serviços, pois seu negócio se torna ainda mais sustentável e conhecido.
Participar de eventos ou palestras também é um modo de aumentar seu networking.
9. Mídia Paga Online
Essa estratégia acontece por meio de anúncios bem colocados.
Para isso, você utilizará as seguintes ferramentas para atingir seu público:
- Google Ads;
- Social Ads; e
- Mídia programática.
Cada campanha que você criar será voltada para um objetivo e junto a ele você poderá criar um anúncio correspondente.
10. Considere o Marketing Tradicional
Mesmo na era digital, seus clientes ainda podem ver outdoors e anúncios em mídias tradicionais.
Mas, nunca se esqueça que você ainda será procurado na internet, então esteja sempre preparado para receber os visitantes do seu site e de seus perfis.
11. Avalie os Esforços do seu Marketing Jurídico
É apenas por meio da avaliação sobre o retorno do que foi investido que você conseguirá saber seus próximos passos.
Apure o que seus clientes estão falando sobre você, como seu serviço é recebido no mercado e até mesmo se alguém em seu networking já tem algum feedback para fazer.
12. E-mail Marketing
Se você quer ter um contato mais próximo com seus clientes, invista no e-mail marketing.
Por meio dele você pode enviar mensagens personalizadas para cada um de seus leads que assinaram seu conteúdo.
Além disso, com essa estratégia você conseguirá acompanhar todo o processo do seu lead até torná-lo seu cliente.
13. Legal Design
Ainda visto como um novo conceito, o legal design é uma abordagem que abrange três áreas: design, tecnologia e direito.
Seu objetivo é solucionar problemas – sempre buscando novas formas de apresentar as informações mais complexas para o público leigo.
Já seu foco é no ser humano, melhorando seu produto a fim de entender cada vez mais o problema do cliente, aperfeiçoando a comunicação e buscando uma solução mais rápida.
Marketing Jurídico: 4 Melhores Práticas para Advogados
Não adianta seguir todas as estratégias listadas acima se você ainda não sabe como guiar o seu negócio.
Na verdade, sem seguir alguns dos princípios do marketing, todo seu investimento em ferramentas e táticas serão vão.
Pensando nisso, dê uma olhada nas quatro melhores práticas que a Leadster separou para você!
1. Sua abordagem deve ser centrada no cliente
Vivemos em uma sociedade que está acostumada com a rapidez de entrega – e na advocacia não é diferente.
Proporcione uma experiência completamente focada no cliente, deixe ele a par de todo processo e sempre prefira uma saída tecnológica do caso.
Quanto ao marketing, ele sempre deve ser pensado colocando o cliente em primeiro lugar, ou seja, faça seu acompanhamento desde o primeiro momento.
É nesse momento que Legal Design entra em cena, seja empático com o seu cliente, mostre a ele que você entende qual é o problema, não o trate apenas como mais um.
2. Invista Estrategicamente
Essa prática é sobre conhecer os próprios limites. É necessário pensar, antes de tudo, em quais redes sociais pretende estar presente, quais os tipos de conteúdo que serão produzidos etc.
Você não precisa fazer tudo, escolha estrategicamente quais ferramentas e plataformas usar, desse modo o seu investimento não será em vão.
3. Invista em Suporte Extra, se necessário
Pode chegar um dado momento em que você precisará terceirizar alguns serviços, afinal, sua especialidade está na advocacia e não no marketing.
Caso perceba que há uma sobrecarga, pode ser a hora de começar a pensar em maneiras de ajudar a si mesmo, seja por meio de softwares ou de mão de obra terceirizada.
4. Avalie, Avalie e Avalie
Se você não souber quais são os resultados de sua estratégia de marketing jurídico, não haverá como medir os próximo passos, sejam eles mudanças, avanços, algum tipo de retrocesso ou se continuam do jeito que está.
Questione como está o seu resultado de busca no Google; o que os clientes estão achando de seus serviços; como os seus conteúdos estão sendo recebidos e avaliados; quantos acessos está tendo em seu site e blog, entre muitas outras métricas que podem ser avaliadas.
Termos do Marketing Jurídico
Não dá para adentrar em uma área completamente diferente do que se está acostumado sem saber o mínimo sobre os termos usados dentro dela, não é mesmo?
Para você não ficar completamente no escuro, separamos aqui alguns dos termos principais de Marketing Jurídico para te ajudar na implementação dele e até mesmo em seus estudos.
Continue no texto!
Lead
Em marketing, lead significa um cliente em potencial para o seu negócio.
Não é apenas uma pessoa que acabou acessando seu site por acaso, o lead demonstra interesse pelo seu produto, seja por meio de um botão “fale conosco” ou “teste grátis”, por exemplo.
Leia também: Mobile Lidera em Acessos, mas Perde em Conversão – Veja o Destaque
Taxa de Conversão
A taxa de conversão corresponde ao número de pessoas que acessaram sua página ou anúncio e acabaram convertendo em leads.
Ela também pode ser calculada mais ao fundo do funil, representando a porcentagem de leads que se tornaram efetivamente clientes.
