“Se você não pode medir, você não pode gerenciar”. Essa é uma frase muito conhecida no mundo corporativo, que reforça como o controle dos processos está ligado às métricas dos mesmos.

E o que isso tem a ver com Data-driven Marketing? Tudo!

No post de hoje vamos abordar essa estratégia voltada para tomada de decisão orientada por dados, que foi e é tão revolucionária para o marketing. 

O que é data-driven marketing?

O que é data-driven marketing?

O termo “data-driven” pode ser traduzido do inglês como “orientado por dados”.

No contexto de marketing, ele classifica uma mentalidade, metodologia e planejamento estratégico com base na coleta e análise de informações de consumidores, com dados sólidos como centro da tomada de decisões.

E não são quaisquer dados que são acompanhados e analisados.

Essa foi uma das maiores transformações no marketing digital.

O data-driven marketing faz uso de análise computacional e grande volume de dados digitais analisados.

Estamos falando aqui sobre Analytics, Big Data, Business Intelligence e Machine Learning. 

Esses dados possibilitam responder perguntas como para quem, quando, como e com que mensagem uma marca chega até o objetivo de venda.

As informações se transformam em análises robustas, que direcionam as ações, as vantagens competitivas e, consequentemente, o sucesso do negócio.

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Quais as origens do data-driven marketing?

O data-driven marketing começou junto ao surgimento e expansão da era digital. 

Conforme a internet se tornava mais acessível e as pessoas começaram a usar cada vez mais dispositivos móveis, as empresas começaram a perceber que tinham acesso a diversos dados sobre seus clientes e leads.

Antigamente, os dados eram coletados através de pesquisas e análises de mercado tradicionais. Porém, com o crescimento da internet, surgiram novas fontes de informação, como o tráfego na web, interações em redes sociais e as transações online.

A partir disso, foram desenvolvidas ferramentas para coletar, armazenar e analisar esses dados, exemplo disso são os CRMs. Essa inovação permitiu a tomada de decisão mais precisa sobre as estratégias de marketing, personalizando as mensagens e ofertas com base nos dados coletados.

Com isso, o data-driven marketing transformou-se em uma área fundamental das estratégias de marketing digital das empresas para obter insights ainda mais profundos sobre seus clientes e mercados.

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O que significa ser data-driven e como se tornar mais direcionado a dados?

O que significa ser data-driven e como se tornar mais direcionado a dados?

Para ser data-driven nas estratégias de marketing da sua empresa, não basta apenas partir para a análise de dados, é preciso também entender o que faz parte dessa cultura.

Pois bem, a cultura data-driven nos ensina que para aplicá-la é preciso considerar e seguir alguns pilares:

  • Liderança;
  • Comportamento;
  • Tecnologia;
  • Processos;
  • Persistência;
  • Evolução;
  • Confiança;
  • Coragem.

Ou seja, para ser data-driven você precisa assegurar que toda a empresa esteja imersa junto aos líderes, não basta apenas alguns seguir essa estratégia. Por isso, os precursores dessa metodologia na empresa podem ser aqueles a guiar os funcionários entre os treinamentos e dar dicas.

Falando em dicas, aqui vão algumas que vão auxiliar você nessa estratégia:

  • Deixe os achismos de lado;
  • Acompanhe as mudanças no comportamento do consumidor;
  • Use as ferramentas certas para coletar, tratar e avaliar os dados.
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Como implementar uma cultura data-driven do zero?

Como implementar uma cultura data-driven do zero?

A implementação de uma nova cultura organizacional não é uma tarefa simples, mas os resultados são recompensadores. Para que o Data-driven (não apenas no marketing!) esteja presente nas metodologias de trabalho, nos valores empresariais e nos modelos de negócio da sua empresa, alguns aspectos são fundamentais:

  • Gerenciar dados como ativos estratégicos da empresa;
  • Buscar eficiência operacional;
  • Garantir a governança de dados;
  • Zelar pela qualidade de dados;
  • Desenvolver métricas (KPIs) para analisar a gestão de dados;
  • Criar soluções focadas na inovação, pesquisa e desenvolvimento;
  • Incorporar tendências em tecnologia e inteligência de dados;
  • Definir padrões de política de dados;
  • Desenvolver o capital intelectual da empresa;
  • Treinar e orientar gestores e equipes.

