Sumário
- 1 Entendendo melhor o comportamento do consumidor
- 2 Os fatores que influenciam no comportamento do consumidor
- 3 As mudanças no comportamento do consumidor ao longo do Funil de Marketing
- 4 As principais mudanças no comportamento do consumidor B2C
- 5 As principais mudanças no comportamento do consumidor B2B
Mudanças no comportamento do consumidor estão acontecendo a todo momento.
Uma nova marca surge, muda. Um novo jeito de comprar: mudança de novo.
Falar sobre todas as variações que um consumidor tem no seu jeito de comprar muitas vezes é complicado porque elas estão acontecendo o tempo todo.
Porém, mesmo com as complexidades inerentes ao assunto, estudá-lo é um esforço que não pode ser deixado de lado jamais por quem trabalha com marketing e vendas.
E entender as mudanças mais gerais no comportamento do consumidor não é uma tarefa tão difícil. Sempre existem comportamentos mais gerais que acabam influenciando o mercado inteiro. Esses são mais simples de medir.
Hoje vamos tratar justamente deles. Como os últimos anos impactaram na forma do consumidor se decidir por uma compra?
Hoje, trouxe dados e exemplos do B2B e B2C e vários links com referências pra gente se aprofundar no assunto juntos.
Vamos começar?
Entendendo melhor o comportamento do consumidor
O consumidor atual é difícil de delimitar. Antigamente, quando as opções de produtos e lojas eram bem limitados, era mais fácil.
Por exemplo: nos anos 70, em pleno “milagre econômico” brasileiro, o consumidor passou a comprar de forma menos regrada e mais expansiva por conta do aumento do crédito para lidar com a inflação.
Isso era todo mundo. O impacto do aumento de crédito aumentava o faturamento de todas as lojas, desde as de centro até as de bairro.
Hoje a situação é bem diferente. Para comprar alguma coisa, o consumidor pode usar aplicativos, e-commerces, marketplaces, ir na loja, comprar online e retirar na loja, comprar pelo telefone etc.
Cada uma dessas novas mídias expande o que entendemos como o comportamento do consumidor. E cada uma delas também tem diferenciais que moldam pouco a pouco a forma do brasileiro comprar.
Mas precisamos fazer um parêntese rápido: existe bastante diferença na forma com que os mercados B2C e B2B operam. Vamos nos aprofundar um pouco mais nisso agora:
Diferenças entre B2C e B2B
Os comportamentos B2C e B2B são completamente distintos.
O último tópico do texto traz alguns dados da Gartner sobre o comportamento do consumidor B2B em 2023. Mas podemos adiantar alguns agora para entendermos melhor suas principais diferenças.
O consumidor B2B raramente compra qualquer coisa por impulso. No B2C, muitas marcas usam o impulso como um dos seus principais motores de vendas.
É só ver qualquer balcão de farmácia: o que você mais encontra é chicletes, balas e chocolates.
Normalmente, o consumidor B2B vai precisar fazer uma longa pesquisa na internet para encontrar o produto que ele precisa, e não há muito espaço para erros, tanto por questões contratuais quanto por pontos práticos.
O consumidor B2C, por ter mais espaço para erro, ainda vai pesquisar normalmente, mas não de forma tão extensa e analítica, e envolvendo fatores de compras um pouco diferentes.
Ao longo dos anos e com o surgimento das vendas de produtos SaaS – software as a service – as mudanças no comportamento do consumidor B2B ficaram muito mais acentuadas.
Esse consumidor agora espera testes, uma grande quantidade de conteúdo e processos de contratação cada vez mais simples e independentes.
No lado B2C, o surgimento dos marketplaces e aplicativos levaram a um êxodo imenso em lojas físicas, que perdem faturamento enquanto o e-commerce deslancha.
Todos esses pontos vamos tratar com mais detalhes ao longo do texto. Mas por agora, é importante fazer essa distinção porque ainda temos bastante para conversar sobre B2B e B2C.
Fim da linearidade
Esse é outro ponto importante das mudanças no comportamento do consumidor. Ainda mais quando olhamos para uma linha do tempo mais recente, vinda dos últimos anos e após a pandemia.
Questões como o Funil de Marketing e a própria Jornada do Consumidor, que já não eram muito lineares desde a sua formalização como teorias de consumo, estão ficando cada vez menos.
Veja a realidade de uma contratação de um software B2B. A empresa interessada pode ter consumido seu conteúdo, entrado na newsletter, ter passado por nutrição de leads e depois simplesmente desistir.