Esse controle pode acontecer por página ou em todo o site.
Leia também: 4 Ideias Comprovadas para Aumentar a Conversão do seu Site com Chatbots
Call To Action (CTA)
Na tradução literal, CTA significa chamada para ação.
Nesse caso, essa chamada quer que o visitante do seu site tenha alguma interação logo após acessar algum conteúdo.
O CTA pode ser um botão “fale conosco”, o “saiba mais” em um anúncio e até mesmo uma chamada para outros conteúdos da plataforma.
Landing Page
Landing Page é uma página criada para um propósito específico, exemplo: preencher um formulário, entrar em contato, clicar em um link ou agendar uma consulta.
Search Engine Optimization (SEO)
Ao traduzirmos o termo SEO, teremos: otimização para mecanismos de busca.
O SEO nada mais é do que uma tática para que seu site seja encontrado nos mecanismos de busca, como o Google, por meio de palavras-chave.
As palavras-chave são termos que representam o conteúdo que você produz e a área que atua.
Return on investment (ROI)
O ROI, ou Retorno Sobre Investimento, é uma métrica que mede o desempenho do seu negócio.
Ele sempre vai calcular o resultado que se teve sobre o que foi investido.
Pay-per-click (PPC)
O Pagamento por Clique (PPC) é uma forma de publicidade, na qual os anunciantes pagam certo valor cada vez que alguém clicar em seu anúncio.
Os dois principais players atuando nesse tipo de estratégia são o Google Ads (com 95% do mercado) e o Bing Ads.
Conversion Rate Optimization (CRO)
Traduzindo para o português temos: Taxa de Otimização de Conversão.
O CRO é uma estratégia que visa o constante aprimoramento dos elementos de seu site, dessa forma, ele sempre estará atraindo e convertendo mais usuários.
Tecnologia para Marketing Jurídico: 7 ferramentas para o sucesso
Por fim, pensando em auxiliar o seu planejamento de Marketing Jurídico, existem algumas ferramentas próprias do segmento que pode tornar seu dia a dia um pouco mais fácil.
Vamos a elas!
E-mail Marketing
Se você vai apostar na estratégia de newsletter personalizada para o seu lead, existem algumas ferramentas que podem ajudar o seu processo.
A principal delas é o Mailchimp, uma das mais usadas no mundo todo e pode ser integrada a quelquer site feito em WordPress, Magento, Shopify etc.
Gerenciamento das Redes Sociais
Se você quer melhorar o seu gerenciamento nas redes sociais, existem muitas ferramentas que podem te ajudar a agendar postagens, acompanhar resultados e também monitorar tópicos relevantes para a sua área.
Algumas ferramentas para isso são: Hootsuite, mLabs e Buffer.
Pesquisa
Para facilitar o seu processo de escolha de tópicos para sua produção do blog, há diversas ferramentas que já te dão uma lista do que está sendo procurado no mundo todo e na sua área de atuação.
Porém, a principal delas é o Google Trends. Se você quer saber também quantas pessoas estão pesquisando por cada termo, vá direto para o SEMrush.
Agendamento de Consultas
Para facilitar ainda mais o seu dia-a-dia existem plataformas que conseguem agendar para você o encontro com os seus clientes.
Com o Calendly o seu próprio cliente consegue marcar um horário com você, basta sincronizar com seu calendário profissional, e os horários livres aparecerão na hora da escolha.
Sites
Para criar o seu website, você pode buscar os serviços de uma agência especializada, ou então procurar por uma ferramenta de criação de sites que seja mais simples – descartando a necessidade de um desenvolvedor.
Independente da sua escolha, tenha atenção em pontos como design, navegação, SEO, responsividade e velocidade do site.
Gerenciamento de avaliações online
Já falamos aqui que acompanhar o feedback de clientes é muito importante para o seu negócio, por isso, existem plataformas que fazem todo esse processo para você.
Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM)
Aqui os softwares o ajudarão a acompanhar a trajetória de seus clientes, mostrando o status de cada um deles.
Alguns deles são: HubSpot CRM, Oracle, Pipedrive e Salesforce.
Saiba mais: 11 Melhores Softwares para CRM de Vendas em 2022
Chatbot de conversão
O chatbot é uma ferramenta que proporciona uma abordagem personalizada e proativa para os possíveis clientes que visitam o seu site.
A Leadster, além de possuir um software de chatbot interativo, utiliza do marketing conversacional com seus leads.
Dessa forma, o resultado que seu negócio terá é: diversos usuários tornando-se leads qualificados e aumentando ainda mais a sua taxa de conversão.
Saiba mais sobre a Leadster aqui.
Lembre-se: antes de começar o seu planejamento de marketing jurídico, já tenha em mente quais são as metas iniciais.
Inicie tudo com calma para não haver tantos problemas ao longo do caminho.
Estude antes quais são as ferramentas necessárias para o seu começo e se tudo está dentro do seu orçamento.
Procure cada vez mais dicas e estratégias para aplicar no seu dia-a-dia e não deixe de acompanhar os seus resultados!
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