Invista na educação da sua equipe

Capacitar a sua equipe sempre vai ser um ponto-chave para o sucesso da sua empresa, independente da estratégia que for seguir.

Falando principalmente para empresas de menor porte e com menos recursos para grandes sistemas operacionais, a metodologia de data-driven marketing pode ser complexa, sendo a principal dúvida o “como começar?”.

Por isso, o primeiro passo deve ser a educação da equipe, desde o time de gestão até os demais colaboradores. Lembre-se que todos precisam aprender a mexer nos sistemas escolhidos.

Pensando nisso, separamos aqui alguns cursos que você pode selecionar para capacitar o seu time:

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Defina os objetivos

Sem objetivos claros, ninguém sabe o que precisa ser acompanhado e nem para onde as ações devem levar.

Portanto, o primeiro passo para ser Data-driven é definir o que precisa ser alcançado, como e em que prazo.

Defina as métricas

Entendido o objetivo, pense nas métricas que são fundamentais para acompanhar a evolução.

Um bom dado de análise precisa ter quatro características: ser importante, ser simples de entender, ser facilmente mensurável e ser capaz de levar a uma ação positiva.

Defina como as métricas serão extraídas e apresentadas

Agora chega a parte das ferramentas.

É preciso definir quais serão os canais de acompanhamento das métricas, quais os critérios de seleção e como as métricas serão organizadas para entendimento geral da equipe ou da diretoria, por exemplo.

Outro ponto muito importante aqui é que esse processo precisa estar registrado.

Assim, esse acompanhamento e extração de dados não fica nas mãos de apenas um colaborador e é possível consultar o histórico com facilidade.

Defina quando as métricas serão analisadas

Para acompanhar com inteligência também é preciso definir a frequência com que essas metas serão extraídas.

Se for necessário, defina também a frequência com que as métricas serão apresentadas para diferentes públicos. 

Por exemplo, pode ser que a equipe de marketing acompanhe os dados semanalmente na reunião do time e que para a diretoria os dados sejam consolidados para apresentação uma vez por mês. 

Acompanhe

O histórico de dados e também de tomada de decisões é fundamental para uma boa cultura de Data-driven Marketing.

As evoluções e as métricas também podem ser mudadas ao longo do percurso, ainda mais se a sua empresa vai começar a implementar essa estratégia agora. 

Cumpra com os períodos e processos definidos para que isso não seja prejudicado.

Analise e tome as decisões

Aqui chegamos ao ponto principal do Data-driven Marketing, com os dados sendo transformados em decisões assertivas.

Analise os dados em todas as etapas da jornada de compras do seu consumidor (aquisição, conversão, retenção e recomendação).

Entenda quais investimentos trouxeram os melhores resultados, que tipo de material ou esforço vale a pena retomar, quais são os canais mais relevantes…

E lembre-se sempre, se o objetivo definido não está sendo alcançado, reveja as rotas, ações e estratégias. Mudanças podem e devem ser feitas com essa mentalidade de sucesso.

Recomece 

A análise de dados deve ser contínua, principalmente quando falamos em Data-driven Marketing.

Os passos descritos aqui são etapas que funcionam em ciclo.

Ao fim de um período de tempo definido, de uma campanha ou de uma sazonalidade, os objetivos, métricas, processos, frequência, ferramentas, acompanhamento e análise devem ser repensados e refeitos.

Nada nos ensina mais do que a nossa própria experiência e com Data-driven Marketing isso não é diferente. 

Quais os benefícios do data-driven marketing?