O motivo? Ela estava em várias outras jornadas com outras marcas, e em estágios na sua que você nem sabia que existiam por falta de dados.
Interrupções no processo de compras, no caso do B2C, podem acontecer até na mesma loja, entre site e app. Outro ponto bastante mal estudado, mas que acontece todo dia com cupons, frete grátis e promoções exclusivas.
Isso é ainda mais evidente no B2B. O processo de compras está ficando cada vez mais “escuro”, muito pela quantidade de informações que estão diminuindo — fim dos cookies de terceiros, por exemplo — e também por interrupções vindas da competição de outras marcas.
Mas essa é só uma introdução. Ao longo do texto vamos nos aprofundar bastante nesse assunto.
Agora, precisamos ser um pouco mais técnicos e abordar os fatores que influenciam as mudanças no comportamento do consumidor:
Os fatores que influenciam no comportamento do consumidor
Estudar a Jornada do Consumidor é necessário para entender os processos mentais que influenciam a compra.
Mas ao mesmo tempo, a jornada estabelece uma trilha lógica, pensando nas etapas que seu consumidor passa até escolher um produto.
Mas a decisão do próprio consumidor não é tão lógica assim: envolve sentimentos, referências e opiniões tanto suas quanto de outras pessoas.
Vamos expandir agora esse assunto porque ele vai ser útil ao longo do texto. Acompanhe os principais fatores que influenciam nas mudanças no comportamento do consumidor agora:
Fatores Sociais
Os fatores sociais são quatro:
- Cultura: relacionado a quem está comprando e o que você está vendendo;
- Status social: relacionado ao produto, ao preço e ao valor percebido;
- Família: relacionado ao momento familiar do consumidor
- Grupos de referência: relacionados às pessoas que seu consumidor admira e sua opinião sobre o produto.
Esses são os principais fatores sociais que estão em atuação no momento de cada compra. Você pode saber mais sobre eles no texto abaixo, que expande muito mais sobre o assunto:
➡️ Os 4 Fatores Sociais que Influenciam o Comportamento do Consumidor
Fatores Financeiros
Os fatores financeiros estão relacionados com o momento da compra, o preço do produto e o seu valor percebido pelos consumidores.
Geralmente, esses são os principais:
- Preço;
- Condições de pagamento;
- Custo-benefício;
- Garantia;
- Acessibilidade do seu teste (no caso SaaS Self-Service, plataformas que não oferecem teste grátis sem cartão de crédito podem ser inacessíveis para pequenos negócios e MEIs).
É muito importante destacar que esses fatores financeiros estão 100% atrelados ao seu público-alvo, ok?
O preço diz coisas diferentes para pessoas diferentes. “O mais barato” pode ser tanto um termo positivo quanto um negativo dependendo de quem está comprando.
Tendências de Mercado
O mercado muda constantemente. Ainda mais agora. As tendências de mercado acompanham essas mudanças e inclusive são as responsáveis por ela.
Existe um termo no marketing chamado Geração de Demanda. O que ela faz é encontrar ou criar nichos para produtos ou técnicas de vendas específicas, manipulando o mercado para vender mais.
Um exemplo clássico é o SaaS: através de uma abordagem Product Led Growth e especialmente no B2B, empresas começaram a dar um foco muito maior nos seus produtos e na experiência independente da compra.
O que isso gerou foi uma grande mudança no mercado, e agora todo mundo já espera que as vendas aconteçam assim, de forma mais independente, em produtos digitais mais simples.
E ao mesmo tempo, todo mundo também espera que existam planos mais complexos e que a implementação seja guiada em alguns casos. O mercado foi manipulado para criar uma nova demanda.
Fatores Pessoais e Demográficos
Esses fatores são muito importantes e são os mais relacionados ao seu público-alvo.
Eles vão incluir:
- Idade;
- Ocupação;
- Gênero;
- Personalidade;
- Estilo de vida;
- Local de residência;
- Posição geográfica atual (se está viajando, por exemplo).
Esses fatores são únicos para qualquer marca. Elas buscam unir essas informações nas personas e nas formalizações do seu ICP — ideal customer profile.
Essas informações são importantes para entender quem está comprando, mas não só isso – através deles, você consegue entender porque a sua marca é relevante para o seu público, o que abre brecha para a criação de campanhas cada vez mais personalizadas.
As mudanças no comportamento do consumidor ao longo do Funil de Marketing
Para entender melhor as mudanças no comportamento do consumidor, precisamos analisar a metodologia mais formalizada que conhecemos: o Funil de Marketing.