Quais os benefícios do data-driven marketing?

Os benefícios de utilizar Data-driven Marketing são significativos.

Selecionamos alguns que certamente são do seu interesse. 

🔎Leia também: Por que o head de growth é indispensável para qualquer empresa

Segmentação ideal de consumidores

Os investimentos em marketing e campanhas de publicidade são otimizados, com a segmentação baseada em dados concretos.

É possível criar campanhas bastante específicas e diferenciadas para o público que realmente terá um interesse na mensagem.

Conversando com o consumidor certo, no momento certo, as taxas de conversão também aumentam e os custos com campanhas são melhor distribuídos. 

Criação de conteúdo relevante

O tempo do marketing com conteúdo genérico já acabou.

Os consumidores hoje estão interessados em conteúdos pensados para as necessidades individuais de cada um, que apresentem informações, produtos e serviços relevantes para eles. 

Com a análise e aplicação do Data-driven Marketing os conteúdos também são baseados em informações e naqueles que obtêm melhores resultados, e não apenas em questões empíricas e percepções sobre os consumidores que podem estar distorcidas.

Possibilidade de conduzir testes A/B

Testes A/B são formas de apresentar ao público real materiais ou campanhas em duas versões, mas com pequenas modificações de texto ou visual.

As duas versões são apresentadas ao público durante um período de teste e a que tem melhor performance assume até o fim da campanha, como versão fixa.

Esse tipo de estratégia só é possível pela análise de dados orientada para a tomada de decisão.

Ao investir na versão com desempenho mais satisfatório você melhora as taxas de clique e conversão.

Integração total com vendas

A integração entre os setores de marketing e de vendas é essencial para bons resultados.

Muitas empresas pecam nesse ponto e o Data-driven pode ser uma solução para compartilhar dados importantes e relevantes entre as duas áreas.

Quais as principais ferramentas do data-driven marketing?

Quais as principais ferramentas do Data-driven Marketing?

Para conseguir acompanhar, extrair e criar relatórios de análise para os dados da sua empresa e do seu setor de marketing, existem muitas ferramentas disponíveis no mercado. 

Muitas vezes o que vai determinar qual delas escolher são os objetivos, tipos de materiais e campanhas desenvolvidas, canais de comunicação utilizados e métricas acompanhadas.

Você também pode combinar mais de uma ferramenta, para resultados ainda mais analíticos e específicos para cada um dos fatores que citamos acima. 

Tenha em mente que as ferramentas escolhidas devem garantir questões como velocidade de processamento, armazenamento Big Data, indicadores de fácil identificação e uma interface simples para exibição desses resultados.

Entre as ferramentas mais utilizadas no Data-driven Marketing estão o Google Analytics, Google Search Console, Google Ads, Google Data Studio, Facebook Ads, ferramentas de automação, de disparo de e-mail e de rastreamento de leads, CRMs, plataformas de e-commerce e ferramentas específicas de Business Intelligence.

Bora se aprofundar em alguma delas?!

🤓Saiba mais: 85 Ferramentas de Marketing para Virar o Jogo da sua Equipe

Google Analytics 4

O Google Analytics 4 é a nova versão do Analytics, vindo para substituir o Universal. 

Essa ferramenta é a principal para você acompanhar e analisar os principais dados do seu site

Com ela você consegue criar relatórios personalizados, segmentar seus dados por local de conversão e origem, analisar por períodos etc.

A partir dessa nova versão – GA4 – uma das grandes revoluções é a coleta de dados baseados em eventos ao invés de sessões. Isso muda muito o entendimento de como seu site vem sendo utilizado. 