O Funil de Marketing nada mais é do que uma formalização do trabalho de captação de leads e sua transformação em vendas. Ele é dividido em três etapas fundamentais:
- Topo do Funil: momento de atração de visitantes e conversão dos mesmos em leads;
- Meio do Funil: trabalho de nutrição de leads e também sua segmentação, buscando qualificá-los e separá-los em fit e não-fit para a sua empresa;
- Fundo do Funil: momento de qualificação final dos leads para transformálos em SQLs, e buscar abordagens mais comerciais.
Precisamos conversar sobre esses três pontos antes de cairmos com tudo nos dados no próximo tópico.
Através deles, vai ficar mais claro como as mudanças no comportamento do consumidor estão acontecendo em vários níveis e qual é a resposta das marcas para elas (até o momento).
Vamos lá:
Topo do Funil em 2023
As mudanças no comportamento do consumidor relacionadas ao topo do funil estão bem claras nas estratégias de captação da atenção das pessoas.
Vamos pensar em 10 anos atrás, por exemplo. O jeito de conseguir mais pessoas no seu site era marketing de conteúdo e SEO para tráfego orgânico e trabalho em Mídias Pagas.
Claro que algumas marcas aqui e ali investiam em outras ferramentas, como o YouTube etc.
Hoje esses canais estão ficando cada vez mais diversos, e também mais competitivos. No cenário SEO, a Inteligência Artificial permite uma quantidade gigantesca de conteúdo fraco, o que exige conteúdo cada vez mais aprofundado de quem quer se destacar.
Outra mudança bem grande no Topo do Funil é que antigamente esse trabalho era praticamente todo relegado ao conteúdo e ao tráfego orgânico.
Com a competitividade crescendo — especialmente no B2B — está ficando cada vez mais comum encontrar marcas apostando mais em anúncios para fazer sua base crescer.
Outro ponto importante de ressaltar é o grande crescimento dos chatbots e das abordagens personalizadas.
A geração dos leads está ficando cada vez mais fácil com eles, aumentando o rendimento do Topo do Funil e aumentando sua Taxa de Conversão nessa etapa crucial, mas também bem difícil de acertar.
Meio do Funil em 2023
O MoFu também está passando por transformações graduais, mas elas não são tão óbvias quanto as de Topo ou Fundo de Funil.
Um dos principais pontos que percebemos mudanças está nas integrações cada vez mais aprofundadas dos sistemas de marketing e as ferramentas de conversão.
Por exemplo: na Leadster, você consegue guardar mesmo os leads incompletos e transferi-los diretamente para a sua plataforma de automação, criando uma régua de comunicação personalizada.
As abordagens MoFu também estão deixando de ser somente por e-mail. Estamos percebendo um retorno a estratégias comerciais mais diretas, como abordagens personalizadas por WhatsApp e uma presença online dos próprios representantes comerciais.
As estratégias Meio de Funil também estão cada vez mais data-driven para lidar com as mudanças no comportamento do consumidor.
Através de ferramentas de big data e B.I., como o Power BI da Microsoft, já é possível mapear o comportamento do consumidor nos mais diferentes segmentos e agir a partir dessas informações.
Fundo de Funil em 2023
Em 2023, as mudanças no comportamento do consumidor não estão transformando completamente o Fundo do Funil, mas estão consolidando as táticas mais comuns dessa etapa através das ferramentas de marketing cada vez mais avançadas.
O remarketing se destaca como uma estratégia sem prazo de validade. Com o Google Ads e os Social Ads cada vez mais avançados e intuitivos, essa prática aumentou consideravelmente nos últimos anos.
🤿 Se aprofunde: Remarketing: O que é e Como Criar Campanhas que Funcionam de Verdade
Outro ponto importante do Fundo de Funil, especialmente no SaaS B2B, vem sendo uma tendência ao PLG cada vez mais acentuada.
Isso acontece porque o método de conversão através de uma demo é a forma mais simples, tanto para o usuário quanto para a marca, de gerar leads qualificados no Fundo do Funil.
Essa abordagem inclusive escapa para o B2C em produtos digitais. Free-trials e o modelo freemium hoje praticamente dominam o Fundo do Funil em aplicativos pagos, cursos online etc.
As principais mudanças no comportamento do consumidor B2C
O melhor jeito de entender as mudanças do comportamento do consumidor B2B em 2023 é olhar para os dados.
Mas esse olhar precisa ser muito direcionado. Não dá, por exemplo, para pegar um panorama geral dos últimos 10 anos e dizer que o consumidor agora é assim e pronto.
Para nos ajudar nessa tarefa, separei o último relatório Webshoppers que trata do comportamento do consumidor no e-commerce, local onde as maiores mudanças acontecem primeiro.
E importante: a Webshoppers tem dados somente do Brasil. Tudo o que você vai ver aqui está acontecendo agora no nosso país.
Vamos abordar compras online tanto em sites quanto aplicativos, ok? Começando agora:
As categorias de maior sucesso em 2022
Um dos pontos principais para entender as mudanças no comportamento do consumidor é entender também o que os consumidores mais vêm comprando em 2023.
E para isso, nada melhor do que entender quais foram as categorias mais vendidas em 2022.
Você pode acompanhar esses dados direto pela Webshoppers, ok? O estudo é grátis e super interessante, mas também bastante denso. Fiz esse resumo para te ajudar no entendimento.
Veja as categorias com mais vendas em 2022, em ordem:
- Perfumaria e Cosméticos;
- Casa e Decoração;
- Alimentos e Bebidas;
- Saúde;
- Eletrodomésticos;
- Moda e Vestuário;
- Esporte e Lazer;
- Bebês e Companhia;
- Telefonia;
- Informática;
- Eletrônicos;
- Construção e Ferramentas.
Esse ranking considera o número absoluto de pedidos dentro dos segmentos. Mas dentre eles, Alimentos e Bebidas têm o maior destaque: de 2021 para 2022, o setor saltou da sexta posição para a terceira, apresentando a maior evolução.
Os principais motivadores de compra em 2023
Para entender as mudanças no comportamento do consumidor, também precisamos investigar o que os motiva a comprar.
E isso muda bastante, viu? Principalmente com movimentações do mercado e o lançamento de novas tecnologias.
É bom estar sempre por cima dos diferenciais que a sua loja precisa ter para brilhar os olhos do consumidor. Ao longo de todo 2022, esses foram os principais motivadores de compras dos consumidores:
- Frete grátis — 61% dos respondentes preferem;
- Promoções e itens com preços menores — 57%;
- Não precisar sair de casa — 48%;
- Cupom de desconto — 47%;
- Economia de tempo — 45%;
- Leve mais e pague menos — 31%;
- Cashback — 23%;
- Programas de Fidelidade — 18%;
- Brindes ou Recompensas — 15%.
Veja como o ponto que teve maior representatividade foi o Frete Grátis, seguido por promoção e compras online.
Isso já mostra que o comportamento do consumidor se mantém na migração da loja física para o online, já que “ver o produto físico” nem entrou na contagem.
E falando em compras digitais, vamos saber mais sobre o mercado de importação?
Cross-border trade em 2023
Cross-border trade é o nome dado para as compras internacionais, normalmente realizadas no Brasil através de sites especializados ou lojas estrangeiras que entregam pra cá.
A Webshoppers mostrou que essa modalidade de vendas vem crescendo em ritmo aceleradíssimo no Brasil. 2022 foi o ano de maior representatividade no setor desde 2013 — 72% dos mais de 3.000 respondentes da pesquisa já compraram fora.
Mas os dados vão um pouco mais longe. Confira agora a quantidade de compras internacionais que essa parcela da população fez em 2022:
- Só 1 vez: 15%;
- De 2 a 3 vezes: 34%;
- De 4 a 5 vezes: 20%;
- De 6 a 10 vezes: 12%;
- Mais que 10 vezes: 15%;
Então, entendemos que a maioria das pessoas que compraram fora chegaram a comprar até 3 vezes.
Estatísticas em compras por sites e aplicativos
Essa parte do texto é uma das mais importantes. Uma das maiores mudanças no comportamento do consumidor em 2023 está relacionada com a migração gradual dos e-commerces para os aplicativos.
No B2C, esse é o ponto focal no comportamento do consumidor em 2023. É agora que tudo está mudando, e mudando rápido.
Vamos acompanhar os dados mais de perto:
- Nas capitais: 19,3% dos respondentes compraram só em sites. 14% só em apps e 65,2% compraram em ambos;
- No interior: 24,2% compraram só em sites. 13,8% só em apps e 59,7% em ambos;
- Total do Brasil: 21,4% só em sites, 14% só em apps e 62,8% em ambos.
Podemos ver que a evolução das compras por aplicativo está bem acelerada. Apesar do uso exclusivo dos apps ainda ser menor que o dos sites, o percentual chegando a 15% ainda é um valor bastante alto.