Além desta principal inovação, outras mudanças que você vai encontrar são:

  • Mudança na coleta de dados de sites e apps, mostrando mais informações sobre a jornada do cliente; 
  • O modelo de captação de dados usará eventos ao invés de sessões; 
  • Controle de privacidade: mediação sem cookies de terceiros, modelagem de comportamento e estimativas de conversão;
  • Recursos de predição de comportamento; 
  • Integrações diretas com plataformas de mídia. 
🤿Se aprofunde: Google Analytics 4: como acessar, configurar e usar

Google Data Studio

O Google Data Studio é a ferramenta ideal para você criar relatórios e dashboards a fim de avaliar e mensurar seus resultados.

Por meio dela você consegue uma alta taxa de personalização em sua análise, além de transformar todos os dados brutos em informações relevantes para a sua empresa.

DataBox

Criada pela Microsoft, a DataBox é uma ferramenta para a visualização de dados.

A plataforma foi planejada para usuários que não possuem conhecimento em programação ou análise de dados, pois permite que os usuários adicionem, alterem e visualizem dados de várias fontes em um único painel interativo.

Raventools

Mesmo sendo uma plataforma de SEO baseada na nuvem, a RavenTools também oferece a funcionalidade de criação de relatórios para acompanhamento de métricas.

O ponto forte e também diferencial dessa ferramenta é que você tem gerenciamento de anúncios, pesquisa de palavras-chave e relatórios de desempenho em um só lugar.

Metabase

O Metabase é uma ferramenta de análise de dados de código aberto, na qual os usuários podem visualizar e consultar dados em uma interface intuitiva. 

A plataforma é compatível com vários bancos de dados e permite que os usuários criem painéis personalizados compartilháveis

Essa ferramenta é uma opção para empresas que desejam implementar uma solução de análise de dados interna sem precisar gastar muito dinheiro e tempo.

CRMs

O Customer Relationship Management, mais conhecido como CRM, é um sistema de gestão de clientes. Seu propósito é facilitar a organização das informações, a visualização de dados e o desenvolvimento dos seus contatos de vendas.

Normalmente, o formato mais comum para essa plataforma é o de um pipeline, em que os leads podem ser movimentados entre diferentes estágios da jornada do cliente ou do funil de vendas.

Alguns CRMs conhecidos são:

🤿Se aprofunde: 19 Melhores Sistemas de CRM de Vendas em 2023 – Lista Atualizada!

Automações de marketing

Ferramentas de automação de marketing são softwares que centralizam dados e rotinas automatizadas dos processos de vendas e marketing

Essas ferramentas incluem: fluxos de automação, atribuição de leads, e-mail marketing, segmentação da base, geração e monitoramento de leads, testes A/B e relatórios.

Algumas das melhores ferramentas de automação de marketing são:

🤿Se aprofunde: 19 Melhores Ferramentas de Automação de Marketing em 2023 – Com Avaliações!

Leadster

A Leadster é uma plataforma de marketing conversacional que ajuda você a aumentar a captação e qualificação de leads por meio de um chatbot de marketing e vendas.

Além de contar com chamadas inteligentes, qualificação de leads com lead scoring, testes A/B, mais de 200 integrações e agendamento de reuniões, a Leadster disponibiliza uma dashboard de performance.

Por meio dessa funcionalidade, você visualiza todas as informações referentes à conversão, a listagem completa de leads gerados, além de dicas para otimizar o desempenho de seu vendedor virtual.

Fora isso, você consegue filtrar os dados por data, dispositivos de acesso e fluxos ativos.


Pronto para incluir a estratégia de data-driven marketing em sua empresa? 

Se você quer saber ainda mais sobre Dashboard de Performance, como essa funcionalidade pode facilitar sua vida, suas vantagens e como lidar ainda melhor com seus dados, já dê uma olhada em nosso conteúdo: Funcionalidades Leadster: Resultados em Tempo Real com o Dashboard de Performance!

Pode ler e testar sem medo, te garanto que vai tornar sua rotina ainda mais produtiva! 😉

Categorias: Marketing digital

Gustavo Luby

CMO da Leadster, há 6 anos empreendendo no setor de tecnologia, apaixonado por CRO, Growth Hacking e Mídia paga.

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