E a popularização dos apps está expressa principalmente na quantidade de pessoas que usam as duas opções. As compras por aplicativo estão dominando pouco a pouco o cenário B2C, mas a transição completa vem se mostrando ainda bastante gradual.
Brick & Clicks versus Pure Players
Essa estatística está mais relacionada com a popularização do Omnichannel como principal estratégia de marketing para o varejo em 2023.
Brick & Clicks é a categoria que representa aquelas lojas que oferecem tanto compras pelo site quanto retirada pela loja — são marketplaces como Magalu, Carrefour etc.
Já os Pure Players são aqueles que oferecem apenas uma modalidade de compras — a Amazon, por exemplo, só vende online.
Os dados também falam sobre uma outra modalidade de vendas: os Fabricantes.com. São aqueles e-commerces ou lojas (ou ambos) das próprias indústrias. Podemos destacar a Fini que vem desenvolvendo uma estratégia assim nos últimos anos.
Os resultados favorecem os Pure Players. Na expressividade do faturamento total do varejo, eles abocanharam 57,9% do montante contra 39,9% dos B&C e 2,2% dos Fabricantes.
Mas na evolução das vendas quem saiu ganhando foram os Fabricantes.com. De 2021 para 2022, eles cresceram suas vendas em 22% contra 10% dos Pure Players e -8% dos B&C.
Como está o ticket médio em 2023
Para finalizar nossas estatísticas sobre o B2C, não poderíamos deixar de falar sobre a evolução do Ticket Médio ao longo de 2022.
O Ticket Médio é uma média de quanto os consumidores gastam em uma loja ou segmento específico. No nosso caso, estamos analisando os dados do e-commerce porque ele é o segmento mais representativo das mudanças no comportamento do consumidor.
Vamos dar uma olhada nos números:
- Telefonia: R$ 1.923;
- Eletrônicos: R$ 1.327;
- Informática: R$ 1.176;
- Eletrodomésticos: R$ 950;
- Construção e Ferramentas: R$ 438;
- Casa e Decoração: R$ 391;
- Esporte e Lazer: R$ 253;
- Moda e Acessórios: R$ 192;
- Bebês e Cia.: R$ 142;
- Saúde: R$ 145;
- Perfumes e Cosméticos: R$ 123;
- Alimentos e Bebidas: R$ 82.
Com esses dados já é possível entender bastante sobre o segmento B2C, não é? Mas agora precisamos conversar um pouco mais sobre o B2B, que está mudando e muito a cada dia.
Vamos lá?
As principais mudanças no comportamento do consumidor B2B
Essa parte do texto é importante porque as maiores mudanças no comportamento do consumidor estão acontecendo agora no B2B.
Enquanto o B2C está sofrendo transformações relacionadas às plataformas e aplicativos, além de diferenciais que mudam aqui e ali todo ano, o B2B está tendo alterações direto nas metodologias e estratégias de marketing e vendas.
É importante entender o quanto isso muda o cenário atual. Por exemplo: já existem hoje centenas de milhares de textos na internet ensinando sobre vendas B2B que estão praticamente obsoletos.
O conteúdo sobre B2B está pouco a pouco se transformando de “essas são as ferramentas e metodologias que você precisa usar” para “essas são as novas tendências de mercado que você precisa conhecer”.
Minha missão nesse último tópico é conversar sobre isso. O que está mudando? O que não funciona mais? Qual é o novo padrão de consumo — se é que ele existe?
Vamos descobrir juntos agora, com dados recentes da Gartner e da DemandGen.
Redução drástica do contato com vendedores
Uma pesquisa recente da Gartner mostrou que o contato com os vendedores no processo de compras B2B vem ficando cada vez menos importante.
Na verdade, o cliente em potencial já passa muito mais tempo fazendo pesquisas independentes. Isso é, inclusive, um reflexo da abordagem Product Led Growth, que valoriza a independência dos usuários.
Vamos analisar os dados do tempo gasto para uma empresa se decidir por comprar um produto de outra empresa:
- 27% do tempo é gasto pesquisando online de forma independente;
- 22% em reuniões com colegas de trabalho envolvidos na compra;
- 18% pesquisando offline;
- 17% fazendo reuniões com fornecedores;
- 16% outros.
Veja que as reuniões com os fornecedores já estão quase na última posição. Para entender esse fenômeno, precisamos continuar a conversa com o próximo dado:
Aumento significativo de decisores de compras
Encontrar a pessoa que consegue fechar o negócio em uma empresa é um dos maiores desafios da qualificação de leads B2B e do Account Based Marketing.
A DemandGen lançou um estudo recentemente para mapear quem são as pessoas responsáveis pelo processo de compras e pela decisão final. O resultado é bem impressionante: são 11 pessoas envolvidas, em média.
Esse número é bem alto, mas ele ainda é só uma média. Segundo o estudo, ele pode facilmente atingir as 20 pessoas dependendo da empresa e do seu processo de compras.
Grande aumento no ciclo de compras
E se o aumento na quantidade de pessoas envolvidas no processo de compras já era preocupante, o próprio ciclo de compras também está tendo um aumento considerável.
Isso em relação ao tempo mesmo. No mesmo estudo da DemandGen, um número preocupante saltou aos olhos: 68% dos profissionais entrevistados declarou que o tempo necessário para fechar uma venda aumentou nos últimos anos.
O que estamos vendo no cenário B2B é uma grande tendência a vendas cada vez mais complexas. Isso pode ser explicado pela própria democratização do processo: quanto mais simples ele é, mais pessoas se envolvem.
E claro: quanto mais pessoas se envolvem, mais tempo a venda leva para se concretizar.
Atendimento personalizado é um must-have
Nesse mesmo estudo da DemandGen, três pontos fundamentais foram destacados pelos profissionais entrevistados no processo de vendas B2B:
- 82% acreditam que o processo de compras deve acontecer através do compartilhamento e mudanças nas prioridades e necessidades de negócio;
- 77% percebem que mais tempo é gasto fazendo pesquisas para definir o produto ideal;
- 76% esperam uma atenção extra à personalização do processo de compras.
E a personalização vai longe, bem além do atendimento personalizado. Ela acontece em chatbots, em planos Enterprise, na possibilidade de marcar reuniões automaticamente e no entendimento do representante comercial das verdadeiras necessidades de quem contrata.
As contratantes não estão mais esperando vendedores, mas sim experts na necessidade que a empresa tem.
Mobile-first domina a indústria no geral
Os tempos do mobile friendly chegaram oficialmente ao fim. Agora você precisa ser mobile first.
Segundo o estudo Mobile Marketing and the New B2B Buyer, feita pelo Boston Consulting Group, empresas que investem pelo menos 25% do seu orçamento em Ads, conteúdo e materiais específicos para mobile têm os melhores resultados no Funil.
Isso acontece por dois motivos: primeiro, todo mundo usa o smartphone o tempo todo. Mas o segundo é, por mais óbvio, ainda o principal — empresas mobile first também colhem os benefícios do desktop.
No nosso Panorama da Geração de Leads 2023 temos ótimos dados sobre o B2B e sua relação com o mobile. Vale a pena ler para se aprofundar no assunto 😉
Estatísticas gerais sobre as mudanças no comportamento do consumidor B2B
Para fechar o texto, trouxe aqui algumas estatísticas mais gerais sobre o setor que ilustram bastante as mudanças no comportamento do consumidor B2B.
Mas não se acomode nem com as mudanças: elas próprias estão sujeitas a novas mudanças conforme o tempo passa e novas tecnologias são lançadas.
Vamos ver:
- 50% dos consumidores se sentem sobrecarregados com a quantidade de informações em sites (Gartner);
- 44% afirmaram que já encontraram informações contraditórias nos sites de fornecedores (Gartner);
- A busca orgânica foi responsável por responder dúvidas sobre uma solução específica 53% das vezes (DemandGen);
- Contratantes preferem vendedores quando eles demonstram um domínio maior sobre o assunto que o site da empresa (DemandGen);
- Sites especializados em reviews de produtos são a terceira maior fonte de tráfego no site desses produtos.
E aí, nosso pequeno guia das mudanças no comportamento do consumidor em 2023 te ajudou? Espero que sim!
Para fechar o texto, queria te convidar a conhecer a Leadster, o primeiro chatbot para geração de leads no Brasil.
As principais estratégias de marketing digital hoje já estão quase completando 15 anos de idade. E nesses 15 anos, as mudanças no comportamento do consumidor continuaram seguindo.
Estratégias precisamo mudar, e mudar com urgência. A personalização nas suas abordagens de marketing vai ser o seu primeiro passo para entrar na nova era do consumo.
Para fazer um teste gratuito e conferir os resultados por si mesmo é bem rápido e não exige cartão de crédito. Comece hoje clicando no banner abaixo.
Obrigado pela leitura e até o próximo texto 😉
0 comentário